sábado, 30 de agosto de 2008

OFF: Consegui!


Consegui os ingressos "populares" para o jogo entre Brasil e Bolívia pelas Eliminatórias da Copa do Mundo. Porém, ao contrário do que o site globoesporte.com noticia, fiquei 3 horas na fila do Maracanã para cumprir minha missão (não sei porque tanto tempo, pois já fiquei por menos tempo em filas maiores no mesmo lugar).

Agora é contigo, Dunga...

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

A grande chance

Não é de se espantar a motivação que o Botafogo mostra até agora na Copa Sul-Americana, ao contrário dos outros clubes brasileiros. É a grande chance de o clube se redimir dos fracassos recentes.

O ano de 2007, que poderia ter entrado para a história do clube como um ano de muito sucesso, acabou marcado como o ano do “quase”. Afinal, o time perdeu o título do Campeonato Carioca para o Flamengo nos pênaltis, quando foi superior em ambos os jogos da final, e não foi para a final da Copa do Brasil por causa dos erros da arbitragem e da falha grotesca do goleiro Júlio César (onde ele está agora?) nos últimos minutos do jogo contra o Figueirense. Isso para não falar da trágica e vergonhosa eliminação na mesma Copa Sul-Americana para o River Plate, numa história que todos já sabem.

O elenco deste ano ainda possui jogadores que estavam no clube no ano passado, como Túlio, Lúcio Flávio, Diguinho, Renato Silva, Jorge Henrique e Alessandro. Não são grandes estrelas do futebol brasileiro, mas sentiram o baque dos insucessos anteriores, certamente aprenderam e amadureceram com isso e acabaram se identificando com o clube. Além de estarem mais dispostos do que nunca a dar alegrias ao clube, tentam dar a volta por cima e apagar a má impressão que ficou com as derrotas do passado. Mais do que a do clube, a honra deles também está em jogo.

Para sorte destes jogadores citados acima, os que chegaram neste ano (como Castillo, Thiaguinho, Zé Carlos e André Luis) entenderam que o clube e seus jogadores procuram a redenção. Até porque eles mesmo tentam colocar suas carreiras de volta aos trilhos: André Luis, por exemplo, não vinha tendo boas atuações por onde passava, e Thiaguinho busca retomar uma carreira que quase acabou. Até Carlos Alberto entendeu o espírito do time e vem tendo boas atuações (até porque é outro jogador que tenta voltar à boa fase).

Velhas e novas caras, o desafio é o mesmo. E quem ganha com isso é a instituição Botafogo, que tenta despontar no cenário brasileiro mais uma vez. E dessa vez sem ficar no “quase”.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Vale isso tudo?

Estou até agora tentando entender porque os ingressos para o jogo entre Brasil e Bolívia, que será disputado no Engenhão, estão tão caros. Tudo bem que há ingressos a 30 reais, mas eles são minoria e logo se esgotarão, visto que ingressos para outros setores, pasmem, custam 100 e 200 reais! E isso tudo num país de Terceiro Mundo!

Não compreendo o preço absurdo dos ingressos porque não acredito que a seleção brasileira, neste momento, valha isso tudo; no próprio Pan-americano do ano passado, paguei 50 reais (ingresso mais caro) para assistir um dia de competições do atletismo no mesmo estádio. Eu não irei ao Engenhão para ver no mesmo dia Michael Phelps, Usain Bolt e Yelena Isinbayeva no mesmo dia muito, menos os antigos Globetrotters ou o Dream Team do basquete norte-americano das Olimpíadas de 1992. Verei uma seleção que vem de resultados ruins, com risco de sofrer, caso não haja grandes mudanças em relação aos últimos jogos da equipe principal, que mal marcam e defendem, volantes tão perdidos quanto baratas tontas, apoiadores sem criatividade e atacantes isolados. Além disso, nossos principais jogadores (Ronaldinho, Robinho, Adriano, Diego) não estão em boa fase, e talvez não mostrem tudo o que podem fazer. Isso tudo aliado à um técnico tão sem rumo quanto os volantes de sua equipe, teimoso e que demora a mexer. Pagar tal preço para ficar irritado o tempo todo é meio complicado...

Isso para não falar do adversário que o Brasil irá enfrentar: a Bolívia. É, a mesma que é a penúltima colocada atualmente nas eliminatórias sul-americanas e que não vai à Copa do Mundo desde 1994. Ora, pagar 100 ou 200 reais para assistir a Seleção jogando contra um time desse nível é dose. Se reclamaram, com muita razão, dos 80 reais pagos na final entre Fluminense e LDU pela Libertadores (que fique bem claro: a final do maior torneio da América do Sul), o que dizer de um jogo que, em tese, o Brasil vencerá e conquistará 3 pontos facilmente?

Ano passado, o Brasil também jogou pelas Eliminatórias no Rio de Janeiro, só que no Maracanã, contra a seleção do Equador. O time de Dunga venceu por 5 a 0, mas este foi um placar super enganoso, já que a equipe brasileira não jogou bem e o adversário, pior ainda: tanto que os 2 primeiros gols saíram em falhas gritantes do goleiro. O que valeu mesmo o ingresso, que foi 40 reais, foi o magistral lance de Robinho, lembrado até hoje.



Quantas vezes Robinho dará aqueles dribles para valer 100 ou 200 reais?

Em tempo: Vou ao jogo. Mas farei questão de ir bem cedo para a fila conseguir ingressos de 30 reais, um para mim e outro para meu pai, que não pode pagar meia entrada como eu...

domingo, 24 de agosto de 2008

É ouro?

Ainda ofuscada pelas Olimpíadas, mais uma etapa da temporada 2008 da Fórmula 1 foi disputada hoje, desta vez no novo circuito de Valência, na Espanha. Felipe Massa, como ele mesmo citou brincando na entrevista coletiva, conquistou a medalha de ouro, enquanto Lewis Hamilton conquistou a de prata e Robert Kubica, a de bronze.

Infelizmente, a corrida de hoje não pôde ser comparada às Olimpíadas no quesito emoção, já que isso foi tudo o que a corrida não teve, ao contrário do maior evento esportivo do mundo. Até mesmo a largada não teve grandes emoções: Massa, Hamilton e Kubica se mantiveram nas primeiras posições, enquanto Kovalainen ultrapassou Raikkonen. Para não dizer que a 1º volta foi chata, houve sim um incidente: Kazuki Nakajima acabou atingindo a traseira de Fernando Alonso após o piloto da Renault frear inesperadamente na sua frente, o que resultou na saída prematura do espanhol na sua própria casa (tal pai, tal filho: em 1990, Satoru Nakajima, pai do atual piloto da Williams, acabou se envolvendo num acidente com Ayrton Senna em pleno GP do Brasil, tirando do falecido brasileiro a que seria sua primeira vitória no país natal).

A corrida seguiu num ritmo extremamente normal: nem mesmo quando Kubica aparentou ter problemas ainda no início da prova houve ultrapassagens, já que Kovalainen e Raikkonen não conseguiam chegar no polonês a tal ponto de arriscar uma manobra ofensiva. Com tanta monotonia, somente a Ferrari para dar alguma emoção à corrida, já que a equipe italiana passou por pequenos problemas com seus dois pilotos no 2º pit stop: Massa foi liberado precipitadamente e quase se chocou com Adrian Sutil na saída dos boxes, enquanto Kimi Raikkonen se afobou ao sair dos boxes antes de ser liberado, quase levando a mangueira de reabastecimento junto e atropelando o mecânico responsável por tal trabalho.

Talvez o final da corrida tenha trago certa tensão a alguns brasileiros e fãs de Felipe Massa, já que o motor de Raikkonen estourou uma volta depois de seu desastroso pit stop, numa cena muito parecida com o que aconteceu com Massa na Hungria. Porém, nada aconteceu com o brasileiro, que apenas administrou a vantagem que construiu durante toda a corrida, vencendo o GP da Europa da mesma maneira que passou a corrida: sem ser incomodado pelos outros.

Essa foi uma vitória importantíssima para Massa, que não se afobou em momento algum e venceu o GP sem maiores problemas, deixando o fantasma da Hungria para trás e reduzindo sua diferença para Lewis Hamilton para 6 pontos. Porém, seu companheiro Kimi Raikkonen mostra uma queda de rendimento cada vez mais preocupante: mais uma vez ficou distante dos 3 primeiros colocados, coisa que não costumava acontecer, e vai ficando cada vez mais longe da briga pelo título.

É importante destacar a performance de Sebastian Vettel neste fim de semana. O alemão, que chegou a marcar o primeiro tempo na primeira sessão de treinos da sexta-feira, fez uma boa corrida e chegou na 6º posição, a mesma em que largou. Soube aproveitar muito bem o bom e surpreendente desempenho da STR no novo circuito.

Robert Kubica e Nico Rosberg certamente deixarão a cidade de Valência aliviados. Ambos conseguiram bons resultados hoje, coisa que não ocorria há algum tempo: o polonês voltou ao pódio ao chegar em 3º, enquanto o filho de Keke Rosberg conseguiu chegar na 8º posição. Tudo bem, foi somente um ponto conquistado, mas um bom resultado para quem vinha de tantos resultados decepcionantes e desanimadores.

A Toyota é uma equipe que também deve estar bem contente no momento, pois conseguiu colocar seus 2 pilotos na zona de pontuação: Jarno Trulli chegou em 5º, enquanto Timo Glock, que largou em 13º, chegou em 7º, após apostar em apenas uma parada nos boxes. Aliás, o alemão vem mostrando um ótimo desempenho ultimamente: após errar muito nas primeiras corridas, continua melhorando cada vez mais, e já não é mais ofuscado por seu companheiro de equipe, numa trajetória parecida com a de Nelsinho Piquet.

Porém, o brasileiro da Renault não conseguiu um resultado positivo hoje, terminando na 11º posição. Outro brasileiro, Rubens Barrichello, chegou em 16º, após uma corrida ruim (foi um dos únicos pilotos a ser ultrapassado na corrida, quando perdeu uma posição para Nakajima já no fim da prova), prejudicada por problemas nos freios

Agora restam apenas 6 GPs, sendo que 5 deles serão em pistas já conhecidas e não deverão apresentar a monotonia de hoje (até achei que a corrida seria mais disputada, com vários pilotos errando, mas não foi o que aconteceu). Ainda bem, porque para quem foi dormir somente às 5:30 da manhã após ver a final do basquete masculino nas Olimpíadas, assistir a corrida hoje foi um verdadeiro teste para...dorminhoco.

sábado, 23 de agosto de 2008

Parabéns!

A Velox me deixou na mão e estou dependendo da boa vontade da internet discada ultimamente. Mas isso não me impede de parabenizar as mulheres que tiveram sucesso nessas Olimpíadas que, infelizmente, está chegando ao fim. Seus resultados foram um dos maiores destaques do Brasil na atual edição do evento.

Então, parabenizo aqui as até então desconhecidas para mim (sim, eu confesso) Ketleyn Quadros e a dupla Fernanda Oliveira/Isabel Swan, que conquistaram medalhas de bronze no judô e na vela, respectivamente, assim como Nathalia Falavigna, atleta que já conhecia, pois estive presente no Riocentro no triste dia em que ela conquistou a medalha de prata no Pan 2007 (e justamente por isso torci bastante para que ela conseguisse um resultado positivo nas Olimpíadas, até porque bateu na trave em Atenas).

Outra que merece destaque é Maurren Maggi, que após passar um bom tempo inativa por ter sido suspensa por doping, também se superou, não abandonou o esporte e conquistou a tão sonhada medalha de ouro no salto em distância, tornando-se a primeira mulher a conseguir tal feito nos esportes individuais.

E, obviamente, aplaudo de pé a seleção feminina de vôlei, que fez um campeonato brilhante e deu a volta por cima após os insucessos nas últimas edições das Olimpíadas e do Pan. A frase é muito clichê, mas somente elas sabem o que sofreram durante os últimos anos, sendo duramente criticadas e sempre sendo vistas sob muita desconfiança. A medalha de ouro conquistada hoje foi muito mais do que merecida.

Também não me esqueço da seleção feminina de futebol, que por muito pouco não conseguiu ficar no lugar mais alto do pódio. Lutaram muito, tentaram de tudo, mas infelizmente não conseguiram a esperada medalha de ouro. Mesmo assim, subiram mais ainda no conceito geral.

Enfim, parabéns a todas essas que fizeram história nessas Olimpíadas, que provavelmente será conhecida futuramente entre os brasileiros por ter sido a edição que alavancou o sucesso feminino num dos maiores eventos esportivos do mundo. E assim espero.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Chateado

Uma coisa me deixou mais chateado do que a derrota da seleção brasileira feminina para os EUA na final olímpica (para muitos isso não é possível, mas para mim foi): alguns comentários que li na Internet acerca da final.

Por saber que elas passaram por tantas dificuldades (que a seleção masculina, por exemplo, não passa) até chegarem numa final olímpica pela 2º vez consecutiva, chega a ser desagradável ler a todo instante comentários de que elas são verdadeiras “amarelonas” e “losers”.

Tudo bem, pode até ter havido certa afobação na hora de decidir, ou faltado fôlego no final do jogo. Infelizmente, talvez ainda falte um pouco mais de experiência ao time nas decisões. O que, até certo ponto, poderia ter sido resolvido se as jogadores fossem mais rodadas, se houvesse mais estrutura, com times de base, profissionais e campeonatos a serem disputados.

Mas, pelo menos para mim, amarelão não é isso, e sim quem mostra medo, apatia, falta de combate e vontade de vencer em campo. E isso aí foi tudo o que a seleção de Marta e cia não mostrou em campo hoje, já que foi um time aguerrido e tentou de tudo, mesmo esbarrando às vezes na goleira adversária, às vezes em si mesmo. Perdemos, mas pelo menos lutando e tentando muito. E mais, a derrota foi para uma seleção competente que não chegou na final por acaso; não foi nenhuma Grécia-2004 da vida.

Infelizmente, ainda há a visão por aqui de que somos os invencíveis, os deuses supremos em tal esporte e somos obrigados a vencer tudo, como se todos os adversários fossem fracos e medrosos, ao contrário dos brasileiros, os valentões e imunes a derrotas. E quando acontece a infelicidade de perder um jogo muito disputado, tudo que foi feito anteriormente é desconsiderado, como se não valesse mais. Assim, às vezes tenho a sensação de que a boa campanha da seleção parece ter sido esquecida; o fato de não ter perdido para a Alemanha, também; ter vencido-as por goleada na semifinal da competição, mais ainda.

Enfim: o adversário é quase desprezado e o produto brasileiro, supervalorizado para depois, muitas vezes ser duramente criticado, acarretando no uso da palavra “amarelão”. E foi isso o que li em alguns espaços hoje (leia-se orkut e alguns blogs esportivos famosos).

Maldito dia em que Ayrton Senna disse que segundo e último lugares eram a mesma coisa...

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Au Revoir

De nada adiantou o alerta aceso após as vitórias suadas contra Bélgica e Camarões, intercaladas pela vitória até certo ponto convincente sobre a fraca Nova Zelândia, que deu alguma esperança de sucesso nas Olimpíadas. A seleção brasileira, assim como em boa parte da competição, hoje atuou mal. Porém, desta vez a adversária era a forte Argentina. E o resultado foi uma pesada derrota por 3 a 0, que acabou com o sonho do inédito ouro olímpico.

Ronaldinho desta vez não chegou a jogar mal; até saiu da esquerda em alguns momentos, mas pouco conseguiu criar. Marcelo até tentou ajudar o camisa 10, mas não obteve muito sucesso. Se as jogadas não saíam pela esquerda, poderiam sair pela direita. Poderiam. Porque Rafinha, que hoje foi mais acionado, errou vários cruzamentos. Mas também não se pode crucificar o rapaz: realmente é complicado acertar um cruzamento quando apenas um atacante do seu time (Rafael Sóbis, que, mesmo isolado, lutou muito) está na área rodeado por três ou quatro adversários.

Se a Seleção tinha problemas no ataque, também não faltavam problemas na defesa. Com Lucas sobrecarregado e Hernanes e Anderson perdidos, Messi, Agüero e Riquelme jogaram muito bem e foram fundamentais na vitória argentina. Principalmente o segundo, que marcou 2 gols e ainda sofreu um pênalti convertido por Riquelme. E não foi surpresa ver Breno cometendo tal infração no genro de Maradona, já que foi um dos piores do jogo, vacilando em certos lances como em outros momentos na competição.

Para piorar a situação, ainda tivemos dois jogadores expulsos sem nem mesmo ter levado cartão amarelo, fruto do desespero que bateu no time após o 3º gol argentino: Lucas e Thiago Neves. Não acho que o primeiro fez uma falta tão grave, mas o segundo fez. O curioso foi que Mascherano sofreu a falta nos dois lances: logo ele, que é conhecido por não dispensar umas botinadas de vez em quando...

Agora é hora de juntar os cacos. Dunga, que não fez praticamente nada de se elogiar durante a competição, precisa motivar a equipe para a disputa do bronze contra a Bélgica. Na verdade, isso é algo que já deveria ter feito há tempos, já que foi contratado justamente por se pensar que ele transmitiria muita energia e disposição ao seu time, como fazia quando jogador. E após este jogo, possivelmente teremos que bater palmas, com muita justiça, para a Argentina, que sempre prioriza as suas seleções de base, possuem um planejamento para as mesmas e depois colhem os frutos, ao contrário de outros...

Foto: globoesporte.globo.com

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Olhando para trás...

...teria sido a melhor opção aceitar a demissão de Leão do cargo do Santos em maio?

Leão pode ser polêmico, extremamente temperamental e tomar algumas atitudes questionáveis. Mas o ex-técnico da seleção brasileira não vinha fazendo um mal trabalho no clube. Pelo contrário: depois de um início de ano muito ruim, foi acertando o time aos poucos, mesmo tendo um elenco muito limitado e sem conseguir os reforços decentes que sempre pediu. Com todos os problemas, conseguiu reagir no Campeonato Paulista após ficar na zona de rebaixamento por algumas rodadas e quase conseguiu levar o time à fase de mata-mata; além disso, ainda comandou a equipe até às quartas de finais da Libertadores. Quase uma façanha para quem no início do ano ainda tentava achar a formação ideal de um time que perdia para Juventus, Sertãozinho e Rio Preto, clubes que foram rebaixados do Paulistão.

Cuca conseguiu alguns bons reforços (Fabiano Eller, Maikon Leite, Michael, Apodi, Roberto Brum) que Leão não teve, mas fez uma campanha horrorosa. Não jogava bem fora, e às vezes era pior ainda em casa, onde conseguiu vários resultados ruins e até derrotas patéticas, como contra o Atlético-MG, quando o Santos vencia por 2 a 0 e deixou o adversário virar em diversas falhas da defesa. No único jogo de Leão pela competição na Vila Belmiro, o Santos derrotou o Ipatinga por 4 a 0. Bem mais tranqüilo que quase todos os jogos no mesmo estádio na era Cuca (ou Márcio Fernandes), já que Kléber Pereira e cia foram extremamente ajudados pela zaga vascaína na vitória por 5 a 2.

Deve-se lembrar também o papel da torcida. Afinal, mesmo sabendo das limitações do time, uma parte dela nunca aceitou Leão no cargo do clube e fez de tudo para que o técnico caísse. E a diretoria pouco fez para apoiar o técnico nos momentos de maior crise entre os dois, como se tivesse esquecido o que o técnico fez em 2002.

Talvez se todos tivessem mais paciência, veriam que o problema não era Leão, mas sim o time que era muito limitado; tanto que Cuca teve mais de 15 rodadas para resolver o problema, mudou o time inúmeras vezes mas nunca obteve resultados positivos; talvez tenha até piorado a situação. E do jeito que as coisas estão, parece que o Santos terá muito, mas muito trabalho para reverter uma situação que poderia ser diferente se controlada com mais calma.

Foto: esporte.ig.com.br

sábado, 16 de agosto de 2008

Vencendo com as mesmas dificuldades

No seu primeiro grande teste nas Olimpíadas, a seleção brasileira masculina derrotou Camarões por 2 a 0 (gols de Rafael Sóbis e Marcelo), placar construído somente na prorrogação. Apagou o fantasma de 2000, mas não a atuação irregular.

Mais uma vez a seleção brasileira encontrou seríssimos problemas na armação de jogadas. Desde o primeiro tempo, Camarões imprimiu uma forte marcação ainda no campo adversário, deixando Lucas, Hernanes e os laterais sem opções e atrapalhando a saída de bola brasileira; quando a seleção conseguia passar pelo meio campo, os jogadores adversários apelaram para as faltas, limitando ainda mais o andamento das jogadas. No segundo tempo, após a expulsão de Baning, logo nos primeiros minutos, o time brasileiro conseguiu passar para o meio campo mais vezes, mas não teve muito sucesso na criação de jogadas, já que todo o time errava muito.

Ronaldinho Gaúcho, mais uma vez, não foi bem. Errou muito (tanto passes quanto dribles), embora tenha iniciado a jogada do 2º gol. Diego foi melhor do que o camisa 10: embora não tenha sido brilhante, deu o passe para o primeiro gol e se esforçou bastante. E se se sentia ameaçado por Thiago Neves, pode ficar mais tranqüilo, já que o jogador do Fluminense, ao contrário de suas últimas atuações, entrou no 2º tempo um pouco desligado e quase armou contra ataques adversários.

A aposta de Dunga para o ataque não obteve muito sucesso. Rafael Sóbis, que barrou Alexandre Pato (que não entrou nem no meio da partida) esteve isolado durante parte do jogo e, na tentativa de ajudar a equipe, acabou voltando ou se deslocando para os lados para receber a bola, saindo do centro da área; isso chegou a prejudicar o time, já que geralmente ninguém preenchia o espaço deixado no ataque. Marcou o 1º gol da seleção no jogo, mas pelo que apresentou durante a partida, não creio que deva deixar Alexandre Pato no banco.

Quanto aos laterais, Marcelo fez uma boa partida, aparecendo bem no ataque como de costume, ao contrário de Rafinha, que errou bastante lá na frente. Hernanes não fez uma boa partida, mas Lucas foi muito bem, fazendo desarmes importantes e mostrando uma liderança em campo que aumenta cada vez mais. Os zagueiros também estiveram bem seguros e não deram chances aos atacantes adversários em seus poucos ataques.

Importante ressaltar que, apesar de ter sido a seleção mais forte com quem o Brasil jogou até agora, Camarões não fez uma grande partida e não chegou a realmente ameaçar Renan durante todo o jogo, já que estava mais preocupada em se defender, muitas vezes de forma violenta, chegando até a provocar os jogadores brasileiros. E uma coisa que não consigo entender: como pode um jogador (no caso, Baning), que bate e provoca durante o jogo todo, reclamar de sua expulsão e quase chorar na frente de todos, como se quisesse mostrar que não havia feito nada?

Agora a seleção jogará contra a Argentina na terça-feira (para desespero do dono do blog, que não poderá ver a partida ao vivo) na tentativa de chegar à final. Com o futebol mostrado nos jogos em que a seleção foi mais exigida, parece difícil pensar num resultado positivo. Porém, os argentinos sairão mais para o jogo e deixarão o time de Dunga mais solto em campo. Mas que a seleção canarinho precisa melhorar, ah, isso precisa...

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Premier League

Mesmo ofuscado pelas Olimpíadas, o Campeonato Inglês começará amanhã. Um campeonato que vem atraindo cada vez mais a atenção das pessoas e que vem se tornando cada vez mais forte: prova disso é que, na última edição da Liga dos Campeões, a final foi disputada entre dois clubes ingleses (Manchester United e Chelsea), sendo que o Liverpool foi eliminado nas semifinais, e o Arsenal, nas quartas; curiosamente, ambos foram derrotados por clubes ingleses (Chelsea e Liverpool, respectivamente).

E são esses 4 times citados acima os principais candidatos ao título da Premier League. Por ser o atual campeão inglês e europeu, o Manchester United é o favorito. Além do retrospecto recente, manteve a base campeã: não contratou ninguém e não vendeu nenhum jogador da equipe principal. Jogando de maneira ofensiva em casa, cautelosa e eficiente em clássicos e muitas vezes feia mas igualmente eficiente fora, deve ser o time a ser batido.

O Chelsea também manteve sua base, mas está de técnico novo: Felipão finalmente comandará um clube grande na Europa e tentará conquistar os títulos que não conseguiu com a seleção portuguesa para provar a todos que merece a reputação e o respeito que possui no Brasil. Sem muitos reforços (apenas Deco e Bosingwa), já de cara terá a difícil missão de encaixar no mesmo time os ótimos meio-campistas Essien, Ballack, Lampard e Deco, além de torcer para que Drogba não tenha os vários problemas que o atormentaram na última temporada e renda tanto quanto rendia com Mourinho.

O Arsenal continua mantendo sua política de investir nos jovens. Tanto que contratou o francês Nasri, que já recebe as incômodas comparações com Zidane. Além disso, aposta no crescimento de jogadores como Fabregas, Adebayor e Van Persie, jovens que melhoram cada vez mais. Porém, o clube perdeu 2 ótimos jogadores (Hleb e Flamini) e não contratou algum jogador de maior experiência (não um acima dos 30 anos, mas um que esteja no auge da forma, ente 26 e 30 anos): isso pode ser prejudicial em jogos decisivos, como na última UCL, quando o Arsenal deixou o Liverpool vencer uma partida em que já tinha o placar na mão. O fato de não ter contratado ninguém para o ataque (Van Persie e Eduardo podem aparecer no departamento médico a qualquer momento) e para a defesa (os reservas Song e Senderos matam qualquer um do coração) também tornam o time uma incógnita. Aliás, este adjetivo pode ser usado de uma forma positiva, pois o clube pode repetir o belo começo de campeonato da temporada passada, que foi apagado apenas quando a equipe teve vários jogadores contundidos.

Já o Liverpool, dos grandes, foi o que mais contratou: nomes como Dossena, Diego Cavallieri e Robbie Keane desembarcaram em Anfield Road. Ou seja, mais uma vez nenhum jogador fora de série que possa ajudar Fernando Torres e Gerrard a conquistar o título da Premier League foi contratado. Com um futebol eficiente, o Liverpool deve vencer a maioria das partidas em casa, mas parece estar novamente fadado a conquistar uma série de empates fora de casa. E as últimas temporadas já mostraram que esse é o ponto fraco do time, que não pode depender de muitos empates numa competição de pontos corridos quando a maioria de seus rivais conquistam vitórias fora de seus domínios.

Os campeonatos europeus não permitem muitas surpresas quanto aos candidatos ao título; logo, outros times além desses citados acima não devem ser considerados favoritos. Porém, podem incomodar e/ou tirar pontos importantes dos 4 durante o campeonato, e até brigar por uma vaga na Liga dos Campeões. Dentre esses clubes, estão o Tottenham, que contratou muito bem (Giovanni dos Santos, Gomes, Modric e Bentley), o Portsmouth (perdeu Muntari, mas contratou Crouch, que pode fazer ótima dupla com Defoe), o Aston Villa (contratou boas peças, como Sidwell, Cuéllar e Shorey), o Manchester City (que gastou uma alta grana com Jô, sempre questionado no Brasil), o Everton e o Blackburn (pouco contrataram, mas mantiveram a base). Isso sem contar com o possível renascimento do Newcastle que muitos esperam há tempos.

Enfim, as expectativas para que haja um ótimo campeonato são altas. Tomara que esse seja mais um campeonato disputado como na última temporada, quando Manchester United e Chelsea disputaram o torneio ponto a ponto até a última rodada.

Foto: www.premierleague.com

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Aprendizado

Depois de alguns resultados negativos no Brasileirão, que resultaram no término do turno do Brasileirão na zona de rebaixamento, Renato Gaúcho foi demitido do Fluminense.

A princípio, não concordo com sua demissão. Não é culpa sua se peças importantes são vendidas e não são repostas (Dátolo, Urrutia e Mineiro estão para ser contratados há semanas, enquanto só Deus sabe quando Éverton Santos e Eduardo Ratinho irão estrear), se uns param de render (como Dodô, que enchia o saco de Renato para ser titular como uma criança quer um doce; quando ganhou a vaga, não rendeu), se outros são expulsos grotescamente (como Fabinho contra o Ipatinga e Tartá contra a Portuguesa)...enfim, são muitos “se”s a serem considerados.

Porém, Renato também tem uma parcela de culpa. O ex-técnico do Flu ficou extremamente abalado após a perda do título da Libertadores; à medida que o Fluminense acumulava derrotas após esboçar uma reação no campeonato (após o fatídico jogo contra a LDU no Maracanã, o time conquistou 10 dos 18 pontos disputados), era visível um semblante cada vez mais carregado e abatido no rosto de Renato Gaúcho. Em péssimo estado emocional e sem conseguir motivar um time que também sofre pelo ocorrido no dia 2 de julho, não havia outra saída se não demiti-lo.

Esse é um grave defeito de Renato que precisa ser superado o mais rápido possível, pois é algo que não acontece pela primeira vez: quando dirigia o Vasco, ocorreu quando perdeu o título da Copa do Brasil para o rival Flamengo em 2006 e quando foi eliminado da mesma competição em 2007 dias após ser eliminado pelo Botafogo na Taça Rio. As conseqüências não foram tão sérias na primeira ocasião porque o Vasco vinha bem no Campeonato Brasileiro e manteve a boa campanha, mas na 2º, o técnico acabou sendo demitido do clube. Fica a impressão de que, no momento em que Renato precisa assumir um papel fundamental para motivar os jogadores novamente, o mesmo falha e surge como a principal imagem do abatimento do time (em tempo: curioso é que o novo técnico do Flu é Cuca, outro conhecido pelo abatimento após as derrotas).

E o pior é que com o abatimento, surgem as declarações impensadas; mas talvez não mais do que as que costuma soltar em situações normais. E Renato precisa aprender que não é mais jogador para soltar tantas declarações polêmicas como “Estamos a cinco metros de disputar outra Libertadores. Os outros estão a 5 mil quilômetros”, “a gente vai entrar para brincar (no Campeonato Brasileiro)” ou até mesmo quando provocou Joel Santana (o que acarretou numa frase clássica do Natalino, que disse que Renato “ainda tem que engraxar muito sua prancheta”). São provocações que acabam aumentando a moral dos adversários e que ainda são usadas no futuro contra o próprio Renato Gaúcho (quem não se lembra das infinitas piadas criadas na Internet após a perda da Libertadores?), que geralmente acaba se irritando com uma discussão que ele mesmo começou.

Renato Gaúcho já provou sua competência (embora tenha ganho apenas 1 título) e ainda é um jovem técnico, mas já chegou a hora de refletir sobre suas atitudes e no que elas acarretam. Se não for teimoso, tirará boas conclusões dos acontecimentos dos últimos meses, o que certamente ajudará no seu amadurecimento como treinador. Mas se for teimoso, continuará sendo alvo de piadinhas baseadas em suas próprias declarações e sendo demitido pelo seu fraco emocional. Cabe a ele decidir o que achar melhor.

Foto: www.bolarolando.com.br

domingo, 10 de agosto de 2008

Agora sim!

Tudo bem que a Nova Zelândia é uma fraca seleção. Porém, isso não tira os méritos da boa atuação do Brasil, que venceu os neozelandeses por 5 a 0 (gols de Anderson, Pato, Ronaldinho, que marcou 2 vezes, e Rafael Sóbis) e se classificou antecipadamente para as quartas-de-final das Olimpíadas.

Felizmente, houve evolução em relação ao jogo anterior. Desta vez, Diego não esteve sobrecarregado na armação de jogadas, e foi tão bem quanto no jogo anterior. Anderson e Ronaldinho Gaúcho, que haviam jogado mal contra a Bélgica, foram uns dos destaques da seleção no jogo de hoje. O primeiro se mostrou muito mais presente em campo, ajudando na transição das jogadas do meio para o ataque e ainda marcou o primeiro gol da equipe, logo aos 3 minutos de jogo. Já o segundo, mesmo não se movimentando tanto em campo, foi muito mais ousado, arriscando e acertando seus famosos dribles desconcertantes durante todo o jogo e dando bons passes para seus companheiros (é até injusto destacar somente um lance do tipo do camisa 10 durante o jogo); com uma boa atuação, essa sim pode ser considerada a reestréia do ex-melhor do mundo pela seleção brasileira, coroada com 2 gols (um de falta e outro de pênalti).

2 jogadores foram beneficiados com a subida de produção de Anderson e Ronaldinho: os laterais Rafinha e Marcelo. Finalmente tendo com quem tabelar e armar jogadas, ambos foram bem produtivos no ataque, aumentando o poder ofensivo do time.

Durante boa parte do 1º tempo, a seleção adversária imprimiu uma forte marcação no meio campo, deixando Lucas, Hernanes e os laterais sem muitas opções na saída de bola e forçando a volta dos três meias ofensivos da seleção brasileira. Porém, quando a equipe conseguia furar esse forte bloqueio (algo que muitas vezes só foi possível com o recuo dos apoiadores, que demoraram a entender que precisavam fazer isso), encontrava muita facilidade para armar jogadas, principalmente pelas pontas: um exemplo disso foi o segundo gol, quando Marcelo avançou pela ponta esquerda até cruzar para Alexandre Pato cabecear para o gol.

Além deste problema na saída de bola, Alexandre Pato esteve novamente isolado durante a partida, mesmo com a subida de produção dos homens da frente. Outro ponto negativo foi Breno, que cometeu alguns deslizes na zaga, que não chegaram a comprometer pela ineficiência do adversário. Hernanes não fez uma boa partida como contra a Bélgica, mas não chegou a comprometer; teve uma atuação regular.

Não chegou a ser uma atuação de encher os olhos, mas já houve uma melhora em relação ao jogo anterior. Ainda há erros a serem consertados (principalmente o isolamento de Pato no ataque), mas pelo menos não se viu uma seleção apática em campo e um Ronaldinho apagado. Mesmo com o time já classificado para a próxima fase, seria bom que Dunga não poupasse jogadores no próximo jogo, para que o time ganhe entrosamento e confiança para a fase do mata-mata, que será muito mais difícil, já que há grandes chances de jogos contra a Itália, Nigéria e Argentina.

OFF: Dia dos Pais

Mesmo sabendo que meu pai não lerá isto, deixo registrado a ele um feliz Dia dos Pais. Afinal, é ele uma das pessoas que mais me apoia, que me educou (seu objetivo sempre foi que eu entrasse numa faculdade, coisa que ele infelizmente não conseguiu, e graças a Deus alcançou esta meta) e me atura em casa até hoje. E óbvio, agradeço ele até hoje por ter me levado ao Maracanã em meados de setembro de 1998, numa época em que o Flamengo estava na zona de rebaixamento do Brasileirão; mesmo assim, me levou a um vazio estádio num jogo contra o Atlético-MG para que eu o conhecesse, e ainda fui presenteado com uma virada sensacional nos últimos minutos que tirou o time do fundo do poço e levou o time a uma arrancada que quase classificou o time para a fase seguinte da competição. Foi aí que o amor pelo clube começou...

Brigado por tudo, pai!

sábado, 9 de agosto de 2008

É bom não duvidar

E o Grêmio venceu mais uma partida no Brasileirão...

Fico surpreso. Não considero o elenco um dos melhores do campeonato (não há nenhum jogador considerado excepcional, mas as peças vem se encaixando muito bem), acho que o clube perdeu muito ao demitir Vágner Mancini e nunca (mas nunca mesmo!) confiei em Celso Roth, ainda mais depois de suas campanhas com clubes cariocas, quando começou muito bem mas depois seguiu ladeira abaixo.

E é justamente por isso que, a cada rodada que passava, eu esperava uma possível queda do Grêmio. Achei que era inevitável contra o Coritiba, pois o time treinado por Dorival Júnior não havia perdido em casa. E o Grêmio venceu por 1 a 0. Então, apostei numa derrota para o Atlético-MG: por mais que o time seja limitado, vinha embalado de 2 resultados positivos. e jogava com o apoio da torcida. Mas, com a goleada de 4 a 0, fui feito de bobo novamente.

Ainda há muito campeonato pela frente, mas acho bom não duvidar mais da força do time gaúcho. O time vai provando cada vez mais que pode sim conquistar o título, mesmo debaixo de tanta desconfiança. Se o time manter o foco na competição e não se abalar em caso de um simples resultado negativo (como não fez quando empatou com o Internacional e o Palmeiras em pleno Estádio Olímpico), pode chegar longe...

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

De bom, só os 3 pontos

Parabéns às pessoas que, como eu, não só acordaram às 6 horas da manhã para assistir a estréia da seleção brasileira masculina nas Olimpíadas como também conseguiram resistir às tentações do sono. Num jogo bem morno e com poucas alternativas, o Brasil conseguiu vencer a Bélgica pelo magro placar de 1 a 0, com gol de Hernanes aos 31 minutos do segundo tempo; para não fugir do padrão Dunga, venceu sem convencer.

A Bélgica, embora tenha conseguido armar alguns ataques perigosos, não chegou a ser um grande perigo ao Brasil; marcou mais do que atacou. Nesta situação, esperava-se que os comandados de Dunga criassem vários lances de perigo. Porém, não foi o que aconteceu. Tanto que o Brasil finalizou poucas vezes ao gol.

E não se pode culpar Alexandre Pato por isso. O jogador do Milan esteve na maioria das vezes isolado no ataque e não conseguiu mostrar todo seu potencial. Ronaldinho Gaúcho, principal jogador da seleção e quem mais deveria se aproximar de Pato, decepcionou: estático, pouco se movimentou durante todo o jogo, limitando-se a tentar dar alguns passes importantes; muito pouco para quem tem a habilidade que todos já conhecem. Para piorar, Anderson esteve omisso durante a maior parte do tempo. Isso deixou Diego praticamente sozinho na criação de jogadas: porém, sem ter com que dividir a responsabilidade e só contando com a ajuda de Hernanes (Lucas pouco apareceu à frente, preocupando-se mais em proteger a defesa), pouco conseguiu fazer. Os laterais não jogaram mal, mas sempre encontraram uma forte marcação no meio campo; mesmo assim, não faltou vontade à Rafinha e Marcelo, embora não tenham obtido muito sucesso em suas idas ao ataque.

Já Dunga foi o de sempre: além de demorar a mexer (fazendo isso somente após metade do 2º tempo), sua equipe não mostrou melhoras significativas do 1º para o 2º tempo e (o que não surpreende ninguém) não teve jogadas ensaiadas ou entrosamento algum. E assim, sinceramente, fica difícil esperar uma melhora significativa nos próximos jogos. Talvez as coisas dêem certo mais pelo talento dos jogadores, como no gol solitário de Hernanes. É esperar para ver.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

O mesmo filme?

Na próxima quinta-feira, a seleção brasileira masculina estreará nas Olimpíadas contra a seleção belga, em busca do único título que lhe falta. Porém, ao contrário das últimas edições em que o Brasil esteve presente, entrará em campo debaixo de certa desconfiança.

A seleção de Dunga não teve muito tempo para se preparar. Inexplicavelmente, a CBF decidiu “priorizar” a seleção principal; sim, entre aspas mesmo, porque os amistosos marcados para a mesma não serviram para dar entrosamento ou melhora alguma à equipe principal e sim para sabermos que Dunga é um dos técnicos mais teimosos atualmente e que há vários equívocos na escalação do time titular.

A seleção olímpica só foi descoberta em julho; ou seja, os jogadores mal tinham jogado juntos. Com tão pouco tempo de preparação, não se pode esperar um time bem entrosado em campo, e sim um time ainda com algumas falhas, que deverão ser consertadas durante a competição ou até mesmo escondidas pelo talento de jogadores como Ronaldinho Gaúcho, Alexandre Pato, Diego, Lucas e Thiago Neves (ao contrário da seleção principal, criatividade e talento não falta a esta).

Se poderia haver mais alguma falha numa preparação tão curta (praticamente 2 semanas, muito pouco se lembrarmos que os jogadores praticamente não haviam jogado juntos), infelizmente houve. Esta seleção jogou contra adversários muito fracos (“combinado do Rio”, que até possuía um jogador em atividade na Alemanha (?!), Vietnã e Cingapura), que não testaram todo o potencial da equipe de Dunga, servindo apenas como uma espécie de jogo-treino. Pouco serviu para sabermos se as peças certas estão sendo utilizadas, quais são os pontos fortes e fracos do esquema, o que deve ser corrigido e treinado, entre outros aspectos.

Com uma preparação inadequada, a seleção olímpica pode ter caído num erro parecido com o da seleção principal na última Copa do Mundo (exceto toda a badalação que ocorreu em 2006, que obviamente não aconteceu desta vez). O que também não quer dizer que os comandados de Dunga certamente fracassarão: com jogadores aparentemente dispostos a mostrar o seu melhor futebol (principalmente um Ronaldinho Gaúcho em busca da redenção) e talentosos, a seleção pode superar os problemas iniciais. Ajuda também o fato de não haverem tantas seleções perigosas (creio que o nível está mais nivelado por cima no futebol feminino): Itália, Holanda, Argentina e Camarões são os principais candidatos ao título, mas nenhum deles é favorito absoluto. Cabe agora aos jogadores provar que podem trazer o título inédito mesmo passando por tantas adversidades, o que seria uma ironia se lembrarmos das bem treinadas e excelentes seleções formadas em 1996 e 2000, que voltaram para casa com um fracasso na bagagem. É esperar para ver.

Foto: globoesporte.globo.com

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Situação crítica

Depois da derrota para o Cruzeiro, que resultou na incrível marca de 6 jogos sem vencer (incrível porque semanas atrás o time era líder com uma certa folga), não há mesmo como esconder: a situação do Flamengo é crítica.

Não é muito difícil descobrir que a queda do Fla está relacionada à “simples” perda de dois jogadores: Renato Augusto e Marcinho (não considero a saída de Souza porque o centroavante já vinha mal há um certo tempo). É visível que, desde a saída dos 2 apoiadores, o time não tem criatividade alguma em campo; o resultado é essa série horrorosa da equipe nos últimos jogos.

Difícil é resolver o problema originado da saída dos dois apoiadores; sem os reforços antes prometidos por Kléber Leite e com as peças que podem ser utilizadas por Caio Jr, será árduo achar uma solução. Ibson, que antes vinha fazendo uma temporada marcada por altos e baixos, não consegue ser o principal articulador do meio campo: além de ficar sobrecarregado no meio campo, o volante prende demais a bola, atrapalhando o andamento das jogadas. Kléberson, outro jogador que poderia ser utilizado na posição mas que também vinha fazendo uma temporada irregular (embora viesse subindo de rendimento com Caio Jr), se machucou e ficará um bom tempo parado. Sem ter quem colocar na posição, Caio Jr apelou para Erick Flores, prata da casa que é considerado “uma jóia a ser lapidada”; porém, com uma atuação horrível no jogo de ontem (nervoso, perdeu a bola em diversos momentos e chegou a pisar na mesma), o garoto não deve ser titular tão cedo. Pela falta de meias ofensivos, não culpo tanto Caio Jr por armar uma equipe com tantos volantes: há poucos apoiadores no elenco mesmo.

Mas as saídas Renato Augusto e Marcinho não são o único fator da queda de rendimento do Fla. Os laterais, que são (ou eram) a principal arma ofensiva do time, não vêm nada bem. Muito marcados nos últimos jogos (finalmente descobriram o mapa da mina, e digo ainda que demoraram muito para descobrir tal coisa), Juan e Léo Moura não estão rendendo o que podem nos últimos jogos, o que obviamente tira parte da força do time. Porém, a forte marcação exercida nos dois não esconde a brusca queda de rendimento do lateral direito do Fla: Léo tem estado muito apático nas últimas partidas, não vem forçando muito as jogadas nas linhas de fundo como costumava fazer e vem jogando muito pelo meio, afunilando as jogadas e quase sempre levando a pior.

Isso para não falar do ataque. Se Obina antes era um jogador que acertava 50% das jogadas, agora não acerta quase nada; o mesmo vale para Tardelli, que, displicente, vinha errando todos os dribles que tentava, não lembrando em nada o jogador que infernizou o Botafogo nos jogos finais do Carioca deste ano. Éder e Maxi não vem pecando muito, mas são limitados, jogando mais na base da vontade do que na técnica. A má fase dos atacantes prejudica tantos os laterais quanto os jogadores do meio campo: Obina e Souza (quando ainda estava no Fla) cansaram de estragar ataques criados por seus companheiros, ora tocando errado, ora não aparecendo para tabelar, ora cavando pênaltis...

O único jeito é contratar. Caio Jr vem tentando armar o time com o que é possível, mas as coisas não vêm dando certo. Enquanto isso, Kléber Leite insiste em não gastar os 30 milhões que arrecadou com venda de alguns jogadores, querendo contratar Felipe e Vágner Love a custo zero. Se ninguém for contratado, Caio Jr terá que se virar para montar uma equipe novamente vitoriosa com o que já tem em mãos, além de recuperar o estado emocional de todos, abalado com os resultados recentes. Pelo jeito, a volta ao topo será bem árdua...

domingo, 3 de agosto de 2008

Sorte e azar na Hungria

É incrível, mas a primeira vitória de Heikki Kovalainen, conquistada hoje no GP da Hungria, foi fruto de uma tremenda sorte do finlandês e azar de Felipe Massa. O piloto da Mclaren, que vinha sendo o piloto mais azarado da temporada (entre outras, foi prejudicado no GP da Austrália por uma bandeira amarela quando tinha grandes chances de ir ao pódio, foi punido 2 vezes com a perda de 5 posições no grid e teve que trocar um pneu furado no GP da Turquia logo no começo da prova, quando largava nas primeiras posições), foi beneficiado com o furo do pneu de Lewis Hamilton na metade da prova, o que tirou suas chances de ir ao pódio, e com a quebra do motor de Felipe Massa a 3 voltas do final, depois de liderar praticamente quase toda a corrida. Agora, Hamilton abriu uma diferença de 8 pontos para o brasileiro, que, para piorar, está 3 pontos atrás de Raikkonen.

Corrida que foi bem monótona, por sinal; talvez a pior do ano. Tão entediante que há poucos fatos a serem comentados. Felipe Massa mostrou muito arrojo na largada e conseguiu ultrapassar os 2 pilotos da Mclaren, herdando a 1º posição logo na 1º curva, enquanto Nelsinho Piquet pulava de 10º para 8º (porém, na mesma volta retornou à sua posição de largada) e Rubinho, de 17º para 13º (mas logo foi ultrapassado por seu companheiro Jenson Button). Aos poucos, Felipe Massa foi abrindo vantagem para Lewis Hamilton, enquanto a corrida seguia sem maiores emoções. A primeira parada de cada piloto também não causou grandes mudanças na classificação. Na 41º volta o pneu dianteiro esquerdo de Hamilton furou, o que prejudicou as pretensões do inglês, já que foi obrigado a ir para os boxes lentamente e acabou voltando na 10º posição.

A corrida caminhava para um final até certo ponto tranqüilo, com Massa tendo uma vantagem bem confortável para Kovalainen, até que seu motor estourou na reta de chegada, para desespero do brasileiro. O finlandês da Mclaren assumiu a ponta e Raikkonen, que pressionava Glock tentando conquistar a posição do alemão, claramente poupou o carro, afim de não abandonar com algum problema, o que deixou o piloto da Toyota livre para terminar em 2º e conquistar seu primeiro pódio. A zona de pontuação foi completada por Alonso, Hamilton, Nelsinho, Trulli e Kubica.

Foi realmente uma grande infelicidade o que aconteceu com Felipe Massa. Embora não fosse ainda um GP para finalmente convencer os que ainda duvidam de sua habilidade (pois todos esperam a tal corrida fenomenal do brasileiro, com uma grande recuperação, ultrapassagens e outras coisas que realmente mostrem seu talento), seria uma corrida para conquistar mais alguns pontos com os fãs de F-1. O piloto da Ferrari largou muito bem e, para surpresa daqueles que acharam que Hamilton iria dominar a corrida, conseguiu abrir uma boa vantagem para o inglês com uma grande seqüência de voltas mais rápidas. O que aconteceu no final da corrida já aconteceu ou irá acontecer com diversos pilotos: faz parte do esporte (embora seja difícil aceitar isso neste momento) e um dia (ainda nessa temporada, até) poderá acontecer com um de seus adversários, podendo beneficiá-lo.

Falando em piloto da Ferrari, a sorte também sorriu para Raikkonen. O finlandês teve um fim de semana complicado, perdeu muito tempo atrás de Alonso (para quem já havia perdido uma posição na largada), mas mesmo assim chegou ao pódio, às custas dos problemas de Massa e Hamilton. Mesmo com o bom resultado, o piloto precisa melhorar nas próximas corridas, já que seu desempenho ultimamente não tem sido muito bom.

Fernando Alonso é outro piloto que deve estar satisfeito. Dessa vez, o espanhol teve mais acertos do que erros. Se nas outras corridas o bicampeão mundial largava mal e perdia várias posições durante as paradas, desta vez ganhou a posição de Raikkonen logo na 1º curva, conseguiu segurar o ímpeto do finlandês durante boa parte da prova e só perdeu sua posição na 2º parada. Sua boa performance e o 4º lugar podem motivar o espanhol para as próximas corridas.

Destaque também para Timo Glock e Nelsinho Piquet, que vinham sendo criticados desde o começo do ano (inclusive por mim) por fazerem corridas irregulares e cometerem erros bobos. Nelsinho vem fazendo corridas consistentes desde o GP da França e vem sendo premiado com isso. Hoje, foi a vez de Glock: foi muito bem no treino e não cometeu erros até o certa parte da corrida. Depois, se sentiu pressionando com a possibilidade de ir ao pódio e pareceu nervoso. Isso não pode acontecer de novo (de vez em quando, o alemão perdia a concentração na GP2 por se sentir pressionado), mas até certo ponto isso foi perdoado hoje (só hoje; é bom lembrar que a F-1 não perdoa um erro sequer...) por ter sido a 1º vez que encarou tal situação na F-1.

Uma coisa que impressionou foi os problemas de alguns pilotos na hora do reabastecimento. Barrichello, Nakajima e Bourdais tiveram um rápido princípio de incêndio (o francês foi tão guloso que o problema ocorreu com ele nas suas 2 paradas!). Mas nada da proporção de Verstappen em 1994...

A F-1 volta dia 24, com o novo GP disputado na cidade de Valencia. Porém, a maior incógnita não é saber quem vencerá, e sim se a Globo deixará de lado a corrida para passar a cerimônia de encerramento das Olimpíadas...

Fotos: www.gpupdate.net

sábado, 2 de agosto de 2008

O Rio de Janeiro ferve

E não é somente pelas altas temperaturas, atípicas nesta época do ano, que têm assolado o estado nas últimas semanas. Vasco, Flamengo e Fluminense têm tido problemas nas últimas semanas que vêm preocupando até mesmo os torcedores mais tranqüilos.

O caso mais delicado é o do time da Cruz de Malta. Além do difícil início da gestão de Roberto Dinamite, fruto da “herança” herdada de Eurico Miranda, Edmundo abriu uma nova crise entre os jogadores justamente no momento em que o Vasco conseguiu uma vitória em campo (já que o time, principalmente devido a sua horrorosa defesa, perdeu vários jogos ultimamente).

Dinamite terá muito trabalho para consertar essa nova crise. Edmundo, pessoa e jogador temperamental ao extremo, não deveria ter criticado os jogadores publicamente. Como em qualquer crise, tudo deveria ser resolvido internamente (o que talvez também não daria muito certo, já que haveria uma grande probabilidade de Edmundo discutir asperamente ou até mesmo agredir alguém, pelo seu estilo já aqui citado). E o mais difícil será convencer Edmundo de que o mesmo errou. Para piorar, terá que lidar com o desaparecimento de Morais do clube, por suposta falta de segurança diante de torcedores enfurecidos. É, certamente Dinamite não esperava esse tipo de problema...

Já os rubro-negros já estão perdendo a paciência com seu time. Não perdoam Kléber Leite e a diretoria por vender Renato Augusto e Marcinho e não contratarem ninguém. Não perdoam Ibson e Léo Moura pelas atuações irregulares nas últimas semanas. Não perdoam nem Caio Jr pelas suas escolhas.

Em parte, os torcedores não estão errados. Kléber Leite só fala em Vágner Love e Felipe, mas os 2 parecem cada vez mais distantes; como o dirigente não parecem ter um plano B, Caio Jr corre o risco de ficar sem seus esperados reforços. Este, aliás, também vem tropeçando ultimamente: já está claro que o mapa da mina finalmente foi encontrado (ou seja, os laterais estão sendo bem marcados), o que leva o time a ficar sem suas melhores opções de ataque; Ibson está sobrecarregado no meio campo, já que precisa defender e articular jogadas: como não consegue ser eficiente, acaba errando demais e é extremamente criticado pela torcida, algumas vezes injustamente (assim como vem acontecendo com o lateral direito do Fla). Cabe a Caio Jr achar uma nova maneira de armar o time, porque o estilo de jogo da equipe está cada vez mais manjado e neutralizado pelos adversários (em tempo: um armador de ofício cairia bem no time, como Erick Flores ou até mesmo Fellype Gabriel, que foi passado inexplicavelmente para a Portuguesa...).

Enquanto isso, o Fluminense não consegue se recuperar da traumática derrota na Libertadores e continua agonizando na zona de rebaixamento. Além de perder Cícero e Gabriel para o exterior e os Thiagos para a seleção olímpica, Renato Gaúcho vem sofrendo com as inesperadas contusões e suspensões de seus jogadores, o que está atrapalhando o técnico na hora de escalar um time competente.

Realmente, Renato Gaúcho não tem culpa se seus jogadores perdem a cabeça e são expulsos ou tomam o 3º cartão amarelo. Mas também não precisa sair falando pelos 4 cantos do mundo que não possui elenco. Além de eu continuar achando que ele possui, a diretoria está agilizando o processo de contratação de novos jogadores. Vai demorar um tempo para entrosar, mas é aí que entra o trabalho de Renato Gaúcho, que precisa mostrar sua habilidade como técnico neste momento difícil.

Nesta rodada, o Vasco encara o São Paulo fora de casa (tarefa super difícil para os comandados de Antônio Lopes), o Fla tem ótima chance de se recuperar diante do Cruzeiro (com quem também briga pela ponta) e o Flu pode se recuperar contra o ainda irregular Internacional. São ótimas chances de dar um fora na crise como o Botafogo fez; senão...

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

OFF: Problemas...

O dono do blog está com alguns problemas e por isso não postou nada ontem e hoje. Certamente amanhã ou domingo este espaço voltará a ser atualizado.