domingo, 30 de março de 2008

O que está acontecendo?

Confesso que ultimamente tenho acompanhado muito mais a Premier League, que é meu campeonato favorito há um bom tempo, e deixei o Campeonato Espanhol de lado. Porém, me mantenho atualizado sobre o que vem acontecendo na Espanha: a briga entre Real Madrid e Barcelona, a campanha dos emergentes Sevilla, Villareal, Espanyol e Getafe e principalmente a pífia campanha do Valencia. Sinceramente, não consigo entender o que vem acontecendo em Mestalla.

O time já não bota mais medo em ninguém: se há pouco tempo batia de frente com Real Madrid e Barcelona em jogos fora de casa, agora não consegue nem ganhar de times médios/ pequenos como La Coruña, Recreativo e Levante no seu próprio estádio! Há uns anos atrás, naquele time feio mas de resultados expressivos de Rafa Benítez, isso era impensável!

O time está uma zona fora de campo. Depois da demissão do técnico Quique Flores (injusta, na minha opinião, já que também armava um time bem organizado), o clube contratou Koeman para o cargo de técnico e o time ficou mais bagunçado do que o Rio de Janeiro com a epidemia da dengue: Albelda, Cañizares e Angulo foram afastados pelo técnico, que agora tenta arrumar o time. Aí fica a dúvida: não sei se ele está arrumando ou desarrumando o time, porque com o elenco que o Valencia tem, o time deveria estar no mínimo na zona de classificação para a Copa da UEFA.

E aí é que está o pior: onde estão os grandes jogadores do Valencia? Cadê o Villa matador que o mundo conheceu nas últimas 2 temporadas? Será que Joaquin deixou seu futebol em Sevilla (onde também já não vinha tendo atuações dignas de sua reputação...)? Como uma zaga com jogadores do porte de Albiol, Helguera e Caneira toma gol a todo instante, parecendo uma peneira (tá certo que nunca gostei dos 2 últimos, mas pior que a zaga do Levante, do Betis, do Recreativo não é...)? Cadê as grandes e jovens contratações do time: Maduro, Banega e até Sunny, que são tratados como futuros craques? Onde está Edu, que prometia muito quando veio para o Valencia mas vive contundido?

Sinceramente, é melhor montar tudo de novo pra temporada que vem...e de preferência sem Koeman, que vem tendo um desempenho muito ruim e não consegue acabar com os problemas do time.

sexta-feira, 28 de março de 2008

Ele é essencial

Em breve, Kléber Leite terá que mostrar toda sua habilidade nos bastidores mais uma vez. O empréstimo de Ibson está terminando, e o Porto não parece muito disposto a deixar o volante por mais alguns tempos na Gávea. E é bom o Flamengo abrir o olho: o jogador já foi e ainda é essencial para o time, embora tenha convivido com críticas dos torcedores e da imprensa nas últimas semanas.

Ibson foi um dos líderes do Flamengo na arrancada fenomenal que o time deu no último Campeonato Brasileiro: além de ser o responsável pela distribuição das jogadas do time (devido a qualidade de seu passe e pela sua excelente visão de jogo), tinha a obrigação de chegar lá na frente para concluir as jogadas; tudo isso sem se descuidar da marcação, onde também se destacava. Devido às suas grandes atuações, o volante foi eleito um dos melhores do campeonato e foi até cotado para futuras convocações da seleção brasileira.

Porém, o começo de ano não foi bom para Ibson, pois não estava jogando com a mesma qualidade do ano passado, o que ficou evidente nos 3 primeiros jogos da Libertadores, onde errou muitos passes e parecia estar mais preocupado em reclamar com a arbitragem. Mesmo tendo jogado muito bem os 2 jogos das finais da Taça Guanabara, suas atuações no geral não estão convencendo nem mesmo àqueles que defendiam sua convocação para a seleção.

Mas Ibson é muito importante para o time. Embora ele não esteja jogando tão bem quanto no ano passado, ainda é ele que inicia todas as jogadas do time, preparando-as principalmente para os laterais Juan e Leo Moura; além disso, não se omite do jogo, mesmo quando não está em seus bons dias. E para piorar, os 2 jogadores que foram contratados esse ano que poderiam fazer a mesma função de Ibson não engrenaram no time: Kléberson não consegue reeditar as atuações que o levaram à Copa de 2002 e à Europa; já Jônatas...bem, esse vem em péssima forma e continua indisciplinado, o que é uma pena, pois seus belos lançamentos poderiam torná-lo o substituto do camisa 7 da Gávea.

Agora é esperar para ver o que vai acontecer. Kléber Leite é um dirigente esperto e sabe das qualidades de Ibson; além disso, geralmente consegue uma operação financeira que permite ao time contratar ou segurar algum jogador (infelizmente, às vezes isso prejudica e muito as finanças do time). Mas uma coisa é certa: sem Ibson o time perde muito e muito no quesito qualidade, o que pode comprometer as ambições do Flamengo esse ano.

OBS: (Viúva de Senna mode on) Você achou que eu iria esquecer o aniversário de 15 anos da segunda vitória de Senna no Brasil? Não! Em outra vitória heróica do brasileiro, onde contou com a sorte quando a chuva fez Prost abandonar, foi competente ao ultrapassar Hill e nem pensou em negociar ultrapassagens com os retardatórios, a torcida deu um show: invadiu a pista e reverenciou seu ídolo, para delírio de Galvão Bueno. Como diria Galvão no vídeo abaixo, "Senna nos braços do povo!"

quarta-feira, 26 de março de 2008

Breves comentários...

Hoje vou ser breve porque estou meio ocupado (novidade...). E começo esse post arrependido. Ontem, disse que talvez fosse melhor dormir do que ver o jogo do Brasil. Como fui inventar de ver o jogo deitado e ainda fui ler um texto da faculdade durante o primeiro tempo (queria mesmo era ver o segundo tempo, ou seja, quando os garotos pré-olímpicos entrassem em campo), acabei pegando no sono e só acordei com os berros de Galvão Bueno no gol de Alexandre Pato. Acabei vendo só o final do jogo, então não tenho nada a comentar sobre o mesmo.

Mesmo assim, fiquei animado com o belo gol de Pato. É um bom sinal de que podemos ter em breve um atacante decente para a seleção: é veloz, determinado e finaliza bem, além de ser imprevisível (no bom sentido da palavra). Como a seleção brasileira está carente de atacantes no momento (o melhor é Luis Fabiano, mas ele não me transmite segurança o suficiente para ser titular do Brasil), o ex-atacante do Internacional pode ser uma ótima opção para Dunga já nos próximos jogos das eliminatórias.


Mudando de assunto: estava dando uma olhada em uns blogs hoje até me deparar com certo vídeo no excelente Blog F1 Grand Prix; é um vídeo contendo algumas frases clássicas de Nelson Piquet no documentário "A Era dos Campeões" (que eu recomendo, um excelente documentário com entrevistas dos brasileiros que correram na F-1, com prioridade aos campeões, óbvio; as partes de Senna são mescladas com entrevistas antigas dele e comentários feitos por Maurício Gugelmin).

Agora, uma ressalva que vai acabar com o mito do vídeo: eu conheço a pessoa que editou esse vídeo. Foi meu amigo de faculdade Rodrigo Santos, que selecionou muito bem as melhores falas de Piquet que levam os fãs de F-1 às gargalhadas. Parabéns pelo sucesso do vídeo , que é muito bem comentado pelos fãs de F-1 no Brasil (comentado até no orkut!) . Mas vou parar de enrolar e colocar o link aí embaixo



OBS: Agora uma "reclamação", rs: fui eu quem emprestou o documentário para ele, e quando ele viu tirou as melhores frases e editou o vídeo. Cadê meus royalties, Rodrigo?!?!?! Hehehe...
Ateh!

terça-feira, 25 de março de 2008

Seleção?

Amanhã haverá mais um amistoso da seleção brasileira, desta vez contra a mediana seleção da Suécia, que jogará desfalcada de seu principal jogador (Ibrahimovic foi cortado devido a uma lesão). Dei uma rápida olhada nas notícias do jogo e vi a escalação, que será a seguinte: Júlio César; Daniel Alves, Lúcio, Alex, Richarlyson; Gilberto Silva, Josué, Diego, Júlio Baptista; Robinho e Luís Fabiano.

Lembrando dos últimos amistosos da seleção e da teimosia de Dunga em não colocar os garotos da seleção pré-olímpica (Gilberto Silva e Josué titulares?!), faço uma recomendação: veja o jogo deitado, pegue um travesseiro e uma coberta: talvez tirar uma soneca seja melhor do que acompanhar um tedioso jogo, ainda mais se tiver um friozinho como aqui no Rio de Janeiro...

segunda-feira, 24 de março de 2008

Abre o olho...

Ontem mesmo fiz um breve comentário falando que Felipe Massa seria fortemente criticado pela imprensa e pelos fãs de F-1. Uma rápida olhada no orkut e nas páginas de opinião dos leitores do "Gazzetta dello Sport" e da "BBC" confirmou minhas expectativas. Embora as críticas possam parecer até certo ponto exageradas, uma coisa é certa: Felipe precisa provar que é um piloto de qualidade o mais rápido possível, antes que perca espaço não só na Ferrari como na categoria. Além disso, uma certa falta de sinceridade está "queimando o filme" do brasileiro.

Lembro que no início do ano passado muitos brasileiros estavam empolgados com a possibilidade de Felipe Massa brigar pelo título da F-1. Suas últimas corridas em 2006 causaram uma boa impressão, principalmente pelas vitórias na Turquia e no Brasil. Porém, todos sabiam que uma coisa era certa: embora Felipe fosse um piloto rápido, também era muito irregular, o que poderia comprometer seu desempenho no ano. E o começo do ano não poderia ser pior: teve que largar em último na Austrália e terminou em 6º vendo seu companheiro Raikkonen vencendo no seu GP de estréia pela Ferrari. E na corrida seguinte, após largar na pole, Massa foi com muita sede ao pote e errou ao tentar recuperar uma das posições perdidas na largada, saindo da pista e terminando num decepcionante 5º lugar.

Mas Felipe não se abateu: foi sincero e reconheceu seu erro, agüentou as críticas durante uma semana e venceu o GP do Bahrein de forma absoluta; semanas depois, na famosa "corrida do Papa" para os brasileiros, venceu o GP da Espanha depois de disputar a primeira posição com Alonso na primeira curva. Os brasileiros foram ao êxtase, já que Felipe estava muito próximo da liderança do campeonato. Mas aí voltaram os problemas.

Massa só conseguiu mais uma vitória no resto do ano, no GP da Turquia. De resto, atuações irregulares e pouco convincentes (GP da China, GP da Hungria), problemas com o carro (GP da Itália), ou então foi batido pelo seus adversários (GP da França por Raikkonen, GP da Europa por Malon, ops, Alonso). A irregularidade que era tão temida aconteceu, e Massa viu seu companheiro ser campeão após uma recuperação excepcional nas últimas corridas.

Então muito foi comentado sobre como Felipe se comportaria em 2008. Afinal, foi o pior do G4 da F-1 em 2007, além de ter sido um dos primeiros a criticar a proibição do controle de tração. E o ano começou da pior maneira: rodou logo na 1º volta da primeira corrida do ano, se envolveu num acidente com Coulthard e abandonou. Uma corrida nada satisfatória, que rendeu críticas até de Michael Schumacher, mas Massa ignorou seu mal desempenho. E as coisas pioraram na Malásia: após ter perdido a primeira posição para Raikkonen após a primeira parada, rodou surpreendentemente no meio da corrida. Todos logo desconfiaram de que Massa tinha errado, mas ele bateu o pé e disse que não tinha errado. Mas agora já parece que ficou bem claro que Massa errou, porém, o mesmo parece não se preocupar muito preocupado em admitir o mesmo.

Infelizmente, a desconfiança sobre o brasileiro aumenta cada vez mais. Massa já está a 14 pontos de distância do líder, e alguns pontos podem fazer falta ao brasileiro no final da temporada. Além disso, o começo de ano leva a crer que ele será irregular mais uma vez. Para piorar, Massa perde a cada vez mais a credibilidade que tinha com os fãs de F-1 ao não reconhecer seu erro, culpando o carro pelo que aconteceu: a sinceridade que caiu como uma luva após o GP da Malásia do ano passado não apareceu após a corrida no mesmo local esse ano. As próximas corridas serão fundamentais para o brasileiro: ou cala a boca dos críticos como fez ano passado no Bahrein e na Espanha ou começa a perder seu espaço na F-1. Espero que Massa se concentre e se isole do mundo nessas 2 semanas para dar o seu melhor, porque caso contrário...

E já ia me esquecendo! Hoje faz 17 anos da emocionante vitória de Senna no Brasil em 1991, terminando a corrida apenas com a 6º marcha. Os momentos seguintes a bandeirada são muito bonitos: Senna gritando de dor após a vitória e os fiscais comemorando a vitória enquanto Senna parava seu carro, esgotado. (OBS: Reza a lenda que minha mãe, ao comemorar a vitória, me levantou: e eu, que tinha 3 anos, comecei a chorar; prova de que eu já me emocionava com Senna, rs!)


domingo, 23 de março de 2008

Corrida morna

Quem esperava uma corrida com chuva, grandes duelos e confusões ficou na saudade. Numa corrida morna, mais marcada pelo abandono de Felipe Massa e por possíveis ultrapassagens que acabaram não acontecendo, Kimi Raikkonen venceu sua primeira corrida no ano, já tratando de espantar parte da pressão que a Ferrari sofria; agora a pressão parece se concentrar em Felipe Massa, que certamente vai ter que agüentar uma enxurrada de críticas da imprensa italiana, brasileira, e qualquer outra que você pensar. O pódio foi completado pelo polonês Robert Kubica, da BMW (ÊÊÊ!), e pelo finlandês Heikki Kovalainen, da Mclaren.

A largada foi até certo ponto movimentada. Raikkonen pareceu ter largado melhor, mas Felipe Massa, determinado a não perder a 1º posição, apertou o finlandês e conseguiu manter sua posição inicial. Enquanto Kubica ganhava a 3º posição de Trulli, Hamilton e Kovalainen vinham tentando ganhar posições (alguém percebeu Hamilton dando um toque maroto no Alonso?), embolando a briga no bloco intermediário. Ainda no final da primeira volta, Sebastian Bourdais foi dar uma passeio na caixa de brita e ficou por lá mesmo. Para terminar, Rosberg acertou o carro de Glock, o que resultou no abandono do piloto da Toyota e uma pit stop inesperado para o alemão da Williams.

Enquanto os pilotos consolidavam suas posições nas primeiras voltas, a F-1 teve um belo momento: enquanto Alonso tentava ultrapassar Coulthard pelo lado direito, Heidfeld foi no embalo e jogou o carro para o lado esquerdo, fazendo com que Alonso e Heidfeld fizessem sanduíche de Coulthard. No final da reta, Heidfeld fez a ultrapassagem nos 2 pilotos e foi embora enquanto Alonso conseguia a ultrapassagem em Coulthard. Prenúncio de uma corrida de muitas emoções? Infelizmente não.

A partir daí, a corrida ficou monótona. Massa era acompanhado de perto por Raikkonen, enquanto Hamilton não conseguia a ultrapassagem em cima de Webber. Mais atrás, Nelsinho Piquet tentava se aproximar de Button, sem muito sucesso. Apenas Nakajima quebrava esse cenário tedioso, ganhando algumas posições no fundo do pelotão.

Depois de mais algumas voltas, os pilotos partiram para o primeiro pit stop. Massa foi para o pit uma volta antes de Raikkonen, enquanto o finlandês aproveitava para voar na pista. Uma volta depois, Raikkonen foi fazer seu pit, foi mais rápido que o brasileiro e acabou herdando a primeira posição. Enquanto isso, a Mclaren se atrapalhava no pit stop de Hamilton (parada com quase 20 segundos!), o que acarretou na perda de algumas posições do inglês.

A corrida continuou monótona o suficiente para não relatar algo especial aqui. Raikkonen já abria quase 4 segundos de diferença para Massa quando o brasileiro perdeu o controle do carro e foi direto para a brita, ficando atolado por lá mesmo. Massa ficou tão desesperado quanto o locutor Galvão Bueno: ambos sabem que esse abandono ainda vai dar o que falar. Xiii Felipe...

E assim a corrida continuou sem grandes alterações até o final. Depois do abandono de Massa, todos fizeram suas paradas sem maiores problemas, a exceção de Barrichello, que teve que pagar um drive through por ultrapassar o limite de velocidade dos boxes; o brasileiro da Honda fez corrida bem discreta e terminou em 13º. E a corrida continuava monótona: os 5 primeiros desfilando na pista, Alonso tentando pressionar Webber, Piquet tentando chegar em Button...e finalmente tivemos o final da prova. Trulli terminou em 4º (dando provas de que a Toyota pode surpreender nesse ano), Hamilton em 5º, Heidfeld em 6º (depois da ultrapassagem dupla em Alonso e Coulthard foi bem discreto), Webber em 7º e Alonso em 8º. Nelsinho Piquet terminou sua primeira corrida, chegando em 11º.

A próxima corrida será disputada daqui a 2 semanas, no Bahrein. Até lá, não é difícil adivinhar quais serão as notícias principais da F-1: a imprensa vai criticar e muito Massa, assim como muitos torcedores brasileiros irão fazer (e já estão fazendo). O melhor para ele seria que o próximo GP fosse já na semana que vem (ano passado, após errar na mesma Malásia, venceu o GP do Bahrein de forma absoluta na semana seguinte, calando a boca dos críticos), mas ele terá que conviver com duras críticas por 2 semanas. O melhor para ele é fazer que nem a cantora Alanis Morissette, se isolando em algum lugar para pegar alguma inspiração e botar a cabeça no lugar. Na minha opinião, Felipe errou e acabou perdendo o controle do carro, mas ele diz que "sentiu algo estranho". Bom, se não for esse o caso, bem que Felipe poderia assumir o erro; caso contrário, estará em maus lençóis com a equipe, a imprensa e os fãs de F-1...

sábado, 22 de março de 2008

Decisão na Premier League

Geralmente costumo comentar algo sobre os jogos do Flamengo, mas o jogo de hoje foi tão previsível (2 a 0 Flamengo, sem sustos), que no segundo tempo já estava conversando com uma visita e mal prestava atenção no jogo. Mas o tópico do post de hoje não está perdido! Lembrei que amanhã os fãs de futebol terão uma manhã para ninguém botar defeito, com 2 grandes jogos: Manchester United x Liverpool, que será seguido de Chelsea x Arsenal. Haja fôlego!

Todos esperam com muita apreensão o clássico entre Manchester United e Liverpool, porque o time comandado pelo espanhol Rafa Benitez é um dos únicos que ainda podem tirar alguns pontos dos "Red Devils". O time dirigido por Sir Alex Fergunson começou o campeonato de maneira irregular: algumas atuações burocráticas levaram o time a alguns empates e derrotas que certamente não estavam previstos no planejamento do time. Porém, a partir do momento em que os reforços se acertaram (Nani jogando bem, Anderson se adaptando bem a tradicional "linha de 4" do futebol inglês e Tevez mostrando muita garra e disposição) e o time todo, tanto defesa quanto ataque, cresceu, o time começou a engrenar, liderado pelo português Cristiano Ronaldo, que vai cada vez mais se tornando um jogador completo e se livrando do estigma de "firulento" e "jogador sem objetividade". O time vem jogando tão bem que cada vez mais é difícil acreditar que o time vai deixar a liderança escapar. Já o Liverpool, como nas últimas temporadas, vinha de altos e baixos, até ter uma série de resultados negativos que teve seu auge na precoce eliminação na Copa da Inglaterra para o modesto Barnsley em pleno Anfield Road. Porém, o time já se recuperou, conseguindo até mesmo eliminar a "poderosa" Inter de Milão (entre aspas mesmo, porque ultimamente...) fora de casa na Liga dos Campeões. Como agora Gerrard divide a liderança do time com Fernando Torres (em excelente fase, diga-se de passagem), o Liverpool volta a ser um time temido: já está entre os 4 primeiros do campeonato novamente e vem tentando abocanhar o máximo de pontos possíveis para conquistar o título da Premier League. Embora estejam distantes desse objetivo, é certo que farão de tudo para atrapalhar a vida do Manchester United.

O clássico de Londres será interessante porque os 2 times estão tentando provar sua força no futebol inglês. O Arsenal conseguiu sua classificação na Liga dos Campeões em cima do Milan, num duelo da "maternidade x asilo". Porém, o time teve sua reputação manchada pelos últimos resultados na Premier League, que não só permitiu ao Manchester United encostar nos "Gunners" como também passá-los e abrir uma diferença de 3 pontos em relação ao rival. Dessa maneira, o Arsenal mostrou que, embora tenha um time de qualidade, tem um elenco que é dependente não só da genialidade de Fabregas como dos gols de, acredite se quiser, Adebayor, que ainda era visto com certa desconfiança; da mesma maneira, seu jovem elenco parece estar um pouco perdido não só em campo como também na parte emocional e as contusões de Eduardo e Rosicky só pioram tudo. Já o Chelsea ainda vem juntando os cacos da demissão de Mourinho, das contratações pífias de Shevchenko e Ballack (este pelo menos vem melhorando, mas longe do futebol que o consagrou na Copa de 2002) e da perda da Copa da Liga. O time ainda está na Liga dos Campeões, onde vem tendo sorte: pegou o limitado Olympiakos e agora joga contra o surpreendente Fenerbahce; ou seja, o time ainda não teve a prova de fogo no campeonato. Quem vencer ganha moral; quem perder vai ganhar mais uma enxurrada de críticas.

Só resta aos fãs de futebol esperar pelos jogos, comendo ovo de páscoa (de preferência) e pedindo para o almoço sair somente no intervalo do jogo Chelsea x Arsenal, porque ninguém quer perder esses jogos sensacionais que poderão decidir de vez o destino dos 4 times nessa temporada.

OBS PARA OS FÃS DE F-1: Os fãs de F-1 e futebol (eu, por exemplo) irão sofrer, pois a corrida só acabará às 6 da manhã e o primeiro jogo será 10:30; ou seja, essas pessoas terão poucas horas de sono. Vocês têm 2 opções: ou dormem cedo e acordam na hora da corrida, podendo voltar a dormir após a corrida e acordar tranqüilamente para assistir os jogos; ou ficam acordado até 6 da manhã e dormem pouquíssimo, correndo o risco de não ver os jogos ou até mesmo dormir no meio da corrida. Confesso que vou arriscar a segunda opção: ficarei acordado até a corrida acabar à base de bolo, refrigerante, ovo de páscoa e até pãezinhos com requeijão; além disso, vou ler "Memórias de Sherlock Holmes", de Sir Arthur Conan Doyle. E você, o que vai fazer?
Ao som de : Queensryche - I Don't Believe in Love

sexta-feira, 21 de março de 2008

Ayrton Senna


Se fosse vivo, Ayrton Senna faria hoje 48 anos. Falar sobre os feitos deste piloto que foi um dos melhores que já passaram pela F-1 é chover no molhado: 3 campeonatos conquistados, 65 poles (recorde que Schumacher teve que suar a camisa para bater) e 41 vitórias. Dessas 41 vitórias, algumas delas são lembradas até hoje pelos fãs de F-1, como Japão 88 (quando ganhou seu 1º título após ter problemas na largada e passar furiosamente todos que estavam à sua frente), Brasil 91 (onde teve que correr as últimas voltas apenas com a 6º marcha) e Europa 93 (onde fez uma das voltas mais sensacionais da história da F-1, ultrapassando 4 carros na primeira volta com a pista molhada).

Durante sua carreira, Senna colecionou muitos fãs, desde aqueles fãs de F-1 que sempre apreciaram seu estilo endiabrado no começo da carreira até aqueles que mal o conheciam e se emocionaram quando o brasileiro carregou a bandeira do Brasil após a fatídica eliminação do Brasil para a França na Copa de 86. Pessoa de personalidade difícil, que ao mesmo tempo era carismático e retraído, Senna continuou conquistando fãs quando passou a ter um estilo mais cerebral, que foi determinante para conquistar o tricampeonato de 91 e o vice de 93, quando já tinha um carro muito inferior em relação aos anos anteriores. Porém, Ayrton também teve colecionou alguns inimigos, desde aqueles que criticavam seus erros primários que as vezes cometia (geralmente por ser agressivo demais, sem achar um limite para essa agressividade) até os famosos "piquetistas" que defendiam seu ídolo Nelson Piquet atacando Senna de forma exagerada (do mesmo jeito que muitos fãs de Senna faziam e até hoje fazem com Piquet).

Porém, o talento de Ayrton sempre foi indiscutível, gostasse do estilo dele ou não. E já vou parando por aqui porque já escrevi demais e todos sabem que quando começo a falar sobre Ayrton eu não paro, do mesmo jeito que sempre me emociono quando vejo seus vídeos ou quando ouço o "Tema da Vitória"; sou daqueles que até não conseguem ver o vídeo do seu acidente fatal. De qualquer maneira, é uma pena ele não ter vivido mais alguns anos: certamente teríamos grandes disputas entre ele e Schumacher.

Para finalizar, um vídeo que procurava a muito tempo na net: o pódio do GP de Portugal de 85, a primeira vitória de Ayrton Senna, mas não está em português; também há no vídeo uma rápida entrevista com Ayrton. Eu tenho algumas imagens do pódio desse GP no review que a Globo fez dessa corrida na "Galeria Ayrton Senna", quadro que a Globo exibia no "Esporte Espetacular" depois que Senna faleceu; um dia eu upo o vídeo e coloco aqui, mas já aviso que a qualidade não é muito boa.



Ateh!

quinta-feira, 20 de março de 2008

Libertadores

Ontem, 3 times brasileiros jogaram na Libertadores, mas só pude ver o jogo do Flamengo por razões óbvias. Depois de dias de muita tensão na Gávea, o Flamengo conseguiu uma vitória contra o Nacional por 2 a 0. Embora a torcida esperasse por mais gols, todos saíram satisfeitos com uma vitória convincente, que tranqüiliza o time para o jogo contra o Cienciano, dia 9 de abril, na altitude de Cuzco.

Todos puderam perceber, logo que o time entrou em campo, que a torcida daria mais um show; porém, os gritos de "queremos raça" logo ecoaram por todo o estádio, mostrando que o time tinha a obrigação de mostrar serviço em casa. Os primeiros minutos foram preocupantes: o time da Gávea não conseguia achar espaço para jogar e ainda sofria com contra ataques do time uruguaio. Aos 15 minutos, Bruno fez excelente defesa após cabeçada do zagueiro Romero numa cobrança de escanteio. Mais 10 minutos se passaram e o Fla já começava a neutralizar o time uruguaio (grande trabalho de Fábio Luciano, ganhando todas no alto contra Morales) e encurralá-lo, embora sem muito causar tanto perigo: os dois laterais não conseguiam fazer grandes jogadas, e os dois apoiadores não vinham muito bem (Renato Augusto ora carregava muito a bola, ora não sabia o que fazer com ela; Marcinho mal tocava na bola, já que boa parte das jogadas se concentrava no lado esquerdo). Até que após uma cobrança de escanteio de Luizinho, a bola sobrou para Fábio Luciano, que deu um passe de cabeça para Marcinho: após este errar na primeira tentativa, marcou na segunda; gol do Flamengo e alívio dos jogadores e da torcida, que já começava a se mostrar impaciente naquele momento.

E depois do gol o Flamengo não tirou o pé do acelerador; o time continuava a apoiar muito do lado esquerdo com Juan, que já conseguia fazer boas jogadas, mas também começava a jogar pelo lado direito, onde Luizinho vinha substituindo bem o suspenso Leo Moura. Ibson chegou a mandar uma bola no travessão num chute que desviou em um zagueiro uruguaio. Mesmo assim, o Flamengo quase deu sopa ao azar no final do primeiro tempo como no jogo contra o Cienciano; porém, desta vez Bruno fez excelente defesa.

O começo do segundo tempo foi preocupante; o time parecia acuado, esperando demais o adversário, que já começava a tentar mais jogadas no ataque; e quando o time conseguia roubar a bola, errava nos contra ataques (ou por impedimento ou por um passe mal feito). Aos 7 minutos, em um ataque perigoso do Flamengo, Renato Augusto fez boa jogada, mas preferiu chutar em vez de tocar para um desesperado Marcinho que estava livre à sua direita. Minutos depois, o próprio Renato Augusto cruzou para Souza, que errou feio na cabeçada (e depois ele se acha um ótimo atacante por ter sido artilheiro do Brasileirão 06...). Quando a torcida já pedia substituições na equipe, Luizinho, que já vinha se destacando na partida, fez bom cruzamento para a área; o baixinho Juan conseguiu cabecear na trave, mas no rebote Marcinho não perdoou: Flamengo 2 a 0. A partir daí, o Nacional foi se entregando e o Flamengo foi começando a tirar a frear o ritmo da partida; mesmo assim, boas jogadas saíram principalmente dos pés de Luizinho, mas o gol não saiu, para frustração da torcida que queria devolver o placar de Montevidéu.

O time do Flamengo jogou muito bem e mereceu sair com a vitória. O destaque da partida foi, surpreendentemente, Luizinho: apoiou muito bem (principalmente no segundo tempo), fez bons cruzamentos, só pecando um pouco por tentar um drible a mais em alguns lances; mas no geral, tentou não complicar e buscar o apoio dos companheiros quando se via encurralado. Cristian e Fábio Luciano foram excelentes na defesa; o primeiro, por marcar muito bem os atacante uruguaios e sair jogando bem; o segundo, por ter subido com Morales em todas as bolas altas e ter ganho a maioria delas. Marcinho fez 2 gols de oportunismo e foi bem principalmente nos 45 minutos finais, quando se mexeu mais; e Juan e Bruno mostraram que não podem sair do time titular (até porque seus reservas...).

Quanto aos jogos de Fluminense e Santos, não pude vê-los por ter ido ao Maracanã. Soube que o Fluminense jogou bem, aproveitando as chances que apareceram e conseguindo uma vitória de virada, embora tenha sofrido um pouco no final do jogo. Méritos a todo o time que não está se intimidando por estar num grupo teoricamente difícil e por estar jogando bem com 3 apoiadores; não vi um jogo do Flu com os eles jogando juntos, mas no papel é esquema que parece ser bom e que vem dando certo. Quanto ao Santos, o time perdeu principalmente para a altitude boliviana; porém, Leão não pode fazer milagres com o limitado time que tem. Mas os torcedores santistas não devem se preocupar: a situação do grupo mostra que o time tem tudo para conseguir a classificação para a fase de mata-mata.

quarta-feira, 19 de março de 2008

A causa dos meus problemas

Do lado esquerdo, a obrigação; do lado direito, a tentação...


É com essa foto que quero pedir desculpas aos meus 5 fiéis leitores (ainda baterei os 17 leitores de Agamenon Mendes Pereira) por não postar nada desde segunda. Esse começo de período da faculdade está muito agitado: 4 matérias de Literatura, ou seja, muitos livros para ler (como vocês devem ter imaginado, não posso nem pensar em ler os livros "da tentação"), além das intermináveis xerox que deixam qualquer um pobre. Estou conseguindo normalizar as coisas nessa semana, e vou aproveitar o dia de amanhã para deixar tudo em ordem. E então volto a comentar no blog regularmente, já falando dos jogos da Libertadores.

Ateh!

segunda-feira, 17 de março de 2008

Nervos a flor da pele

É incrível, mas ontem os jogadores do Flamengo conseguiram a proeza de perder a cabeça pela terceira vez em menos de um mês. No jogo em que o Botafogo finalmente quebrou um tabu de quatro anos sem vencer o time da Gávea, Jônatas e Obina foram expulsos infantilmente no momento em que o Flamengo pressionava (mesmo que de forma um tanto desorganizada) o time do Botafogo em busca do empate que acabou não vindo. Desde a semana passada a imprensa vem batendo na tecla de que o aparente nervosismo do time do Flamengo vem da preocupação com a Libertadores; pode até ser, mas uma rápida olhada no temperamento de alguns jogadores do time mostra que isso vem de carnavais passados.

Obviamente que o primeiro nome que vem a cabeça é o de Souza. O camisa 9 do Fla sempre foi conhecido por se envolver em confusões (como na patética agressão ao apoiador Tcheco ano passado), por provocar adversários e por ser dono de uma arrogância incrível (por exemplo, enche a boca para falar que foi artilheiro do Brasileirão 2006 ao fazer míseros 17 gols), o que quase comprometeu a vinda de Diego Tardelli para o Flamengo. Sinceramente, esse jogador não vai mudar nunca: irá sempre arranjar confusão, sendo capaz de levar cartão vermelho até num mísero amistoso contra o Íbis.

Juan é outro jogador explosivo. Seu temperamento é tão forte que desde 2006 o jogador arranja confusões na Gávea, brigando com seus companheiros de equipe em simples coletivos e colecionando vários cartões amarelos e vermelhos; prova disso é que chegou a trocar chutes com Alessandro na final da TG esse ano, e teve muita sorte de não ter sido punido no tribunal. Outro jogador que não leva jeito.

Quando soube que Jônatas voltaria ao Flamengo esse ano, logo senti calafrios. Embora seja um jogador de um ótimo passe e que faz excelentes lançamentos, sempre foi conhecido por tumultuar o elenco do Flamengo: em 2005, formou uma grande panelinha com o volante Júnior, deixando o elenco do Flamengo tão tumultuado que conseguiu causar a demissão do excelente técnico Cuca. Quando estava se tornando um jogador disciplinado nas mãos de Ney Franco, foi vendido ao Espanyol. Depois de aprontar muito lá (chegou a praticamente não comparecer aos treinamentos!), voltou ao Flamengo e já aprontou das suas: deu uma cabeçada em Jorge Henrique que prejudicou o time.

Embora seja conhecido por ser muito tímido e também por ser o xodó da torcida, a expulsão de Obina não foi surpreendente. Quem lembra bem dos jogos do Flamengo nos últimos anos sabe que o ex-jogador do Vitória colecionou tantos cartões amarelos e vermelhos quanto Souza. Além de cometer muitas faltas violentas ao tentar roubar a bola do adversário, já chegou a agredir o zagueiro colorado Índio, levando uma dura suspensão que logo foi reduzida. Porém, Eto’o, ops, Obina ainda não consegue se controlar quando seu time está em desvantagem, como no desnecessário carrinho que deu ontem e que acarretou sua expulsão; nem achei que o atacante pegou em cheio o jogador do Botafogo, mas o carrinho foi tão duro e desnecessário que o cartão vermelho foi merecido.

Por último, confesso que fiquei surpreso e decepcionado com a atitude de Toró no jogo de ontem. Se suas desculpas me pareceram sinceras depois do jogo contra o Nacional, o leve chute que deu em Castillo ontem apagou toda a imagem que tinha construído dele. Sua atitude poderia ter prejudicado o time e o jogador parece que não aprendeu a lição.

Eu só espero que esse temperamento atual do time não contagie os demais jogadores. O Flamengo está jogando uma competição importantíssima que é a Libertadores, e Joel Santana sempre pede para o time tomar cuidado com a catimba adversária. Porém, os jogadores, como muitos jogadores brasileiros fazem, estão confundindo catimba com violência (um exemplo disso foi Fábio Luciano chutando o rosto de um jogador do Nacional no último jogo) e pior, estão trazendo isso para o Campeonato Carioca. Se o time não colocar a cabeça no lugar, a tendência é piorar. E enquanto isso, bem que o Joel poderia deixar de lado uns jogadores inoperantes tipo Egídio, Jaílton...

domingo, 16 de março de 2008

Corrida Maluca


Essa foi a melhor expressão que achei para descrever a primeira corrida do ano. O GP teve de tudo: abandonos, ultrapassagens, erros dos pilotos, batidas, bandeiras amarelas, acidentes com mecânicos e até desclassificação. No final das contas, o inglês Lewis Hamilton venceu a corrida, o que deve ter sido um alívio para ele, já que teve que conviver com críticas por quase 5 meses; o piloto da Mclaren foi seguido pelo consistente alemão Nick Heidfeld, da BMW, e o pódio foi completado por Nico Rosberg, que conseguiu seu primeiro pódio e mostrou que os resultados da pré-temporada não aconteceram por engano.

A largada já foi o prenúncio de como seria a corrida. Enquanto Hamilton e Kubica tentavam defender suas posições lá na frente, Massa perdeu o controle ao tentar ultrapassar Kovalainen e acabou batendo no muro; ele chegou a voltar para a corrida, mas já estava em ultimo, até porque teve que ir aos boxes para trocar o bico. E não foi só isso: Fisichella ficou logo na primeira curva, assim como Vettel, Davidson, Button e Webber foram ficando no meio do caminho. Com toda essa confusão, Raikkonen conseguiu pular da 15º para a 8º posição, Alonso foi para 10º, e Nelsinho Piquet foi para 12º; além disso, o Safety Car foi obrigado a dar seu primeiro passeio na pista logo na primeira volta.

As voltas seguintes à saída do Safety Car proporcionaram pouca emoção. Raikkonen tentava ganhar a 7º posição de Barrichello, mas o brasileiro, com a ajuda do circuito que oferecia poucos pontos de ultrapassagem, fechava a porta para o finlandês; Raikkonen só foi conseguir ultrapassar o piloto da Honda depois de quase 20 voltas. Enquanto isso, Nelsinho Piquet vinha perdendo todas as posições que havia conquistado, caindo para a último. Depois de mais algumas voltas, Massa, que tentava fazer uma corrida de recuperação, se chocou com Coulthard. O escocês levou a pior (na verdade, mais do que a pior!), teve seu carro destruído e abandonou, enquanto Massa tentava "mandar uns gestos bacanas" para o piloto da RBR.

Com a bandeira amarela e o pit lane aberto, vários pilotos foram fazer seus pit stops. Na relargada, enquanto Galvão Bueno exultava o fato de três brasileiros estarem juntos (Barrica em 6º, Massa em 7º e Piquet em 8º), Raikkonen saía da pista ao tentar uma ultrapassagem arriscada em cima de Kovalainen e Massa e Piquet abandonavam a corrida simultaneamente (só porque o Galvão secou!).

Depois de mais algumas voltas, nova bandeira amarela: Timo Glock sofreu um acidente, digamos, meio bizarro, pois rodou, danificou o carro todo, ficou sem roda, mas não bateu! Enquanto isso, Rubinho, que vinha num excelente 4º lugar, fez um péssimo trabalho com sua equipe: foi para os boxes com o pit fechado, ao sair do pit quis "dar uma carona a alguns mecânicos", e saiu dos boxes com as luzes do pit vermelhas, o que acarretou na sua desclassificação da corrida após o término dela. Uma pena, porque a equipe errou ao chamá-lo para fazer seu pit stop, o mecânico que segura o "pirulito" (sem maldade, pessoal...) se precipitou levantando-o cedo e além de quase machucar alguns mecânicos saiu dos boxes com as luzes vermelhas, o que é proibido (mal de brasileiro!); enfim, Rubinho iria pontuar, mas a equipe jogou tudo por água abaixo. Na última volta de bandeira amarela, Kazuki Nakajima honrou o nome do pai e conseguiu a proeza de bater em Kubica e tirar o polonês da corrida.


E as confusões não acabaram! Enquanto Bourdais vinha num surpreendente 4º lugar na sua estréia na F-1, Alonso tentava segurar Kovalainen e Raikkonen com sua limitada Renault. Raikkonen teve problemas e abandonou depois de algumas voltas, assim como Bourdais, que teve problemas de motor. Logo após o abandono do francês, Kovalainen arriscou uma ultrapassagem e passou Alonso. Porém, quando Ron Dennis ainda comemorava, o finlandês conseguiu a proeza de apertar o limitador de velocidade em plena reta principal e perdeu a posição para "Malonso". Que desagradável...

E então a corrida maluca acabou. Depois de Kovalainen, Nakajima chegou em 6º, e Bourdais e Raikkonen foram 7º e 8º e pontuaram, mesmo tendo abandonado. Se a corrida não teve tantas ultrapassagens, pelo menos mostrou que os pilotos estão sendo bem mais exigidos do que eram nos últimos anos, vide o grande número de erros dos mesmos. E agora todos esperam ansiosamente a 2º corrida do campeonato, já na semana que vem no GP da Malásia, onde todos os brasileiros beberão muito café esperando a corrida começar às 3 da manhã...

sábado, 15 de março de 2008

Arrependido?

Como hoje foi mais um dia em que tive que sair, só entrei na net agora, 9 hs da noite. E enquanto estava olhando os tópicos da Comunidade F-1 Brasil, vi um que falava sobre a venda de ingressos para o GP do Brasil, que esse ano começou mais cedo. E acho que ainda não é dessa vez que vou comparecer a uma corrida de F-1.

Logo depois do término da temporada passada comecei a juntar um suado dinheiro para ir a Interlagos nesse ano, mas o Iron Maiden fez o favor de não vir ao Rio de Janeiro quando estava tocando um set list só de clássicos antigos; e como um bom fã de Maiden, dei um pé na bunda da F-1 e peguei todo o dinheiro que tinha para ir ver o Maiden em SP. Agora acabo de ver que só os preços para o Setor G, que são mais baratos (R$ 370, 00 para os três dias, por exemplo), são mais baratos que a quantia total que desembolsei para ver o Maiden em SP (com ingresso, caravana, alimentação e camisa do show incluídos).

Arrependido? Nem um pouco; que me desculpem os fanáticos por F-1 (até porque também sou), mas faria isso de novo mais 1000 vezes!

sexta-feira, 14 de março de 2008

Sobe o ronco dos motores...

OBS: Primeiramente, minhas sinceras desculpas aos meus 5 fiéis leitores (como diria Agamenon Mendes Pedreira, se bem que ele tem 17 e meio) por não ter escrito nada aqui por uns dias. Estive meio ocupado essa semana; além disso, nesses últimos dias estive um pouco estressado e paguei muitos micos (só para não perder o costume). Mas vamos esquecer isso...

Esse fim de semana demorou a chegar mas chegou. Finalmente a temporada 2008 da F-1 vai começar, algo que já não esperava mais agüentar. Comecei a contar os dias para a chegada desse fim de semana desde o instante em que a Globo encerrou a transmissão do GP do Brasil do ano passado no momento em que eu me arrumava para ir ao Maracanã assistir Flamengo x Grêmio. E como sempre, como a maioria das pessoas assistem F-1 por causa dos brasileiros, muitos se perguntam como eles se comportarão neste ano. Então, vamos ver a situação de cada um deles para esta nova temporada.

Obviamente, o piloto brasileiro que atrai maior atenção no momento é Felipe Massa, até porque é o brasileiro com maiores chances de ganhar corridas e ser campeão. Porém, esse ano o brasileiro é visto com desconfiança no começo da temporada, já que foi superado no final da temporada passada pelo seu companheiro Kimi Raikkonen, que para piorar conseguiu ganhar o título na última corrida; por isso o começo de temporada será fundamental para Felipe mostrar que não será o segundo piloto/ escudeiro de Kimi Raikkonen e que tem condições de brigar pelo título com o mesmo. Ao mesmo tempo Massa terá que mostrar que é uma realidade, já que o piloto possui experiência suficiente para substituir o título de “piloto jovem e agressivo” pelo de “piloto vencedor”. Massa tem talento suficiente para superar as desconfianças, o que já mostrou nas consistentes corridas que fez quando venceu ano passado. Porém, espera-se que ele não tenha mais atuações decepcionantes como nos GPs da Hungria e da Malásia ano passado nem conviva com problemas que lhe prejudiquem como aconteceu na Austrália, por exemplo.

Os torcedores brasileiros deverão ter muita paciência com Nelsinho Piquet neste ano. Como está em seu ano de estréia na F-1, o brasileiro deve aproveitar esse ano para adquirir experiência, até porque correrá ao lado do espanhol bicampeão (e chato) Fernando Alonso e provavelmente vai tirar proveito desse fato para aprender bastante com o chato, ops, espanhol, assim como seu pai fazia quando era companheiro de Niki Lauda em seu início de carreira na F-1. Se no início de temporada Nelsinho for facilmente batido por Alonso, ele não deve se abater, até porque está consciente que está correndo ao lado de um dos melhores pilotos da F-1 atual que saberá tirar o máximo possível do carro.

Talvez Rubens Barrichello seja o brasileiro de quem menos devemos esperar. Não falo isso por causa da fama de “piloto ruim” que ele tem, até porque sou um defensor da carreira de Rubens, mas sim porque tem um carro que vem cada vez mais surpreendendo de forma negativa. Pouquíssimas pessoas, se não nenhuma, esperavam que a Honda tivesse um desempenho tão ruim no começo do ano passado; e quanto mais a equipe prometia melhorar para o resto da temporada, mais a equipe piorava, a ponto de Rubinho não ter conquistado um mísero ponto, fato inédito na sua carreira de F-1. E se todos esperavam um carro melhor para esta temporada, a pré-temporada caiu como um balde de água fria na cabeça de todos. Se Rubinho estiver realmente dedicado, se o carro melhorar e se ele se entrosar com o gênio Ross Brown, talvez ele consiga um desempenho melhor; caso contrário, um triste fim de carreira pode aguardar esse injustiçado brasileiro.

Além disso, essa temporada reserva outras dúvidas. Como se comportará Lewis Hamilton em seu segundo ano de F-1, tendo que provar que seus erros no final do ano passado foram fruto da inexperiência? Alonso conseguirá correr bem numa Renault inferior à que ele deixou em 2006? A BMW conseguirá sua primeira vitória? Sebastian Vettel continuará mostrando que é um piloto a ser visto com bons olhos? A Williams surpreenderá como fez na pré-temporada? A Force India conseguirá dar um grande salto de qualidade? A proibição do controle de tração fará mesmo muita diferença? Como será o primeiro GP noturno? O Galvão Bueno vai continuar falando baboseiras durante a transmissão (o que eu particularmente adoro)?

Porém, aqui o final você não decide...

terça-feira, 11 de março de 2008

Favoritismo

Observando os 8 times classificados para as quartas-de-finais da Liga dos Campeões, notei que não há um time que seja considerado favorito por quase todos os fãs de futebol, assim como era o Barcelona na temporada 05/06. Cada time mostra uma incerteza que deixa o fã de futebol desconfiado: tal time tem elenco bom o suficiente para conquistar o título mais desejado pelos clubes europeus?

O Barcelona é o único representante espanhol na Liga dos Campeões. Embora tenha um elenco de talento indiscutível, o time mostra uma irregularidade que não deixa seus torcedores muito confiantes; quando parece que o time vai finalmente engrenar e que suas estrelas vão voltar a melhor forma, o time sofre um revés. Além disso, muitas estrelas estão deixando a desejar há um bom tempo: Ronaldinho Gaúcho vive de lampejos, sem atuar regularmente bem desde antes da Copa de 2006, Henry ainda não se encaixou perfeitamente no time, Deco parece um jogador sem motivação e a zaga às vezes põe tudo a perder, principalmente quando o fraco Oleguer joga. Para piorar, Eto’o e Messi, que são as estrelas que mais se comprometem com o time, volta e meia se machucam. O time vence muitas partidas pelos lampejos dos craques do time, mas lampejos não são suficientes numa competição como a Liga dos Campeões.

A Inglaterra mostrou nessa Liga dos Campeões que tem o melhor campeonato do mundo atualmente colocando seus quatro times nas quartas de finais. O Manchester United é o que mais se destaca dentre os quatro times, e por isso é considerado por muitos o favorito para conquistar o título nessa temporada. Porém, o desempenho recente do time na competição questiona a capacidade do time de conquistar o título: se o time teve atuações burocráticas na série de mata-mata da temporada passada, o mesmo aconteceu nesta, onde o time conquistou sua classificação para as quartas de finais num chocho 1 a 0 contra o Lyon. Porém, nas competições nacionais os “Red Devils” vêm muito bem, mostrando um futebol ofensivo que anima até mesmo àqueles que não são fãs do futebol inglês. Conclusão: o time é uma verdadeira incógnita, pois ninguém sabe de que maneira o time atuará. Dentre os outros times, o Chelsea é aquele que parece ter menos chances de conseguir alguma coisa na competição, pois não vem empolgando muito na atual temporada, chegando até mesmo a perder a vaga na Copa da Inglaterra para o modesto Barnsley. O Arsenal, mesmo não tendo um elenco tão estrelado como Man Utd e Barcelona, vem muito bem na temporada, mas depende muito de Fabregas e não parece ter fôlego para priorizar duas competições importantes ao mesmo tempo (o que se reflete nos 3 empates seguidos na Premier League). Já o Liverpool é outra incógnita: joga o chamado “futebol de resultados” e por isso o time sempre vai bem na Liga dos Campeões, porque sabe disputar uma competição de mata-mata. É um time que sempre parece que não vai muito longe, mas como é muito bem armado por Rafa Benitez pode dar trabalho.

A Roma é a única representante italiana na competição, depois de conseguir uma classificação até certo ponto surpreendente em cima do estrelado elenco do Real Madrid. É um bom time, comandado em campo pelo ídolo Totti (o time é muito dependente dele), que é ajudado pelo ótimo meio campo formado pelos italianos Perrota, De Rossi e Aquilani. Porém, é um time que não possui grandes peças de reposição, o que é fatal nessa competição; além disso, peca nas finalizações, o que já comprometeu muito o time no Campeonato Italiano e fez o time ceder empates em jogos que pareciam vitórias certas. Quanto aos outros dois times, Schalke 04 e Fenerbahce, foram times que caíram de pára-quedas: o Fenerbahce teve a sorte de não pegar um grupo complicado na fase de grupos e encarar o inexperiente Sevilla nas oitavas de finais; já o time alemão é muito irregular (muitas vezes perde jogos fáceis na Bundesliga) , e teve a sorte de estar no grupo do Valencia, que é uma das decepções da atual temporada européia, roubando sua vaga nas oitavas de finais. Mesmo assim, ambos vêm sendo muito competentes na competição, podendo surpreender ainda mais daqui para a frente.

Agora é esperar para ver. O sorteio que decidirá os confrontos das quartas de finais será sexta-feira. Certamente teremos ótimos jogos nessa fase, e aí veremos quem tem grandes chances de conquistar o título.

domingo, 9 de março de 2008

Surpresa!

Esse fim de semana revelou grandes surpresas no futebol inglês, mais especificamente na Copa da Inglaterra, uma das competições mais tradicionais do mundo. Se a temporada passada não teve grandes surpresas na competição (somente a Copa da Liga teve surpresa, com o modestíssimo Wycombe, da 4º divisão, chegando as semifinais, sendo derrotado pelo Chelsea), essa temporada vai ficar marcada pelo incrível fato de nenhum time grande chegar as semifinais; pior, apenas o Portsmouth representa a Premier League na competição, sendo que outros classificados (Barnsley e Cardiff) são do que no Brasil se equivale à Segundona. Quer coisa pior? Neste momento West Brom e Bristol Rovers estão brigando pela última vaga, e caso o Bristol vença, teremos um time da Terceirona nas semifinais!

A derrota do Manchester foi no mínimo estranha: o time dominou boa parte do jogo, mas depois de um chutão pra frente típico do futebol inglês, Baros driblou o goleiro polonês Kuszczak e foi derrubado na área; o polonês foi expulso, e como ele já havia substituído o veterano Van der Sar durante o intervalo, o zagueiro Ferdinand teve que ser improvisado no gol. Ele não defendeu o pênalti e a partir daí o Portsmouth continuou fazendo o que fez durante boa parte do jogo: se defendeu. Tudo bem que em alguns momentos os “Red Devils” não mostram aquele futebol ofensivo e até certo ponto “anti-inglês”, mas o que aconteceu ontem é meio raro de acontecer; porém, isso serve de alerta para que o time esteja ligado e concentrado tanto na Premier League quanto na Champions League, já que é um dos grandes favoritos para conquistar o título. E o Portsmouth agora tem grandes chances de conquistar a Copa da Inglaterra, porque deverá jogar com times teoricamente inferiores.

A derrota do Chelsea não me espantou tanto. O time continua jogando no chamado “futebol de resultado” da época de Mourinho, mas cada vez mais o time vem caindo de produção. Além do time ainda sofrer as conseqüências das aquisições de Shevchenko e Ballack, que estão jogando bem abaixo do esperado, Lampard não consegue reeditar as grandes atuações que levaram o Chelsea ao bicampeonato inglês. Para piorar, Drogba, que vinha numa fase espetacular na temporada passada, fazendo o possível e o impossível, pouco atual na atual temporada, assim como o capitão John Terry. Tudo isso prejudica e muito o time, que embora seja um grupo de ótimos jogadores de seleção, fica sem aquela peça especial que faz a diferença nos jogos. E todos puderam perceber isso ontem, quando o time perdeu para o modesto Barnsley da Championship, equivalente à Segunda Divisão, (aliás, o time vem brigando para não cair, pois está a 4 pontos da zona de rebaixamento) por 1 a 0.

Quanto ao Middlesbrough, a derrota já era até esperada. O time vem fazendo campanha sofrível na Premier League há muito tempo (12º no campeonato, a 3 pontos da zona de rebaixamanto) e ainda não entendo como o técnico Southgate não foi demitido; talvez pela falta de opções no mercado, mas agora que o Steve Mclaren já está livre, há a possibilidade dele voltar ao cargo que era seu até 2 anos atrás. Surpresa mesmo foi ver um time mediano (14º na Championship) ganhando um time da Premier League fora de casa.

Como mostrei nos parágrafos acima com 3 exemplos, esses resultados da Copa da Inglaterra são reflexo do momento dos times ingleses. Por exemplo, o Liverpool, que foi eliminado em casa pelo mesmo Barnsley que agora eliminou o Chelsea, vem tendo uma temporada pior que as anteriores; mais uma vez a Liga dos Campeões será a aposta do time para salvar a temporada. O Newcastle, que já vinha de temporadas ruins mesmo com um bom time no papel, vem fazendo agora uma temporada ridícula (um time que tem Owen, Martins, Alan Smith e Duff brigando pra não cair?). O Tottenham, que vem formando bons times, só foi se acertar agora com Juande Ramos no cargo, mas mesmo assim não está conseguindo uma boa seqüência de resultados. Outros times medianos, como Everton, Blackburn, Man City e Aston Villa, montaram bons times, vêm fazendo boas campanhas na Premier League, mas também conseguiram a proeza de serem eliminados por times inferiores na Taça da Inglaterra.

Você queria surpresas na Copa da Inglaterra? Taí, quero ver agüentar jogos do tipo Barnsley x Cardiff...

sexta-feira, 7 de março de 2008

Ridículo

Nesse momento, já se passaram 24 horas após o término do jogo Flamengo x Nacional e só agora esfriei a cabeça para comentar algo sobre esse fatídico jogo para os rubro-negros. Ainda tentei escrever alguma coisa sobre o jogo ontem mesmo, mas confesso que estava irritadíssimo com o que aconteceu com o jogo. A derrota para o Nacional mostrou um time despreparado psicologicamente para a Libertadores, o que prejudicou e muito o time ontem.

O começo do jogo mostrava que o jogo seria complicado para o time da Gávea. Muitas bolas eram alçadas na área para o grandalhão Morales . O time uruguaio se beneficiava do fato de o meio campo marcar muito mal, deixando um grande espaço entre a defesa e o meio. Com o decorrer do jogo o Flamengo foi tentando equilibrar o jogo, com lances de certo perigo de Souza e Diego Tardelli. Mesmo tentando equilibrar o jogo, o Flamengo sofria com muitos erros de passe na saída para o jogo (Ibson, que estava em péssimo dia, cedia muitos ataques ao Nacional); até o momento, Bruno vinha se destacando, saindo bem gol, principalmente nas bolas jogadas para Morales.

Mas quando o fim do primeiro tempo se aproximava, o castelo rubro-negro começou a desmoronar. Depois de mais uma saída errada de bola, Bruno espalmou mal uma bola chutada de fora da área e Morales não perdoou. O Flamengo ainda tentava se recompor quando aconteceu o ridículo: Toró empurrou um gandula ao se irritar com ele e foi expulso. E sabe o que me deixa inconformado até agora? O gandula deu um leve toque na bola; ele não chutou a bola para longe, nem sumiu com a mesma, nem se recusou a dar a bola ao jogador rubro-negro. Foi uma atitude patética do jogador, que merece um belo puxão de orelhas de Joel Santana, porque foi um lance que prejudicou o Flamengo, ainda mais pelo momento do time no jogo. Isso é reflexo do comportamento do jogador brasileiro, que precisa parar de ficar irritado com lances do tipo; todo mundo pára o jogo quando está ganhando (mesmo que eu ache que o gandula nem tenha feito isso no jogo de ontem). Todo mundo acha bonito quando seu time está ganhando e começa a ganhar tempo (por exemplo, Bruno ganhar tempo quando o time está ganhando e a torcida do Flamengo acha lindo); já quando está em desvantagem, reclamam horrores, e ás vezes tomam atitudes imbecis como a que foi mostrada por Toró.

E aí veio o segundo tempo, com Marcinho no lugar de Tardelli. E os minutos iniciais até pareciam animadores, porque o time tentava tocar a bola pacientemente, entendendo a situação do jogo e mostrando que afobação não levaria o time a lugar nenhum. Tenho certeza que nos primeiros minutos muitos torcedores acharam que o Flamengo conseguiria marcar um gol salvador. Mas aí Leo Moura deu uma entrada criminosa no jogador do Nacional e foi expulso. E o lance me faz pensar em uma coisa: o jogador já tem cartão amarelo e sabe que seu time está em desvantagem numérica; vai se arriscar em jogadas perigosas pra quê? Parece que jogador não pensa! Dali em diante, o que viesse seria lucro; mas tudo que aconteceu foi nova falha de Bruno, segundo gol, e logo no lance seguinte saiu o terceiro gol uruguaio. A partir desse instante, era rezar pro placar não aumentar.

É verdade que o time perdeu quando tinha que perder. Mas com um resultado desses, ou o time toma vergonha na cara e joga com o coração na ponta da chuteira para ganhar 7 pontos de 9 possíveis, ou vai começando a dar adeus a competição, o que será um terrível baque para um time que investiu muito nesse ano. Alguns jogadores precisam se doar mais em campo, o time deve se unir e lutar pela classificação, porque uma eliminação precoce vai prejudicar o planejamento do ano todo. E mais um aviso que vale para qualquer time brasileiro: jogos na Libertadores precisam ser encarados como jogos difíceis mas normais, porque os times brasileiros parecem valorizar demais os adversários estrangeiros e se amedrontam diante deles.

E rubro-negro, reze...reze para que os dois pontos perdidos contra o Bolognesi não façam falta...

quarta-feira, 5 de março de 2008

Que sacode...

Me desculpem, mas não tenho quase nada pra falar sobre o jogo da Libertadores que passou na tv. Isso porque liguei na Rede Globo e vi um treino de ataque contra defesa, onde o time do ataque era o time das Laranjeiras e o time da defesa vestia uma camisa esquisita e tinha o nome de Arsenal. Não sei se esse Arsenal da Argentina é uma homenagem ao time inglês, mas se for, coitado dos ingleses, tão mal homenageados nesse dia 5 de março. Obviamente o tricolor teve seus méritos: o time deu um verdadeiro bomberdeio, comparável a uma "blitzkrieg"; time motivadíssimo (coisa percebida logo nos primeiros minutos), Conca jogando bem, Gabriel finalmente tendo uma boa atuação e Thiago Neves novamente com grande atuação. Ou seja, era quase óbvio que o Flu sairia do Maracanã com um grande resultado.

E foi o que aconteceu. Nos primeiros minutos mal se via o time argentino com a bola nos pés. Logo Thiago Neves tratou de tirar o zero do placar com excelente cobrança de falta. O gol só serviu para espantar mais ainda o Arsenal, deixando o Fluminense totalmente confortável em campo. Então, Dodô foi logo deixando sua marca e no final do primeiro tempo Gabriel marcou um lindo gol. Eu mal tinha acabado de prestar atenção no segundo tempo e Dodô marcou um lindo gol, relembrando seus grandes momentos de gols bonitos no Botafogo.

Com esse gol de Dodô o Fluminense só perderia se ocorresse uma tragédia maior que a que ocorreu com o Botafogo no jogo contra o River ano passado. Então, tratei de abaixar minha tv e ler o texto da faculdade que vai ser discutido amanhã...ainda dei uma passada no jogo do São Paulo, mas confesso que voltei pro jogo do Fluminense e ainda ouvi mais 2 gols do tricolor, de Washignton e Cícero (é impressionante como ele melhorou do ano passado para esse ano; parece muito mais confortável nas Laranjeiras do que ano passado). Ah! Válido lembrar que Fernando Henrique mal teve trabalho durante o jogo. Destaque também para a bela festa da torcida tricolor, empurrando o time e transmitindo empolgação para o mesmo o jogo todo.

E pensar que o Fluminense tava com medo desse time argentino...

terça-feira, 4 de março de 2008

Paradoxos no show do Maiden

Pois bem, agora já coloquei meu sono em dia, o cansaço já passou, mas as memórias do show do Maiden continuam! E que showzaço, muitos clássicos no set list e grande performance de toda a banda! Porém, alguns probleminhas atrapalharam minha diversão, mas no final valeu a pena.

Depois de muito tempo na fila, entrei no estádio, comprei minha camisa do show e achei um lugar pra assistir o show junto com os que me acompanhavam. Aí foi meu grande erro do dia: tinha prometido a mim mesmo que não ficaria lá na frente (ou seja, perto da grade), mas como todos os meus amigos foram eu também fui...perto do show de abertura, comecei a perceber o erro: além de estar completamente esmagado (os fãs do Maiden são fanáticos, fazem de tudo para estar lá na frente), não conseguia ver nada do palco, que estava muito baixo.

Depois das 7 horas, Lauren Harris entrou no palco mandando um set curto de 6 músicas. E graças a Deus o set foi curto! Imagine uma mistura das vozes irritantes de Xuxa e Angélica: achou horrível? A voz da Lauren é pior! Depois do tormento e mais alguns minutos de espera, finalmente chegou...a chuva (pensou que era o Iron Maiden né!)! Depois de ficar ensopado, começa a tocar “Doctor Doctor” do UFO no sistema de som; essa era a senha pra entrada do Maiden no palco! Depois de uns 4 minutos de gritaria e expectativa, finalmente ouvi o clássico discurso de Churchill rolando, e então o Maiden finalmente entra no palco mandando “Aces High”, que estava há um tempinho fora do set list dos britânicos. Obviamente, o público foi ao delírio, mesmo com muito empurra-empurra. Na hora do refrão, todos encheram seus pulmões e cantaram em uníssono o bombástico refrão da música; confesso que nessa hora lágrimas saltaram de meus olhos, porque era um sonho ver a banda tocar essa música, além do Iron ser minha banda favorita. Logo após o término da música os primeiros acordes de “2 Minutes to Midnight” soaram pelo estádio junto com a clássica frase de Bruce “Scream for me Brazil!”. Grande música para banguear, bater cabeça e tocar “air guitar”, mas aí estava o problema: não conseguia ver nada do palco, além de mal poder me mexer. Mas tudo bem, fiz como todos e cantei a música do começo ao fim. Em seu primeiro discurso, Bruce fez uma brincadeira dizendo que a chuva era culpa das Spice Girls e a banda já vai mandando a excelente “Revelations”. Após essa música, o pano de fundo é trocado por um com uma das fotos mais clássicas de Eddie: logo que o público viu o pano, já entrou em delírio: todos sabiam que o hino “The Trooper” seria tocado! E finalmente conseguir ver alguma coisa do palco, com Bruce vestido de soldado e carregando a bandeira do Reino Unido, levando o público a loucura! Após esse clássico, mais uma que não era tocada há uns anos: a linda “Wasted Years”, que por pouco não arranca mais lágrimas desta humilde pessoa que escreve! Parecia um sonho ouvir aquele lindo refrão e principalmente o solo que me fazia imaginar como seria ouvir essa música ao vivo um dia! Realmente muito bom, mas infelizmente ao término da música já estava ficando cansado pelas condições adversas em que me encontrava. Ao tentar chegar um pouco para trás, ouço a clássica introdução falada de “The Number of the Beast” soando pelo estádio! Óbvio que tive que parar e ouvir essa música sensacional, que não pode ser tirada do set list nunca! E sinceramente, foi melhor do que ouvi no show em 2004, quando o público não mostrou muita empolgação com essa música. Porém, durante o solo, um dos meus favoritos do Maiden, já começava a me irritar, pois continuava sem ver nada do palco. Então, tentei chegar mais um pouco para trás, agora cantando “Can I Play with Madness”, que por mim poderia ter sido trocada.

E aí vem o meu divisor de águas do show: a longa e épica Rime of the Ancient Mariner, com Bruce vestido com uma capa preta. Nessa hora, comecei a sentir falta de ar, mas continuei cantando a música (uma das minhas preferidas, você não acha que eu iria ficar quieto nessa hora né?). Porém, fui vendo que o negócio era sério e aproveitei a longa parte lenta da música para tentar beber água: fui tentando ir lá para trás, até dar de caras com uns gordões que começaram a me chamar de bêbado (logo eu, que nem bebo!) e foram me jogando para trás: até que isso foi bom, porque se eles não tivessem feito isso eu ficaria esmagado naquela parte e não sairia daquele lugar tão cedo! Aos trancos e barrancos cheguei lá atrás e assisti o final da música bebendo muita água e sem falta de ar! Embora eu estivesse decepcionado com o fato de estar bem atrás e ter perdido uma parte da música, constatei que finalmente conseguia ver o palco e os integrantes do Maiden. Assim consegui assistir Powerslave (com Bruce usando uma máscara) e Heaven Can Wait , antes de 3 clássicos da banda: “Run to the Hills”, que embora tenha sido ótima perdeu parte do brilho por ser melhor fechando o show (em 2004 foi melhor por isso), “Fear of the Dark” e “Iron Maiden”; destaque para “Fear of the Dark”, que todo mundo fala que não precisa ser tocada, que já enjoou, mas todo mundo gosta na hora do show: por exemplo, todo mundo cantou a música, bateu palmas e imitou o clássico “ÔÔ ÔÔÔ” do Rock in Rio 3. Além disso, lindo o show que a arquibancada deu, ligando todos os seus celulares durante a parte lenta da música, onde tudo estava escuro: confesso que fiquei arrepiado nessa hora e fez com que a música ficasse imortalizada na memória de todos os presentes..

O bis trouxe uma das minhas preferidas: juro por Deus que nunca imaginei que veria o Iron tocando “Moonchild”! Deu pra perceber que alguns não conheciam a música, mas para mim foi histórico e não vou esquecer nunca essa música ao vivo, com grande interpretação de Bruce principalmente no refrão! Depois, veio “The Clairvoyant”, seguida pela apoteótica “Hallowed be thy Name”. Embora alguns não tenham gostado do fato dessa música fechar o show, achei que ficou legal, embora eu ache que a música fique rápida demais ao vivo, o que acarreta na perda de um pouco da emoção e agonia que a música passa quando ela é ouvida no cd; porém, Bruce como sempre deu um espetáculo no final dessa música, comandando a festa do público durante o solo. E assim mais um grande show terminava (infelizmente).

O show foi inesquecível, com certeza valeu a pena essa viagem para ver o Maiden tocar. Porém, o fato do palco estar baixo e de não ver nada no começo do show me irritou bastante. Além disso, o fato de não ter visto o show desde o começo de um lugar confortável me deixa decepcionado até agora, até porque perdi parte da “Rime...” tentando sair de um lugar onde só conseguia cantar. Bom, pra próxima fica o alerta de não ser teimoso e não ficar lá na frente no show do Maiden (quem já me viu sabe que meu fisíco realmente não permite isso, rs). Bom, Bruce disse que eles voltarão, ano que vem, e espero q venham no Rio. E em tempo: cheguei em casa às 8 da manhã, tomei banho e café e fui pra faculdade...que guerreiro!

sábado, 1 de março de 2008

Aviso

Pois é, amanhã tem jogo do Flamengo e eu, como um bom flamenguista, vou falar do jogo do meu time pela Taça Rio, certo? Errado!

Daqui a alguns minutos viajarei para São Paulo para assistir uma das minhas bandas favoritas, o Iron Maiden, já que eles não virão no Rio de Janeiro. Então, obviamente não irei ao Maracanã amanhã nem comentarei o jogo. E pra piorar, volto às minhas queridas aulas na UFRJ segunda feira, e quando chegar do show vou tomar um banho e ir para a faculdade. Pelo cansaço não sei se irei falar sobre o show na segunda, mas na terça farei isso com certeza.

Pessoal, até segunda ou terça e UP THE IRONS! E se alguem vier aqui, comente no tópico de baixo, rs.

Façam suas apostas!

A Taça Rio está a poucos minutos de começar e ainda há algumas incógnitas que só começarão a sumir dentro de duas ou três rodadas. Qual dos grandes vai se sobressair? O Flamengo vai jogar concentrado? Quais times pequenos têm mais chances de surpreender?

O Flamengo certamente é o mais acomodado dos grandes. Como já ganhou a TG, vai se concentrar nos jogos nas Libertadores; por isso, deve poupar seus principais jogadores na maioria dos jogos afim de que eles não sofram alguma contusão, dando espaço para testar alguns jogadores que pouco jogaram esse ano. Além disso, os clássicos que o time irá disputar contra Botafogo e Vasco antecederá jogos importantes da Libertadores, deixando uma dúvida no ar: nesses clássicos, o Flamengo vai poupar seus jogadores e ter o risco de tomar uma goleada (como no jogo contra o Flu esse ano) ou vai jogar com força máxima, sabendo do risco de contusão de seus jogadores mais importantes? De qualquer maneira, é uma boa oportunidade para Joel Santana conhecer melhor seu elenco e ver quais são as melhores peças de reposição para o time.

O Botafogo mostrou na TG que tem um bom time e muito bem acertado assim como no ano passado, graças ao excelente treinador Cuca e à dedicação impressionante tanto dos jogadores que chegaram quanto dos que permaneceram. O que pode atrapalhar o time é a repercussão da ainda polêmica entrevista coletiva da semana passada. O Botafogo ainda espera o retorno de Leandro Guerreiro, que se destacou ano passado pela garra e forte poder marcação, e a estréia de Túlio Souza, que veio do Coritiba. Porém, a súmula da final da TG deixou alguns jogadores (como Castillo e Diguinho) com risco de sofrerem punições, o que pode prejudicar o Botafogo, já que o time não possui muitas peças de reposição. Por todos esses fatores, ainda é um pouco difícil saber como o Botafogo se comportará na Taça Rio.

O Fluminense ainda tenta achar a formação ideal para um time que ainda não engrenou. Se o caso Thiago Neves já foi de certa forma esquecido, agora a polêmica gira em torno de Leandro Amaral e Dodô: o primeiro porque perdeu a liminar que dava direito ao jogador de atuar pelo tricolor, e ainda não se sabe se o Fluminense investirá pesado para contratar um jogador que já possui 31 anos; e o segundo porque seria reserva no novo esquema de Renato Gaúcho, e mesmo ganhando a vaga de Leandro Amaral pelo caso já citado, ainda mostra certa de insatisfação com sua posição nas Laranjeiras. Com a defesa já acertada, Renato Gaúcho ainda precisa acertar o meio campo definindo quem será o homem que jogará ao lado de Thiago Neves.

Como todos já perceberam, o Vasco é o que possui o elenco mais fraco dos grandes do Rio, e revelou isso com suas irregulares atuações na TG: ou goleava, ou tomava sufoco ou até mesmo perdia. O time apostava muito em Alex Teixeira e em Edmundo no começo do ano, mas o primeiro parece muito ansioso em campo, além de perder fáceis oportunidades de gol, e o segundo ainda está marcado pelo pênalti perdido contra o Flamengo; para piorar, Edmundo botou novas nuvens cinzas em São Januário ao abandonar um coletivo. Além disso, o Vasco precisa arrumar sua defesa, que não vem bem faz tempo...

Ah, e claro, os pequenos! Eles não vêm tendo tanta atração neste campeonato pelo fato de não estarem surpreendendo os grandes times, mas Madureira, Cabofriense e o surpreendente Macaé são times que podem tirar alguns pontos dos grandes, principalmente em cima do Flamengo que jogará a maioria dos jogos com o time reserva. Além disso, o América, tão querido por muitos torcedores cariocas, agoniza na última posição, com grande possibilidade de ser rebaixado; para piorar, joga sua primeira partida contra um grande, o Botafogo.

Agora é esperar para ver; quem dá mais, quem dá mais?