quinta-feira, 28 de agosto de 2008

A grande chance

Não é de se espantar a motivação que o Botafogo mostra até agora na Copa Sul-Americana, ao contrário dos outros clubes brasileiros. É a grande chance de o clube se redimir dos fracassos recentes.

O ano de 2007, que poderia ter entrado para a história do clube como um ano de muito sucesso, acabou marcado como o ano do “quase”. Afinal, o time perdeu o título do Campeonato Carioca para o Flamengo nos pênaltis, quando foi superior em ambos os jogos da final, e não foi para a final da Copa do Brasil por causa dos erros da arbitragem e da falha grotesca do goleiro Júlio César (onde ele está agora?) nos últimos minutos do jogo contra o Figueirense. Isso para não falar da trágica e vergonhosa eliminação na mesma Copa Sul-Americana para o River Plate, numa história que todos já sabem.

O elenco deste ano ainda possui jogadores que estavam no clube no ano passado, como Túlio, Lúcio Flávio, Diguinho, Renato Silva, Jorge Henrique e Alessandro. Não são grandes estrelas do futebol brasileiro, mas sentiram o baque dos insucessos anteriores, certamente aprenderam e amadureceram com isso e acabaram se identificando com o clube. Além de estarem mais dispostos do que nunca a dar alegrias ao clube, tentam dar a volta por cima e apagar a má impressão que ficou com as derrotas do passado. Mais do que a do clube, a honra deles também está em jogo.

Para sorte destes jogadores citados acima, os que chegaram neste ano (como Castillo, Thiaguinho, Zé Carlos e André Luis) entenderam que o clube e seus jogadores procuram a redenção. Até porque eles mesmo tentam colocar suas carreiras de volta aos trilhos: André Luis, por exemplo, não vinha tendo boas atuações por onde passava, e Thiaguinho busca retomar uma carreira que quase acabou. Até Carlos Alberto entendeu o espírito do time e vem tendo boas atuações (até porque é outro jogador que tenta voltar à boa fase).

Velhas e novas caras, o desafio é o mesmo. E quem ganha com isso é a instituição Botafogo, que tenta despontar no cenário brasileiro mais uma vez. E dessa vez sem ficar no “quase”.

3 comentários:

Anônimo disse...

E não é que esse time do Botafogo vem convencendo mesmo? Acho o elenco, em si, bem limitado, pelo menos no número de bons jogadores. Tirando os titulares, não sobra muita coisa. Mas o Ney Franco deu uma cara a esse time, com esquema e um jeito de jogar bem definidos.

Quanto ao seu post debaixo, Leandro, também acho que o jogo do Brasil não vale isso tudo. Sou mais ver a Isinbaeva. Hehe

Mas boa sorte na compra dos ingressos! E que a Bolívia não nos dificulte a vida, né?

Daniel Leite disse...

O Botafogo já abraçou a Copa Sul-Amrericana no ano passado. Faz certo. É uma equipe que precisa de uma afirmação para criar uma identidade com a torcida neste século. O último título de grande impacto foi em 95, e, da forma como está atuando e tocando a bola o time de Ney Franco, é possível, sim, vencer o "quase". Até Herrera venceu o estigma de "quase-gol"...

Até mais!

Leandrus disse...

Breiller, Ney Franco vem fazendo um ótimo trabalho no Botafogo, principalmente porque levantou um time que estava super desmotivado. Porém, eu também acho o elenco um pouco limitado, e talvez isso atrapalhe o time quando o estilo de jogo ficar manjado, pois, tirando Carlos Alberto, não há nenhum jogador que possa fazer alguma jogada inesperada.

Daniel, o Herrera de vez em quando parece querer voltar ao estilo "quase-gol", rs. Mas é verdade, o Botafogo precisa de um grande título, coisa que não conquista há algum tempo. Vamos ver o que acontece na Sul-Americana.