segunda-feira, 28 de abril de 2008

Decidido nos detalhes

Em um jogo abaixo das expectativas em relação aos últimos jogos entre os 2 times, o Flamengo venceu o Botafogo pelo simples placar de 1 x 0 e agora possui a vantagem de jogar pelo empate no segundo jogo. A vontade só não é mais confortável porque uma simples vitória do time alvinegro leva o jogo para os pênaltis.

O primeiro tempo foi marcado pelas pouquíssimas oportunidades de gols de ambos os times e pelas inúmeras faltas marcadas pelo juiz para ambos os lados. Eram tantas faltas que Cuca foi obrigado a fazer sua primeira substituição aos 20 minutos da primeira etapa, quando percebeu que Túlio Souza estava prestes a ser expulso, pois já tinha levado cartão amarelo e uma bronca do árbitro; o zagueiro Eduardo o substituiu, e o mesmo seria protagonista de dois lances chaves da partida.

Os principais lances de perigo foram do time do Flamengo. No primeiro, Ibson cruzou da direita para Souza, que ajeitou de cabeça para Leo Moura; o lateral direito devolveu para Souza, que chutou para ótima defesa do jovem goleiro Renan. No segundo lance, Kleberson, em uma de suas poucas boas participações na partida, levou muito perigo através de chute de longa distância. No terceiro lance, que talvez foi o melhor do Flamengo no primeiro tempo, Marcinho puxou um contra ataque pela ala direita, entrou na grande área e chutou; a bola foi espalmada por Renan, mas Souza não estava muito bem posicionado e a bola logo foi afastada por um dos zagueiro do Botafogo. Quanto ao time alvinegro, esse levou maior perigo em cobranças de falta, mas todas resultaram em impedimentos e defesas tranqüilas do goleiro Bruno.

O segundo tempo começou com fortes emoções; logo no primeiro minuto, Marcinho (que agora dividia a criação de jogadas com Tardelli) cruzou para Souza, que conseguiu alcançar a bola, mas Renan acabou fazendo a defesa. O Fla, que vinha levemente melhor na partida (com destaque para Toró, jogando com a habitual raça e acertando ótimos lançamentos), começou a ceder terreno ao Botafogo, que começava a apoiar cada vez mais; o time alvinegro levou grande perigo aos 15 minutos: após cobrança de falta de Lúcio Flávio, a zaga rubro-negra parou e Fábio cabeceou para fora; mas se tivesse pego melhor na bola, certamente seria gol. Importante lembrar que ambas as torcidas nesse momento davam um show nas arquibancadas (embora a torcida do Fla estivesse em maior número; muitos espaços vazios na torcida do Botafogo). Nesse momento, o Fla começava a errar muito no ataque; Tardelli estava disperso, Ibson não vinha bem, assim como Juan, e Marcinho começava a errar a maioria das jogadas.

E em 6 minutos, Eduardo foi o protagonista de 2 lances essenciais. Aos 28 minutos, o zagueiro deu um drible lindo em Cristian (que fez ótima partida, tendo seu único erro nesse momento) e mandou uma bomba no travessão. Aos 34 minutos, tentou fazer o mesmo em cima de Leo Moura, mas foi facilmente desarmado; o lateral direito iniciou um contra ataque, tocando para Diego Tardelli, que estava livre na direita; sem ser muito incomodado, deu ótimo passe para Obina (que havia acabado de entrar no lugar de Ibson), que só teve o trabalho de tocar para o gol vazio e levar a torcida do Flamengo ao delírio.

Depois disso, o time da Gávea tentou amarrar o jogo, com Joel colocando Jailton no lugar de Souza. E enquanto o Botafogo levou perigo pela última vez aos 43 minutos, numa cobrança de falta de Lúcio Flávio que foi desviada para escanteio, o Fla perdeu ótima chance minutos depois, quando Tardelli desperdiçou um excelente contra ataque ao tentar um drible facilmente desarmado. E agora o Flamengo vai se desgastar no jogo contra o América do México, enquanto o Botafogo terá a semana inteira para treinar; nada está decidido ainda, e teremos um ótimo jogo domingo que vem.

domingo, 27 de abril de 2008

Era melhor ter dormido...

OBS: Sim pessoal, era melhor ter dormido; afinal, eu fui dormir 5 horas da manhã após ter ido a um show ontem e tive que acordar 8:45 para ver esse GP, que pelo amor de Deus...

Numa corrida que me fez ter vontade de ver o VT da 1º bateria da GP2, Kimi Raikkonen venceu com sobras o GP da Espanha e aumentou sua distância para Hamilton, 2º colocado no Mundial de Pilotos, que agora é de 9 pontos. Felipe Massa foi o 2º, ajudando a Ferrari a conquistar mais uma dobradinha, e Lewis Hamilton terminou em 3º.

Como nas últimas corridas, a corrida foi decidida nas primeiras voltas; mas ao contrário das outras, essas voltas também foram bem monótonas: culpa do circuito travado que impede muitas ultrapassagens (às vezes chego a pensar que a chicane mais atrapalha do que ajuda as ultrapassagens). Logo na largada, Felipe Massa ultrapassou Fernando Alonso, enquanto Lewis Hamilton ultrapassou Robert Kubica. Durante a primeira volta, Sutil rodou e Vettel acabou atingindo o carro do piloto da Force India, fazendo com que os 2 abandonassem. Um acidente curioso, porque os 2 foram considerados grandes revelações da F-1 no ano passado e prometiam muito para esse ano, principalmente o alemão da STR; porém, ambos não conseguiram terminar uma corrida esse ano Além disso, Vettel manteve a tradição de um piloto da Toro Rosso sair na 1º volta (Vettel já está ganhando Bourdais por 3 x 1).

Voltas depois, Nelsinho Piquet acabou dando um passeio na área de escape e caiu para 18º. Mais algumas voltas e Nelsinho acabou se colidindo com Sebastian Bourdais, o que ocasionou no abandono dos 2 pilotos. Ao meu ver, a culpa do acidente foi do francês, pois Nelsinho já tinha conseguido a ultrapassagem e Bourdais não percebeu que não havia espaço para recuperar sua posição.

Os carros logo começaram a “passear” pela pista e só restava esperar o começo dos pit stops para que as posições pudessem ser mudadas. Alonso mostrou que havia largado muito leve ao parar logo na 16º volta; os outros foram calmamente fazendo suas paradas, sem perda e ganho de posições.

Aí veio o momento dramático da corrida: Kovalainen, que vinha liderando o GP por não ter feito sua parada, bateu muito forte na proteção de pneus, após seu pneu dianteiro esquerdo ter estourado. Pelo estado do carro, que estado enfiado entre os pneus, muitas pessoas se preocuparam com o piloto, que parece ter ficado inconsciente por alguns instantes; mas depois de alguns minutos, o piloto foi retirado do carro, e o sinal de positivo do piloto quando estava sendo levado à ambulância indicou que o piloto pelo menos estava lúcido.

Na saída do pit stop feito enquanto o safety car estava na pista, Rubens Barrichello acabou se chocando com Giancarlo Fisichella; o brasileiro levou a pior, perdendo o bico e tendo que abandonar voltas depois. Uma pena, já que o Rubinho tinha tudo para chegar nos pontos, visto que Button, que até aquele momento vinha uma posição atrás, chegou em 6º.

O sentimento de frustração dominou os espanhóis quando Alonso abandonou na 33º volta, quando seu motor quebrou. O mesmo aconteceu voltas depois com o alemão (ou finlandês, você decide) Nico Rosberg. Nada mais interessante ocorreu na corrida, já que todos os pilotos fizeram suas paradas normalmente; apenas Heidfeld trouxe um alento à corrida, fazendo ultrapassagens em cima de Timo Glock e Fisichella. Além do trio já citado que chegou ao pódio, pontuaram também Kubica, Webber, Button, Nakajima e Trulli.

Só uma pergunta: esse Herman Tilke tem que fazer mesmo os circuitos da F-1 atual?

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Destino...

Kléberson, Diego Tardelli, Edmundo, Wellington Paulista...todas essas aquisições feitas por clubes do Rio foram abafadas pelo "pacotão" de atacantes que o Fluminense contratou no começo do ano, visando uma participação decente na Libertadores, e conseqüentemente, nos outros campeonatos: Washington, Dodô e Leandro Amaral. Logo o trio foi apelidado de "Os Três Tenores", obviamente inspirado no trio altamente respeitado de tenores composto por Luciano Pavarotti, Plácido Domingo e José Carreras.


Mas lembro que alguém comentou comigo: "É bom não ficarem comparando esses jogadores com 'Os Três Tenores'; afinal, um deles até já morreu!"

E não é que o destino tratou de igualar as comparações?! Afinal, os tenores originais agora são só dois; e os "tenores" do Flu agora também são só dois, porque Leandro Amaral foi obrigado a voltar para o Vasco, já que estava jogando no Fluminense com uma liminar (já que ainda tinha contrato com o time da Colina), que logo foi cassada.


Fica a lição, que pensei que todo mundo já tinha aprendido: afinal, quem é doido de querer "dar uma volta" no Eurico Miranda? Tem que ser muito, mas muito esperto...

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Bom jogo

No primeiro jogo entre os 2 times na semifinal da UCL, Barcelona e Manchester United empataram em 0 a 0 no Camp Nou. Porém, foi um daqueles jogos sem gols bons de se assistir, com boas oportunidades de gols sendo criadas pelos times, principalmente pelo time da casa.

Analisando as escalações, foi surpreendente perceber que o Barcelona, embora jogasse no usual 4-3-3, não jogava com 3 atacantes de ofício (não me lembro de outra ocasião em que Rijkaard tenha feito isso); Iniesta, que joga no meio campo, estava escalado na ponta esquerda. Talvez Rijkaard quisesse poupar o garoto Bojan para o segundo tempo, já que sabia que Messi não tinha condição para jogar os 90 minutos, e Henry também não estava no melhor de sua forma por estar gripado.

O começo do jogo já trouxe fortes emoções aos torcedores: logo no primeiro minuto, após cobrança de escanteio, Cristiano Ronaldo cabeceou a bola e Milito colocou a mão na mesma dentro da área: pênalti marcado pelo juiz. Cristiano Ronaldo bateu na bola de uma maneira que tirasse a bola do alcance do goleiro e realmente conseguiu: chutou a bola para fora.

O Barcelona passou os minutos seguintes se recuperando do susto e depois decidiu atacar. O time espanhol imprimia uma forte marcação ainda no campo adversário, impedindo o Manchester de sair para o jogo; além disso, conseguia jogar pelas laterais: em algumas oportunidades, Messi e Iniesta foram até a linha de fundo e cruzaram para trás, mas a zaga inglesa tratou de afastar o perigo.

Era visível que o Manchester, como no jogo contra a Roma em solo italiano, priorizava a defesa e só saía para o jogo em contra ataques. Rooney, como no jogo contra o time italiano, vinha ajudando na marcação na ala direita; até Tevez voltava para marcar, deixando Cristiano Ronaldo isolado na frente: este, abusando de sua velocidade e habilidade, poderia ser mais útil para puxar os contra ataques do que Tevez ou Rooney.

O Barcelona tinha grande domínio territorial, armava ótimas tabelas entre Xavi, Toure (este jogou muito bem o primeiro tempo, armando e desarmando com muita eficiência), Deco e Messi (esses 2 ignoravam a falta de ritmo e sempre apareciam para o jogo). Porém, a forte marcação inglesa impedia o time catalão de chutar com perigo ao gol de Van der Sar. Já no final do primeiro tempo, o Manchester conseguia sair para o ataque a partir de contra ataques, mas sem muito perigo. O lance marcante do primeiro tempo acabou sendo um lindo “chapéu” de Messi em cima de Evra, deixando o lateral “sem pai nem mãe”.

O começo do segundo tempo teve todos os lances de perigo que o primeiro tempo não teve. Aos 3 minutos, Zambrotta pegou o rebote de um escanteio e chutou com muito perigo. Aos 5, Messi roubou bola quando o Manchester saía jogando na sua defesa, tocou para Eto’o, que, depois de ganhar na corrida de um zagueiro do time inglês, tocou para trás: mas Messi não chegou a tempo de concluir e Carrick afastou o perigo. Logo no minuto seguinte, houve uma linda troca de passes entre Messi, Deco e Iniesta; este tocou de letra para Eto’o, que chutou na rede pelo lado de fora. Mas o Manchester não estava morto: num dos raros ataques do time inglês, Carrick deu lindo drible em Rafa Marquez, mas também chutou na rede pelo lado de fora.

O Manchester foi recuando mais ainda, se é que isso era possível. Com os 4 defensores na grande área, e os 5 meio-campistas rodeando a mesma, chutar ao gol de Van der Sar era uma tarefa cada vez mais difícil. Com isso, o Barcelona começou a tocar a bola pacientemente, tentando achar uma brecha (o Barça chegou a ter 65% da posse de bola), o que era quase impossível. Com isso, o Barcelona passou a arriscar chutes de fora da área, sem sucesso, já que todas as bolas eram rebatidas pela zaga dos “Red Devils”; o máximo que o Barça conseguiu foi chegar em um chute de Henry aos 37 minutos, que Van der Sar espalmou de uma forma esquisita.

Podem ter certeza que o jogo no Old Trafford será de fortes emoções. O Barcelona é um time ofensivo e provavelmente não vai ficar se segurando na defesa: em um certo momento, vai partir para cima do time inglês. E o Manchester United também precisará sair para o jogo, ao contrário das partidas burocráticas que tem feito ultimamente na competição. Promessa de um grande jogo na próxima terça-feira, sem favoritos.

Que isso, Corinthians...

Quando a fase não é boa, nem o santo ajuda (ou será que não ajudam o santo?)...

Seria esse o lance derradeiro de uma má fase que resultou no rebaixamento do time paulista ou o sinal de mais um ano problemático vindo por aí?

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Coincidência, não?

Há 23 anos atrás, Ayrton Senna vencia sua primeira corrida na F-1, o GP de Portugal, no circuito de Estoril. Não poderia deixar essa data passar em branco por um simples motivo pessoal: não fosse essa vitória de Senna, talvez eu não herdasse de meus pais a paixão pela F-1 e a admiração pelo piloto brasileiro.

Explico: em abril de 1985, meus pais estavam recém-casados. No dia 21 de abril, meu pai teve que sair, e minha mãe acabou ficando sozinha em casa. Na falta de uma companhia enquanto fazia o almoço, ligou a tv, como muitas pessoas fazem para disfarçar a solidão; deixou na Rede Globo, que como todo brasileiro sabe, é meio que um canal padrão: sem não tem nada para ver, deixa na Globo mesmo! O Gp de Portugal iria começar em poucos minutos, com um tal de Ayrton Senna (que ela mal sabia quem era) largando na pole position pela primeira vez.

Como todos sabem, Senna dominou a corrida de ponta a ponta naquele GP marcado pela incessante chuva; todos os outros pilotos, com exceção do segundo colocado, o também falecido Michele Alboreto, terminaram a corrida com uma volta de desvantagem em relação ao brasileiro. Enquanto Galvão Bueno exaltava a excelente performance do tricampeão durante a corrida, minha mãe se perguntava questões como: Meu Deus, mas quem é esse tal de Ayrton Senna? Ele é tão bom assim? Eu só conhecia o tal do Piquet!.

Quando ela finalmente pôde deixar a cozinha e ver a corrida (já que até aquele momento ela só a ouvia), a corrida já estava nas últimas voltas. Ao ver Senna na volta de desaceleração, enquanto agüentava os berros de Galvão Bueno, ela se espantou: Meu Deus, que piloto maluco! Ele tá quase fora do carro, soltou o cinto e tudo!

Então chegou a hora do pódio, e finalmente ela pode ver o rosto desse tal de Senna. Ao vê-lo, outro espanto: Mas que garoto novinho! E já tá ganhando corridas na F-1...ah, vou ver as outras corridas, só por curiosidade!

E é por isso que eu tenho que agradecer ao Senna (e ao destino): a primeira vitória dele foi justo no dia que minha mãe decidiu acompanhar uma corrida de F-1! Depois desse dia, meus pais se tornaram fãs de F-1 e de Ayrton, e foi na onda deles que comecei a acompanhar, desde meus 5 anos, essa categoria que hoje me leva a acordar cedo aos domingos e até a não dormir em algumas madrugadas de sábado para domingo; isso sem contar que admiro Ayrton pelos seus feitos na F-1 até hoje. Abaixo, um curto vídeo famoso no Youtube, do momento em que Ayrton Senna cruzou a linha de chegada, com narração de Galvão Bueno.



OBS: Será que Mansell ficou irritado com Senna depois da corrida? hehe...

domingo, 20 de abril de 2008

Ganhando sem chorar

Em um jogo nervoso e tenso, sem muitos lances de perigo, o Botafogo venceu o Fluminense por 1 a 0, graças a um gol de Renato Silva aos 40 minutos do segundo tempo, quando já estava com 1 jogador a menos. Com esse resultado, o alvinegro carioca ganhou a Taça Rio e vai encarar o Flamengo nos próximos 2 domingos. Porém, o time já tem 2 desfalques para o jogo do dia 27: Jorge Henrique e Alessandro estão suspensos por terem sido expulsos hoje.

O jogo começou muito nervoso, com muitas faltas e reclamações de ambas as partes. Ao contrário da semifinal da TG, o Flu resolveu adotar uma postura cautelosa, não partido para cima nos primeiros minutos e protegendo muito bem a sua grande área. O Botafogo até tentava criar algumas chances, mas como não conseguia entrar na grande área tricolor na base do toque de bola, tentava chegar ao gol nas bolas de fora da área, sem muito sucesso. Cabe lembrar que o juiz começou o jogo um pouco perdido, deixando de marcar algumas faltas e não se impondo em alguns lances.

Aos 23 minutos, um dos lances cruciais da partida: após bom passe de Thiago Neves, Washington dominou a bola, tentou dar uma de pivô na frente de Castillo e Renato Silva e foi derrubado: o juiz, corretamente, marcou pênalti. Washington, que não é o cobrador oficial do time, resolveu bater o pênalti e acabou desperdiçando a chance de abrir o placar. Na verdade, o pênalti deveria ser repetido, já que pelo menos 2 jogadores botafoguenses invadiram a área, mas o juiz ignorou esse fato.

A partir daí o jogo esfriou. O Fluminense estava acuado: Cícero e Thiago Neves estavam sumidos (o segundo estava bem nervoso no jogo, fazendo várias faltas) e Conca não conseguia dar prosseguimento a todas as jogadas. O Botafogo tentava chegar agora nas faltas diagonais, mas elas ainda não levavam muito perigo ao gol de Fernando Henrique. Somente aos 42 minutos houve um lance de perigo; e que lance! Alessandro dominou a bola, deixou Júnior César sentado no chão e mandou uma bomba na trave.

O começo do segundo tempo chamava mais atenção pelo show que as duas torcidas davam do que pelo que acontecia no campo. O primeiro lance de perigo da etapa final veio aos 12 minutos: após escanteio, Alessandro cruzou para o segundo pau, a bola foi desviada com perigo para o centro da área mas a bola logo foi isolada por um dos zagueiros do Flu; na seqüência da jogada, o Fluminense armou um contra ataque que foi finalizado por Thiago Neves sem muito perigo. Falando em Thiago Neves, o apoiador já não estava jogando tão recuado como no primeiro tempo: estava mais avançado, auxiliando Washington, enquanto Conca havia recuado um pouco mais.

O tempo ia passando e nada de gols. Aos 26 minutos, nova chance do Flu: após cobrança de escanteio ensaiada, Júnior César fez boa jogada pela esquerda, foi até a linha de fundo e cruzou para o meio da área: após um rápido bate-rebate, Thiago Neves chutou com perigo ao gol de Castillo, mas a bola saiu pela linha de fundo.

Se as coisas ficavam cada vez mais difíceis para o Botafogo, a situação piorou aos 29 minutos. Alessandro fez falta e acabou levando o segundo cartão amarelo (duvidoso, já que não era para tanto). Com isso, o jogo ficou ainda mais pegado, nervoso. Aos 36 minutos, outra jogada de perigo do Flu: após chute bloqueado de Thiago Neves, Washington pegou a sobra, mas, sem ter para quem tocar, perdeu a bola.

E aos 40 minutos o gol finalmente saiu: após uma cobrança de escanteio do lado direito, a zaga tricolor afastou a bola da área mas ela logo foi rebatida de volta por um jogador alvinegro; a sobra caiu nos pés de Fábio, que chutou cruzado; mas quando todos achavam que Fernando Henrique faria a defesa, Renato Silva desviou a bola para as redes, marcando o único gol da partida. Logo ele, que há um ano atrás era dispensado do clube tricolor por ter sido pego no exame antidoping...

O Fluminense ainda tentou ir no desespero para o ataque, mas teve todos os seus ataques anulados. Nos últimos minutos, Jorge Henrique, que já vinha se estranhando com os jogadores tricolores por causa de sua infinita catimba, fez dura falta e acabou sendo expulso direto (eu falei que ele ia ficar marcado pelos juízes...). Mas o Flu não tinha tempo para mais nada e, após ser o time mais badalado antes do começo do campeonato, vai assistir a final do Carioca de camarote.

Breaking the chains

Ontem à noite, Danica Patrick se tornou a primeira mulher a vencer uma corrida na F-Indy. Embora não seja nenhum fenômeno das pistas, Danica é competente e mereceu vencer sua primeira corrida, que foi decidida nas últimas voltas.

Faltando pouco mais de 50 voltas para acabar a corrida, Hélio Castroneves e Danica Patrick decidiram encher o tanque de combustível até o talo durante uma bandeira amarela para terminarem a corrida sem precisar recorrer ao famoso e dramático “splash-and-go”. Assim, ambos não forçaram muito o ritmo na pista, poupando o máximo de combustível possível permanecendo por um bom tempo nas 6º e 7º posições, respectivamente. Nas últimas 10 voltas, os 5 primeiros pararam e colocaram o mínimo possível de combustível para voltar a pista e terminar a corrida. Assim, Helinho tomou a liderança, seguido de perto por Danica, que, faltando 3 voltas para o final, ultrapassou o brasileiro sem a menor cerimônia, conseguiu abrir uma vantagem confortável e ganhou a corrida.

A vitória de Danica serviu para mostrar que o automobilismo não é um esporte feito somente para os “marmanjos” e que existem mulheres capazes de disputar posições com os homens na pista, acabando com o preconceito de muitas pessoas baseado no insucesso de mulheres como Giovanna Amati, ou mais recentemente, Milka Duno.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

O jogador-problema

Enquanto os brasileiros vêem com bons olhos a quase certa transferência de Ronaldinho Gaúcho para o Milan e a volta da boa forma de Adriano no São Paulo, poucos são os que acreditam atualmente numa possível recuperação de Carlos Alberto. A lógica até certo ponto é simples: se o jovem jogador teve passagens conturbadas em quase todos os time em que passou e nem mesmo o São Paulo conseguiu “domá-lo”, quem conseguirá fazer isso? As confusões estão tão presentes em seu currículo que é quase impossível pensar nisso.

Todos viram que Carlos Alberto teria um futuro promissor quando surgiu no Fluminense, em 2002: seus dribles e suas cobranças de falta precisas logo chamaram a atenção de todos no Brasil. Não tardou muito e o jogador logo ganhou fama de “carrasco flamenguista”, principalmente por 2 excelentes atuações no Campeonato Carioca de 2003 que levaram o Flamengo a “engolir” duas pesadas derrotas, uma em cada turno. Porém, a atuação irregular de todo o time no Campeonato Brasileiro daquele ano mais o começo da vida boêmia de Carlos Alberto fizeram com que parte da torcida começasse a pegar no seu pé.

Aí Carlos Alberto, como todo jogador brasileiro que desponta no país, foi rapidamente vendido para um clube europeu, o Porto. Ele rapidamente ganhou condição de titular no time, conquistou o carinho da torcida, e ajudou o time a ganhar a Liga dos Campeões, inclusive marcando o primeiro gol do time na final vencida por 3 a 0 em cima do Monaco. Desse jeito, conquistar seu espaço em definitivo na seleção brasileira era questão de tempo, já que estava em ótima fase. Mas no final de 2004 Carlos Alberto começou a mostrar seu temperamento explosivo: após perder seu espaço na equipe no começo da temporada 04/05, brigou com os dirigentes do Porto e pediu (pediu não, exigiu) sua liberação para defender o Corinthians em 2005, que contava com a ajuda da MSI.

E o começo de Carlos Alberto não poderia ser pior. Não teve boas atuações em seus primeiros jogos, brigou com Tevez e ainda marcou um ridículo gol contra numa vergonhosa derrota de 5 a 1 para o São Paulo na terceira partida do Brasileirão. Logo ganhou a condição de reserva no time, sendo ofuscado por Roger, que vinha muito bem. Mas no final do campeonato Roger se machucou, Carlos Alberto o substituiu e teve participação fundamental nas últimas partidas, ajudando o time a conquistar o título.

Mas ainda não seria dessa vez que o carioca apagaria. Após afundar junto com todo o time no Campeonato Paulista e na Libertadores e passar a ser figurinha carimbada nas críticas dos jornalistas esportivos, por causa de sua má forma, reclamou veementemente com Leão após ser substituído ainda no primeiro tempo de um jogo da Copa Sul-Americana. O resultado foi óbvio: foi afastado do grupo pelo técnico.

Então Carlos Alberto voltou ao Fluminense no começo de 2007. Parecia estar mais maduro e comprometido, já que estava em casa. Porém, deixou o futebol em outro lugar: se não causou confusões dessa vez, teve uma passagem muito irregular, e quando estava prestes a ser ofuscado por Thiago Neves, teve uma surpreendente transferência para o Werder Bremen; surpreendente porque não estava mostrando futebol para tanto. Se já estava quase virando reserva no tricolor carioca, como iria disputar posição com Diego no time alemão?

E dessa vez Carlos Alberto se superou: jogou pouquíssimas partidas, muitos problemas com contusões, e trocou socos com o marfinês Sanogo. Logo voltou para o Brasil, dessa vez para o São Paulo.

Então todos pensaram: “Pôxa, o São Paulo recupera todo mundo! Então finalmente Carlos Alberto vai mostrar o futebol do começo de carreira!”. Ledo engano: só atuações sem muito brilho e muitos atrasos, além de mostrar um certo descaso com os problemas que passava. E para finalizar com chave de ouro, uma confusão (outra?) com Fábio Santos (que todos estão tentando entender até agora) que o levou a ser afastado no clube em que estava emprestado (!).

É uma pena que um jogador que teve um começo tão brilhante de carreira agora apareça mais pelas confusões em que se envolve que pelo seu futebol. As pessoas ficam cada vez mais desconfiadas com ele, afinal, não vem se destacando desde o título do Corinthians em 2005. Em julho ele volta ao Werder Bremen; mas se ele estava aqui justamente para recuperar sua boa forma para provar aos alemães que tem condições de ser titular na equipe, o que vão achar dele quando souberem que tudo que arranjou por aqui foi mais confusão?

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Mais surpresas?

Depois das eliminações precoces de Atlético-PR e Grêmio, ambas para times bem inferiores, a Copa do Brasil corre o risco de ver mais um favorito saindo da competição antes do esperado: esse time é o Internacional, que foi surpreendido por um Paraná já enfraquecido em relação aos anos anteriores. O placar de 2 a 0 é perigoso, visto que o Internacional terá que ganhar o jogo no Beira-Rio por 3 gols de diferença para passar de fase sem precisar recorrer aos pênaltis, e qualquer gol que o Colorado sofrer poderá ser fatal.

Porém, ainda creio que o Inter irá passar de fase. O time vem tendo boas atuações no Campeonato Gaúcho, e certamente a torcida comparecerá em peso para apoiar o time a reverter esse difícil placar. Além disso, um clube com jogadores do quilate de Fernandão e Nilmar não deve deixar escapar essa vaga com tanta facilidade, já que a Copa do Brasil é uma das grandes pretensões do time gaúcho este ano.

Outro time que esperava ganhar a Copa do Brasil esse ano (mas que não era considerado favorito por todos os críticos) e que também se complicou no primeiro jogo é o Corinthians, que perdeu por 3 a 1 para o Goiás no Serra Dourada. O time só precisa ganhar por 2 a 0 para se classificar para a próxima fase, mas ao contrário do Internacional, não possui ainda um elenco tão confiável a ponto de deixar seus torcedores confiantes na classificação para a próxima fase. Mas a garra do time aliada a fantástica torcida que o time possui podem ser determinantes para um resultado positivo no próximo jogo.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Pedido de desculpas

Mais uma vez os estudos apertaram e fiquei sem tempo para escrever algo aqui no blog. Peço desculpa aos meus 6 fiéis leitores (ganhei mais um, daqui a pouco passo os 17 e meio de Agamenon Mendes Pedreira). Ainda tentei escrever alguma coisa hoje, mas como estudei quase o dia todo não consigo escrever mais de 1 parágrafo, tão estafado estou. Amanhã volto a postar algo.

Ateh!

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Cenário triste

Quem é carioca já percebeu que os jogos entre Flamengo e Botafogo se tornaram duelos épicos. Os acontecimentos das últimas partidas entre os dois clubes fazem a rivalidade entre eles aumentar cada vez mais. Infelizmente, essa rivalidade cada vez mais ultrapassa os limites do gramado e passa para as ruas da cidade.

No ano passado, quando saía do estádio após o 1º jogo da final do Campeonato Carioca, tive a experiência horrível de presenciar uma briga entre torcedores dos 2 times, que contou com intervenção a base de tiros para o alto da polícia. Obviamente, desde este dia passei a ter muito mais cuidado nos jogos entre os 2 clubes.

Graças a Deus, nunca mais presenciei alguma confusão entre as torcidas dos 2 times, o que não quer dizer que elas cesaram; ao contrário, elas só aumentaram. Ontem mesmo, antes do jogo, houve um grande tumulto na estação de trem do Engenho Novo. E quando penso, inutilmente, que cada vez mais torcedores pregam a paz nos estádios, me deparo com a seguinte frase de um torcedor botafoguense no "Ataque", sessão de esportes do jornal "O Dia":

"Peguei (a bandeira) de um flamenguista que estava no ônibus. Disse que quem mandava aqui era o Botafogo e ele não reclamou. Queimamos (a bandeira) para exorcizar."

Agora nem ir ao estádio sossegado as pessoas podem mais. É por essas e outras que muitos pais não levam seus filhos ao Maracanã, São Januário, Engenhão...

domingo, 13 de abril de 2008

Merecido e irritante

O Botafogo se classificou para a final da Taça Rio ao derrotar o Flamengo por sonoros 3 x 0. O Botafogo jogou muito bem, com todos os jogadores muito bem posicionados, como sempre, enquanto o Flamengo esteve desatento em vários momentos do jogo e se desesperou ao se ver em desvantagem no placar.

Logo nos primeiros minutos, o Flamengo teve talvez a sua melhor chance no jogo: após cobrança de escanteio, Kléberson cabeceou para o gol, mas Diguinho evitou o gol quase certo ao tirar a bola em cima da linha.

A partir daí, o jogo teve poucos lances de perigo. Como o Flamengo não se expunha muito, o Botafogo preferia tocar a bola. Toque de bola que em certos momentos chegou a envolver o time rubro-negro, que, para desespero de seus torcedores, parecia desatento: em alguns momentos, os jogadores tentavam sair para o jogo no seu campo de defesa de forma displicente, dando possibilidade aos jogadores do Botafogo de recuperar a bola e armar novos ataques.

O Flamengo também pecava no posicionamento dos jogadores. Souza estava isolado na frente; Ibson, Kléberson e Toró estavam embolados, deixando grandes buracos no meio campo; Juan mal aparecia para tabelar com Renato Augusto na esquerda, deixando o apoiador sem muitas opções, e Leo Moura também não tinha ninguém para tabelar na direita. Já do lado do Botafogo as coisas iam bem: o time marcava e atacava com a mesma eficiência, mesmo sem criar muitas chances que trouxessem problemas para Bruno.

Como o Botafogo vinha bem, não foi surpreendente vê-los marcando o primeiro gol da partida, aos 39 minutos: após cobrança de escanteio da esquerda, Zé Carlos apareceu como um foguete desviando a trajetória da bola, que encontrou Wellington Paulista: este, livre e meio que no susto, fez Botafogo 1 x 0. Depois da saída de bola, o Flamengo ainda teve mais 2 chances: na primeira, Leo Moura chutou por cima do gol; na segunda, Souza disputou bola com Castillo, mas o goleiro levou a melhor e chutou a bola para longe.

O Botafogo voltou sem mudanças para o segundo tempo, enquanto o Flamengo voltou com uma que, sinceramente, não entendi: Souza saiu para a entrada de Marcinho. Com essa substituição, o Flamengo jogaria sem nenhum atacante de ofício. Ainda estou tentando entender o que Joel queria fazer sem uma referência na área, mas se ele queria abrir o jogo e permitir tabelas entre Marcinho, Leo Moura e Ibson/ Toró ou Juan, Renato Augusto e Toró/Ibson, ele não conseguiu; ao contrário, o Botafogo criou várias oportunidades de gols durante os primeiros minutos da partida: perdi a conta de quantas vezes o Botafogo perdeu uma chance de gol, o Flamengo errou a saída de bola (no desespero de marcar logo um gol) e o Botafogo armou um novo ataque com perigo. Desse jeito, o time alvinegro só poderia marcar mais um gol, o que aconteceu aos 15 minutos: após Zé Carlos cruzar uma bola quase perdida, Alessandro chutou quase sem marcação para marcar o segundo gol do Botafogo.

Depois do segundo gol, o Flamengo se mandou desordenadamente para o ataque, enquanto o Botafogo cavava muitas faltas, que geralmente eram marcadas pelo juiz: algumas até eram faltas, mas outras era quase visível que os jogadores se jogavam. Entre esses, tinha até um tal de Jorge Henrique, sobre quem já falei aqui no blog...

E o mesmo Jorge Henrique caiu na área aos 26 minutos após trombar com Toró, o que foi interpretado pelo juiz com pênalti. Não vi o lance na Tv ainda, mas da posição onde estava no estádio pareceu que foi mais um lance normal em que o atacante se jogou no chão. Após muita reclamação dos jogadores do Fla, Lúcio Flávio bateu no meio e sepultou as chances de qualquer reação do Flamengo.

Os torcedores rubro-negros, se terem muito o que fazer, ou foram embora ou preferiram vaiar Kleberson (que foi um dos piores em campo) ou os jogadores do time rival, já que eles se jogavam no chão a todo instante. Nos últimos 15 minutos o jogo foi parado pelo menos 4 vezes porque os jogadores se jogavam no chão pedindo atendimento médico; parecia que eu estava assistindo a Argentina ganhar de 3 a 0, tamanha catimba do time botafoguense até o final do jogo!

O Botafogo jogou bem e teve uma merecida vitória, mas foi irritante ver os jogadores alvinegros cavando milhares de faltas e “fazendo cera”, principalmente após o terceiro gol. Quanto ao Flamengo, o time realmente não jogou bem, sem exceção de nenhum jogador, e o possível cansaço da viagem à Cuzco não serve de desculpa para o resultado.

OBS: Dependo de internet discada, e hoje mal consegui entrar na internet. Conhecendo meu computador, não sei se vou conseguir postar alguma coisa aqui e visitar outros blogs nos próximos dias, por isso já peço desculpas.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Em Donnington Park, direto do túnel do tempo...

Há 15 anos, o mundo da F-1 presenciou um dos momentos mais marcantes da categoria: no GP da Europa, naquele ano disputado em Donnington Park, Ayrton Senna definitivamente carimbou seu passaporte para o hall dos melhores pilotos da F-1 ao ultrapassar 4 pilotos na primeira volta da corrida, com a pista molhada, gasolina até o talo e pneus frios. Quem vê o vídeo até hoje fica impressionado.

Em 1993, as Williams dominavam a F-1. Tirando proveito disso, os 2 pilotos da equipe, Alain Prost e Damon Hill, formaram a primeira fila do grid; Ayrton Senna largaria na 4º posição, uma posição atrás da emergente estrela Michael Schumacher (que naquela época ainda era chamado de "o alemão" pelo "querido" Galvão Bueno). O brasileiro não fez uma largada muito boa, e ao tentar passar Schumacher por fora logo na primeira curva, é duramente fechado e, de quebra, acaba perdendo a 4º posição para Karl Wendlinger. É aí que começa o show.

Senna acaba retomando a trajetória normal e ultrapassa Schumacher, recuperando sua posição original de largada; até aí tudo bem. Sem tempo para respirar, Senna faz uma incrível e surpreendente ultrapassagem em cima de Wendlinger em um mergulho, como o próprio brasileiro descreveu no livro "Fórmula 1: Pela Glória e Pela Pátria", de Eduardo Correa:

"Foi no meio do "S" que tirei para fora e fui em frente. Foi uma manobra calculada porque eu sabia que ali o líder ia maneirar um pouco, o segundo mais um pouco, o terceiro mais um pouco e assim por diante. Todos teriam uma atitude, digamos, muito reservada, e ... (...) ninguém ia esperar isso, que eu estivesse seguro da velocidade ideal. Mas eu já estava suficientemente integrado, tinha derretido dentro do carro desde a primeira volta. Então executei a manobra. Vim embalado, tirei e passei batido, por fora, (...)".

Os que já ficaram espantados com a ultrapassagem em cima do austríaco ficaram quase sem palavras quando Senna rapidamente colou na traseira de Hill e, colocando o carro por dentro, ultrapassou o inglês. Ganhar duas posições já na primeira volta, com a pista molhada e após perder uma posição na largada, já estava de bom tamanho. Mas ainda tinha mais.

A geração das imagens da corrida, corretamente, tirou o foco de Senna, que já se distanciava de Hill, e mostrou Andretti e Wendlinger abandonando a corrida. E qual a surpresa dos fãs de F-1 ao verem, após a geração voltar a focar Senna, o brasileiro ultrapassando Alain Prost sem a menor cerimônia já nas últimas curvas do circuito? Tenho certeza que muitos brasileiros que acordaram na hora da largada foram lavar o rosto para ter certeza de que não estavam sonhando após verem uma volta sensacional.

A repercussão dessa volta espetacular é tão grande até hoje que o resto da corrida fica em segundo plano: quando se comenta sobre essa corrida, boa parte dos fãs de F-1 não falam que a corrida foi muito tumultuada, com milhares de pit stops, já que a chuva ia embora e voltava várias vezes (Prost teve sua corrida prejudicada pelos inúmeros pit stops que foi obrigado a fazer) e até que um certo jovem chamado Rubens Barrichello largou em 12º e pulou para a 4º posição na primeira volta. Na verdade, Donnignton 93 seria a Mônaco 84 de Rubinho, não fosse um problema na bomba de gasolina que fez o brasileiro abandonar faltando 5 voltas, quando vinha numa excelente 3º posição.

Como disse o mesmo Eduardo Correa no mesmo livro já aqui citado, "Donnington em 93 é a obra-prima de Senna, a Nürburgring-36 de Nuvolari, a Nürburgring-57 de Fangio, a Indianápolis-65 de Clark. Só um Grande Senhor das Pistas pode conseguir uma vitória como aquela.". Além de toda a corrida de Senna ter sido fantástica, proporcionou um momento mágico da F-1, que está imortalizado na história da categoria.

Bibliografia (e leitura obrigatória):
Fórmula 1: pela glória e pela pátria/ Eduardo Correa

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Atitude na altitude

Depois de muita apreensão, o Flamengo foi jogar nos 3.400 m de Cuzco e acabou voltando com um belíssimo resultado: 3 a 0 em cima do Cienciano, que garantiu a classificação antecipada ao time da Gávea. A tão temida altitude que fez o clube protestar muito nos últimos dias foi bem controlada por todo o time, que jogou os 90 minutos num estilo cadenciado, priorizando o toque de bola e a calma.

Logo nos primeiros minutos, o Flamengo já mostrava que não forçaria muito o jogo para não sentir os efeitos da altitude; além disso, dava a impressão de que estava bem distribuído em campo, trocando passes com muita calma, tanto que em 10 minutos o time conseguiu chegar no ataque 2 vezes, mas sem causar muito perigo à meta peruana.

Porém, com o decorrer do jogo, o Flamengo começou a sumir; obviamente, o Cienciano se aproveitou desse fato e começou a criar jogadas de perigo. Aos 24 minutos, o veterano Bazalar chutou com perigo à meta de Bruno, que espalmou para fora. Aos 29 minutos, mais uma jogada de perigo do time peruano, mas a bola saiu por cima do gol de Bruno, sem muito perigo.

E o Flamengo ainda não conseguia se acertar em campo. Embora o time continuasse tentando tocar a bola calmamente como nos primeiros minutos de jogo, algum jogador sempre errava um passe, dando início a uma nova jogada de ataque do Cienciano: isso acontecia porque a bola estava correndo muito e os jogadores rubro-negros ainda não tinham se acostumado com isso. O time peruano criava a maioria das suas jogadas pela direita, tentando jogar nas costas de Juan, que nunca foi um jogador muito bom no quesito marcação.

O lance de maior perigo do primeiro tempo aconteceu aos 38 minutos. Após cobrança de escanteio (uma das várias a favor do Cienciano no primeiro tempo), um dos zagueiros do time local deu uma cabeçada perigosíssima que levou Bruno a fazer grande defesa. A partir daí, o melhor para o Flamengo era esperar o término do primeiro tempo sem tomar gols; o time precisava corrigir o toque de bola, já que os jogadores erravam passes em demasia.

Muitos flamenguistas ficaram preocupados com os primeiros minutos do segundo tempo. O time estava muito acuado, e quando roubava a bola do time peruano, não conseguia sair da defesa, tendo que apelar para chutões desesperados para Souza, que brigava muito lá na frente entre os zagueiros do Cienciano. E foi o mesmo Souza que deu a assistência para o primeiro gol do Fla, aos 8 minutos: após uma roubada de bola, Ibson puxou contra-ataque e tocou para Souza, que viu Renato Augusto quase livre na área; este recebeu ótimo passe do centroavante do Flamengo e, cara a cara com o goleiro Flores, não desperdiçou a oportunidade, marcando o primeiro gol do Fla.

O Cienciano sentiu o gol. Isso ficou tão claro que, dos 10 aos 15 minutos, o Fla chegou 3 vezes com perigo ao gol do Cienciano, podendo ter marcado o segundo gol tranqüilamente em qualquer uma dessas oportunidades. E as coisas ficaram ainda mais difíceis para o time peruano quando Bazalar foi expulso aos 17 minutos. Embora a expulsão tenha sido justa, fiquei surpreso, já que o árbitro dessa partida parava o jogo em vários momentos e não economizava nos cartões, ao contrário de muitos árbitros sul-americanos, que só marcam faltas quando elas são escandalosas.

A vantagem numérica era tudo que o Flamengo queria para priorizar ainda mais o toque de bola, fazendo com que o time prendesse a bola no campo do adversário por muito tempo. E aos 32 minutos, após mais um roubo de bola e contra-ataque puxado por Ibson, este esperou a passagem de Toró, que recebeu a bola e, num lance bem parecido com o gol de Renato Augusto, mandou para as redes e ampliou a vantagem rubro-negra para 2 a 0.

A partir daí, o Flamengo só esperou o tempo passar tocando a bola com muita calma; esse estilo cadenciado foi essencial para o time, já que os jogadores pouco sentiram o efeito da altitude durante o jogo. E o time da Gávea ainda teve tempo para marcar o 3º gol, nos acréscimos: Juan bateu falta com categoria e marcou um belo gol; o último gol de falta do Flamengo havia sido de Roger, no ano passado, na derrota de 3 a 1 para o Cruzeiro.

Essa certamente foi a atuação pra deixar qualquer torcedor rubro-negro empolgado: embora o Fla tenha passado por algumas dificuldades, principalmente no final do primeiro tempo, o time sempre batalhou em campo, teve muita dedicação e jogou sem se desesperar, controlando seus nervos; agora é saber se o time vai manter a mesma disposição e empenho domingo, contra o Botafogo, num jogo que certamente vai parar a cidade, principalmente por causa da repercussão da partida entre os 2 times na final da TG.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Sem surpresas - parte 2

Infelizmente, os jogos da UCL hoje não foram muito animadores; Manchester United e Barcelona venceram seus jogos, ambos pelo simples placar de 1 a 0, e disputarão a outra semifinal da competição. Antes dos 2 jogos começarem, não tinha escolhido um deles para assistir: os 2 times que jogariam em casa defenderiam vantagens confortáveis, o que poderia resultar em 2 jogos amarrados, visto que Roma e Schalke 04 (os 2 times que estavam em desvantagem) não possuem um poder ofensivo muito forte. No final das contas, resolvi assistir Barcelona x Schalke 04, já que o Barcelona é um time mais instável do que o Man Utd, logo podendo dar mais chances ao azar.

Depois da revelação ao mesmo tempo bombástica e nada surpreendente de que Ronaldinho Gaúcho e Deco não estão lesionados e sim afastados do elenco, o Barcelona precisava sacudir a poeira e garantir sua vaga para as semifinais da UCL. O time catalão começou pressionando, mas o Schalke quase surpreendeu quando Valdez quase se enrolou ao fazer uma defesa após um chute de longa distância. O time alemão continuou tentando o gol e Kuranyi perdeu 2 boas oportunidades após jogadas criadas pela direita, onde o Schalke mais levava perigo com Rafinha e Jones. Mas o Barcelona não estava morto e também criava boas jogadas pela direita, onde Bojan, uma das revelações européias desta temporada, levava certo perigo, já que as jogadas pela esquerda com Henry eram quase nulas.

E foi justamente numa jogada criada por Bojan que o Barcelona marcou seu gol, aos 43 do primeiro tempo: o jovem espanhol cruzou e o brasileiro Bordon acabou desviando para o alto; porém, a bola, que num primeiro instante parecia que iria para fora, já estava entrando no gol, quando um dos zagueiros do Schalke conseguiu tirá-la quase em cima da linha. Para a infelicidade do time alemão, a bola voltou nos pés de Yaya Touré, que apenas tocou para o gol, marcando o único gol do Barça no jogo.

O Schalke 04 sentiu o gol. Por isso, boa parte do segundo tempo foi bem monótona, já que o time alemão não tinha força ofensiva suficiente para marcar gols no time catalão fora de casa. Então, os únicos destaques do segundo tempo foram as vaias ao técnico Frank Rijkaard quando este substituiu Bojan, que vinha sendo o melhor do time, para a entrada de Gioviani dos Santos e as inúmeras chances perdidas pelo Barcelona nos últimos 15 minutos, quando o time alemão já estava totalmente exposto, mais a beira de tomar o segundo gol do que marcar o de empate.

Quanto ao jogo entre Manchester United e Roma, soube que foi um confronto até certo ponto tranqüilo para o time inglês; tão tranqüilo que Fergunson se deu ao luxo de deixar Rooney e pasmem, Cristiano Ronaldo no banco. Já o time italiano, sem sua estrela Totti, ainda teve um pênalti (que nem foi pênalti) perdido no primeiro tempo, quando De Rossi encarnou seu compatriota Roberto Baggio e mandou a bola quase para fora do estádio (provavelmente algum time da NFL vai propor o emprego de "kicker" para o italiano depois desta cobrança). Bom, no segundo tempo o argentino Tevez acabou com a brincadeira e selou a classificação dos "Red Devils" para as semifinais.

Agora é esperar para ver: sempre achei que os favoritos ao título eram Manchester United e Barcelona, mas os 2 se encontrarão já nas semifinais. O Manchester United vem sendo um dos times mais regulares da Europa nesta temporada: e como Cristiano Ronaldo vem cada vez mais crescendo de produção, pode levar o time de Old Trafford ao título, ajudado pelo ótimo Rooney, por um meio campo de grande qualidade e pelo endiabrado Tevez. Quanto ao Barcelona, este não vem jogando aquele futebol que levou o time a ter um status de time quase invencível na temporada 05/06, quando levou o caneco da UCL: Ronaldinho Gaúcho não é nem metade do monstro que era naquela temporada, Henry ainda não se acertou totalmente no time e o time se mostra apático em certas ocasiões. Porém, é um elenco que impõe respeito e não pode ser subestimado. Só uma coisa é certa: teremos 2 grandes jogos nas semifinais, para a alegria dos fãs de futebol!

terça-feira, 8 de abril de 2008

Jogaço!

Num jogo emocionante, digno de UCL, o Liverpool derrotou o Arsenal por 4 a 2 (jogo que escolhi para ver) e passou para as semifinais . No outro jogo, o Chelsea venceu o Fenerbahce por 2 a 0 e também garantiu sua passagem às semifinais.

O Arsenal começou surpreendendo o time do Liverpool, criando as melhores oportunidades no começo do jogo, enquanto o time da casa tentava se encontrar. Como o time de Wenger não é bobo, Diaby marcou o primeiro gol do jogo, deixando o time visitante em vantagem.

Após o gol, o time do Arsenal trocava passes tranqüilamente no meio campo do Liverpool, com uma facilidade maior do que a mostrada no primeiro encontro entre os 2 times; enquanto isso, o Liverpool ainda atordoado pelo gol tomado, errava simples passes que seus jogadores não costumam errar. Durante esses minutos de pane do Liverpool, Eboue deu um bom chute ao gol de Reina e Adebayor, após boa jogada tramada entre Diaby e Clichy, desviaria a bola para as redes, não fosse uma boa intervenção do goleiro do Liverpool.

Porém, nenhum time do mundo pode dar brechas para um time tão perigoso e traiçoeiro como o Liverpool. 10 minutos após o gol do Arsenal, Fábio Aurélio cruzou para a área, Crouch escorou para o centro e Kuyt, ao tentar concluir a jogada, se jogou no chão pedindo pênalti: essa jogada foi a senha para o Liverpool começar a tomar conta do jogo. Não que o time da cidade dos Beatles tivesse se arrumado em campo: Gerrard ainda tentava achar seu posicionamento ideal no campo e Fernando Torres e Crouch se anulavam dentro da área; porém, o Arsenal recuava assustadoramente e acabava dando espaços aos comandados de Benitez. Após mais alguns minutos de pressão, o gol do Liverpool finalmente saiu aos 30 minutos: Gerrard cobrou escanteio, Hyypia se livrou facilmente do lento zagueiro Senderos e deu uma cabeçada certeira no canto esquerdo de Almunia. Após esse gol, o Liverpool continuou pressionando, jogando principalmente nas costas de Clichy, mas o primeiro tempo seguiu sem maiores lances de perigo.

O segundo tempo começou da mesma maneira como acabou o primeiro tempo: o Arsenal continuava acuado e o Liverpool pressionava. O time chegou com perigo no primeiro minuto, com Crouch, e aos 7 minutos, com Fábio Aurélio. Era visível que o Arsenal não tinha se acertado na intervalo: os jogadores sumiam cada vez mais, Adebayor estava isolado entre os zagueiros do Liverpool, e Fabregas estava apagadíssimo, sem conseguir levar o time ao ataque.

Porém, aos poucos as coisas foram melhorando para o time londrino. Aos 17, após boa jogada do improvisado Toure, Eboue tirou um zagueiro da jogada, mas acabou perdendo o tempo e chutou a bola na rede pelo lado de fora. Quando o Arsenal começava a sair mais para o jogo, o time tomou uma ducha de água fria: após chute de Reina para a frente, a bola quicou na frente da zaga londrina, Fernando Torres dominou a bola e, após se livrar com um drible rápido de Senderos (mostrando sua lentidão mais uma vez), mandou uma bomba: um golaço, que classificava o Liverpool para as semifinais naquele momento.

Então finalmente Wenger mexeu no time: tirou Eboue e Diaby e colocou os velozes Walcott e Van Persie. Porém, a entrada dos 2 não surtiu o efeito esperado; embora o Liverpool começasse a recuar demais, como no primeiro jogo no Emirades Stadium, o Arsenal não conseguia fazer muita coisa: seus jogadores pareciam nervosos, a zaga batia cabeça ao tentar sair jogando e Fabregas e Hleb, responsáveis pela criação de jogadas, estavam apagadíssimos, irreconhecíveis.

Mas aos 38 minutos, o Arsenal chegou ao gol de empate: Walcott pegou uma bola na defesa, passou por 2 jogadores ainda no seu campo, foi carregando a bola, e ainda passou pelos perplexos Hyypia e Mascherano antes de cruzar para Adebayor, que não perdoou, empatando o jogo e calando o Anfield Road. A jogada do inglês provavelmente ficaria imortalizada, não fossem os acontecimentos seguintes.

Logo na saída de bola, enquanto os torcedores do Arsenal ainda comemoravam, Toure cometeu pênalti ridículo em cima de Babel. Gerrard bateu muito bem e não perdoou, para desespero dos jogadores e comissão técnica do Arsenal, já que o gol os desclassificava.

E aos 46, no momento de desespero do Arsenal, o "check mate" do Liverpool: Fabregas cobrou o tradicional "chuveirinho" mas a zaga do Liverpool rebateu para a frente; a bola sobrou para Babel, que ganhou na corrida de Fabregas e chutou na saída de Almunia, dando o golpe de misericórdia no time do Arsenal.

No final das contas, o Arsenal acabou sendo traído pela sua defesa, assim como na Premier League. O começo da queda de rendimento do Arsenal começou quando o Birmingham empatou um jogo nos acréscimos após uma bobeira de Clichy e quando Senderos marcou contra no empate em casa contra o Aston Villa. Agora, o time perde após duas falhas de Senderos e uma de Toure; e assim a temporada do Arsenal vai indo pelo ralo...

domingo, 6 de abril de 2008

E a paz volta a reinar na Ferrari...

E a paz volta a reinar na Ferrari. Após ser duramente criticado durante 2 semanas, Felipe Massa venceu o GP do Bahrein e conquistou seus primeiros pontos nessa temporada. Massa foi seguido por seu companheiro de equipe Kimi Raikkonen e pelo polonês Robert Kubica (yeah!).

Mais uma vez a corrida teve seus grandes momentos nas primeiras voltas. Felipe largou melhor que Kubica e assumiu a primeira posição antes mesmo de completar a primeira curva, sem deixar o polonês sentir o gosto de liderar uma corrida após fazer sua 1º pole position. Mais atrás, Hamilton largou muito mal e perdeu muitas posições; Kovalainen, que largou em 5º, se aproveitou da mal largada de seu companheiro e ainda ultrapassou seu compatriota Raikkonen na primeira curva. Porém, Raikkonen recuperou sua posição ainda na metade da primeira volta.

A primeira volta ainda contou com o abandono de Vettel (os pilotos da Toro Rosso estão se revezando para ver quem sai na primeira volta; o próprio Vettel ficou na primeira curva na Austrália e Bourdais fez um passeio na brita da Malásia logo na primeira volta). E obviamente, a turma lá de trás ficou bem embolada: Fisichella ganhou 7 posições, enquanto Piquet ganhou 3, ao mesmo tempo que o inglês Jenson Button perdia várias posições.

Na segunda volta, Hamilton, tentando ganhar posições de qualquer jeito, acabou acertando seu bico na roda traseira de Alonso (viu bem Galvão? Alonso, não Nelsinho!) e perdeu mais posições ainda; acabou fazendo um pit stop não programado e caiu para a "excelente" 18º posição. Nelsinho também jogou sua boa largada no lixo ao rodar e perder algumas preciosas posições.

Com a mesma rapidez que Hamilton fez lambanças na corrida, Kubica perdeu sua posição para Raikkonen, num momento em que Galvão deve ter rezado para todos os santos, pedindo uma batida entre os 2. Falando em ultrapassagens, Heidfeld surpreendeu a todos ultrapassando Kovalainen, sem dar maiores chances para o finlandês recuperar sua posição.

A partir daí, a corrida não teve maiores atrações. O primeiro pit stop não trouxe alterações significativas. Enquanto Hamilton tentava ganhar posições, sem obter muito sucesso, Button forçou uma ultrapassagem em cima de Coulthard; os 2 se tocaram e Button levou a pior, saindo da prova. Muito se fala do azar de Raikkonen, mas azarado mesmo tem sido Button: é bom piloto, mas toda hora se envolve num acidente, ou o carro apresenta problemas...tá na hora de pedir uma proteção à rainha!

Poucas voltas antes do pit stop, Massa, que vinha fazendo corrida segura e correta, começou a ter sua diferença para Raikkonen reduzida; porém, o brasileiro não se desesperou, continuou fazendo voltas rápidas e fez seu segundo pit stop sem maiores problemas. Na volta do pit stop, ainda deu sorte de vários retardatários (ou "retardotários") estarem à frente de Kimi Raikkonen. A partir daí, Massa só administrou a vantagem para Raikkonen, enquanto Kubica ainda tentava, sem muito sucesso, pressionar o finlandês.

Mais algumas voltas e Felipe, depois de um bom banho de sal grosso e uma visita à Bahia, venceu o Gp do Bahrein de forma absoluta. Além do pódio já citado, Heidfeld terminou em 4º (colecionando vários pontos, como sempre), Kovalainen em 5º, Trulli em 6º (corrida discreta, mas catou pontos preciosos para a Toyota), Webber em 7º (fez boas largadas e ainda ganhou a posição de Rosberg nos boxes), e Rosberg em 8º. Rubinho fez outra corrida discreta, dividida em 2 partes: uma parte encaixotado atrás de Fisichella (ele só corre bem com carro ruim? hehe), e outra parte encaixotado atrás de Alonso. Hamilton terminou num decepcionante 13º, enquanto Nelsinho abandonou com problemas no câmbio (do qual ele já reclamava desde a volta de apresentação).

No pódio, uma imagem atípica: Felipe Massa não comemorou como de costume, mantendo uma fisionomia séria, embora de alívio; provavelmente quis mostrar que a vitória era uma resposta as duras críticas que sofreu durante 2 semanas, onde só faltaram botar Schumacher de volta no carro da Ferrari. E conseguiu, dominando quase todos os treinos e fazendo uma corrida quase perfeita: largou muito bem, quase não cometeu erros, e quando foi pressionado por Raikkonen, respondeu com voltas rápidas. Ótima maneira de acabar com as críticas, mas se bobear na Espanha, já sabe né Felipe....

OBS: Infelizmente não vou no Maracanã hoje ver Flamengo x Vasco, e consequentemente não poderei comentar nada sobre o jogo; dói muito no coração não ir ao Maracanã num jogo desses, mas é por uma boa causa: vou para um show de heavy metal, "as usual"..

sábado, 5 de abril de 2008

All aboard!

Quando os preços para o show de Ozzy Osbourne foram divulgados, pensei comigo mesmo: vou ou não vou nesse show? Afinal, a meia entrada da pista (santa UFRJ que me concede sua carteirinha de estudante) custava 90 reais; meu bolso, ainda detonado pela viagem a São Paulo para ver o Iron Maiden, "pediu arrego". Mas, com medo de não ter outra oportunidade para ver "the Madman" no futuro, por causa de sua idade avançada, decidi ir no show. Ainda bem que não me arrependi; para falar a verdade, o show foi melhor do que eu esperava.

Como saí da faculdade às 5 da tarde e só cheguei em casa às 6:20, não fiz o mínimo esforço para sair de casa correndo para ver o show do Black Label Society, banda que nunca curti muito; saí de casa exatamente na hora que a banda comandada por Zakk Wylde entrou no palco (7:30 da noite). Na verdade, fiz cálculos bem mais avançados: como iria para a Barra de noite e com chuva, pensei que iria demorar no mínimo uma hora para chegar no local. Infelizmente (ou felizmente, sei lá) estava errado e logo às 8:15 já estava na Arena Multiuso (ou HSBC Arena, como quiser). E logo quando cheguei e me acomodei na pista, o pior aconteceu: o Korn entrou em palco (que me desculpem os fãs da banda, mas já parei de ouvir isso há quase 7 anos). 1 hora de show inesquecível para os fãs de new metal e torturante para mim: na MINHA opinião, as músicas são bem chatinhas, e eu não acreditava que ouvia músicas como "Freak on a Leash", "Somebody Someone" e "Falling Away From Me" quando tinha meus 13 anos. Mas mesmo assim reprovei os gritos de "Ozzy, Ozzy" que aumentavam cada vez que o Korn anunciava mais uma música: falta de respeito com a banda e seus fãs.

50 minutos após o show do Korn as luzes finalmente se apagaram. Uma engraçada e longa introdução foi mostrada nos telões, com paródias de vários seriados, entre eles Lost e Família Soprano. Quando eu já começava a achar que a introdução seria mais longa que o show, finalmente a banda entrou no palco tocando "I Don’t Wanna Stop", música do último cd, "Black Rain". Uma boa música que, embora não tenha causado o efeito digno de uma abertura de um show, serviu para preparar o público para a trinca de clássicos que viria a seguir: "Bark at the Moon", "Suicide Solution" e "Mr. Crowley". Confesso que durante as 2 primeiras músicas citadas estava num misto de satisfação e preocupação: satisfação por estar ouvindo grandes hinos do heavy metal; preocupação porque as músicas pareciam estar mais lentas e arrastadas que suas versões originais. Isso porque Ozzy já está numa idade avançada e sua voz já está indo para o espaço; logo, as músicas pareciam mais lentas para que Ozzy as acompanhasse. Porém, isso não o impede que se comporte como um louco no palco, jogando baldes d’água no público, pedindo gritos do mesmo e até mostrando sua bunda (argh!)! Vale comentar também que o começo de "Bark at the Moon" foi bem embolado. Porém, esses problemas não tiraram a empolgação do público, principalmente durante a execução de "Mr. Crowley", que foi um dos ápices do show.

Depois dessa trinca, a banda tocou mais uma música do último cd, a mediana "Not Going Away". Ozzy pergunta se queremos ouvir músicas do Black Sabbath, e ao ouvir estrondosos gritos de "Yeah!" nos presenteia com "War Pigs", que foi cantada por todo o público presente no local. Durante esta música, imagens da Segunda Guerra Mundial passavam no telão, o que me fez parar de prestar atenção na performance da banda por um momento. Após o clássico do Black Sabbath, o show seguiu com a "Road to Nowhere", o que fez com que alguns isqueiros fossem acesos pela platéia.

"All Aboard, hahahaha!"; com esse grito de Ozzy, todos foram ao delírios, pois um de seus maiores clássicos seria executado naquele instante: "Crazy Train", que teve seu refrão ecoado pelos 4 cantos da HSBC Arena. Depois desse hino do heavy metal, um momento bem chato do show: o solo de guitarra de Zakk Wylde. Eu já não estava muito satisfeito com a atuação de Zakk; embora goste dele, seus solos estavam "sujos" demais, o que desagradou certa parte do público, como pode ser visto nos comentários do show em fórums da internet e no orkut. E essa "sujeira" no seu som contribuiu e muito para que eu considerasse seu solo de guitarra chato, além de longo. Mas tinha que ser longo, afinal, o Ozzy tinha que descansar né...

Na volta da banda ao palco, mais uma música do Black Sabbath foi tocada: desta vez, "Iron Man", que infelizmente foi cortada na hora do solo para ser emendada com "I Don’t Know". Gosto muito de "I Don’t Know", mas cortar justo a parte mais empolgante de "Iron Man" foi dose! Depois de alguns minutos decepcionado com essa atitude, Ozzy fez com que eu quase tivesse um enfarto ao anunciar "No More Tears", um de seus maiores clássicos da carreira solo; foi uma surpresa a música ter sido tocada, já que ela não vinha sendo tocada na turnê atual. Durante essa música, me lembrei da época em que tinha 12, 13 anos (sim, infelizmente a época em que ainda ouvia Korn), quando me arrumava para ir à escola com a tv ligada na MTV; como às 6 da manhã geralmente passavam clipes antigos e repetidos, muitas vezes me arrumei ouvindo "No More Tears", tendo assim meu primeiro contato com Ozzy Osbourne. Saindo do momento nostalgia (até porque isso só foi há 8 anos atrás), a música foi muito bem recebida pelo resto do público, que cantou o refrão a plenos pulmões; além disso, Zakk Wylde executou o solo com maestria (depois do seu solo de guitarra, tinha medo de que ele assassinasse o excelente solo desta música). Seguiram o show com mais uma baladinha, "Here for You", e saíram do palco após tocar "I Don’t Wanna Change the World".

A banda voltou para o bis tocando mais uma baladinha que tocava direto na extinta Rádio Cidade: "Mama I’m Coming Home". E depois dela, os riffs da guitarra de Zakk fizeram com que a arena viesse abaixo: estava sendo tocada o super-hiper-mega-maxi hino do heavy metal, "Paranoid"! Durante a metade a música, o momento polêmico do show...

Zakk Wylde, durante esta música, tem a tradição de deixar o público pegar na sua guitarra. Porém, alguém acabou puxando a guitarra e não a devolveu. Zakk, surpreso e desesperado, pulou em cima do público para pegar a guitarra de volta (na hora, pensei que era um stagedive, rs). Depois de muito custo...Zakk não conseguiu pegar a guitarra! Dessa maneira, Ozzy percebeu que Zakk não voltaria tão cedo ao palco e terminou a música só com baixo, bateria e vocal mesmo. Depois de muito custo e com a ajuda da truculência dos seguranças, Wylde recuperou sua guitarra, mas ela já estava quebrada. Ao ver o estado da mesma, o guitarrista a jogou bem longe, num ato de raiva e desespero. Ozzy ainda tentou acalmar Zakk rapidamente e o puxou para agradecer o público junto com o resto da banda, mas o clima da mesma se misturava entre a alegria de Ozzy e a raiva de Zakk na saída do palco.

No final, um bom show de heavy metal, que superou minhas expectativas iniciais; embora Ozzy já esteja velho, continua como um maluco endiabrado no palco. Agora, bem que o Black Sabbath podia dar as caras por aqui, ou com Ozzy ou com Dio...

Olha o polonês aí!

Que surpresa tive hoje de manhã: o polonês Robert Kubica, conseguiu sua primeira pole position na carreira! Além de ter feito uma volta bem rápida, contou com a sorte, já que Felipe Massa, que foi muito bem em todos os treinos livres, acabou cometendo um pequeno erro na sua volta mais rápida que fez com que ele perdesse alguns décimos preciosos na briga pela pole position.

Mesmo com essa pole position, não tenho muita certeza se o polonês vai conseguir sua primeira vitória na F-1 já amanhã. Creio que o carro dele está mais leve que as Ferraris e Mclarens (ano passado, suas estratégias de largar mais leve e fazer um pit stop a mais não deram certo); além disso, não sei se a BMW está tão poderosa a ponto de segurar as mesmas Ferraris e Mclarens na largada e andar no mesmo ritmo delas durante a corrida. Logo, Kubica terá muito trabalho para segurar o ímpeto dos favoritos que vêm logo atrás.

Mas que ele tem talento pra fazer isso, isso ele tem.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Balança e cai

"Não houve absolutamente nada".

Essa frase, reproduzida por um comentarista da Sportv durante o jogo River-PI x Botafogo quarta-feira passada, finalizou um comentário sobre mais uma tentativa frustrada do atacante Jorge Henrique em se jogar no chão para cavar uma falta. É incrível como nos últimos jogos o atacante do Botafogo vem se jogando no chão em qualquer lance que possa cavar uma falta ou um pênalti, coisa que vem irritando não só os torcedores dos outros times como comentaristas esportivos.

Jorge Henrique foi um dos principais jogadores do Botafogo ano passado. Voluntarioso, corria o campo todo, ajudando o time tanto na marcação quanto no ataque, formando um trio infernal com Dodô e Zé Roberto. Com a saída destes dois, tornou-se um dos principais jogadores do time neste ano, função que vem cumprindo muito bem.

Porém, nos últimos jogos o atacante vem se fazendo cada vez mais de vítima. Se no último jogo entre Botafogo e Flamengo conseguiu causar a expulsão (justa) de Jônatas e despertou a ira nos jogadores rubro-negros, nos jogos seguintes começou a mostrar habilidades dignas de um estudante de Artes Cênicas. Colecionou um grande repertório de gritos, quedas e rolamentos desnecessários cada vez que era tocado por um adversário, por mais leve que esse toque fosse; isso fez com que, além de não dar seguimento a várias jogadas de ataque do time, começasse a ficar mal-visto pelo Rio de Janeiro, com a fama de cai-cai.

É melhor que o camisa 7 do Botafogo tome cuidado. Sua "fama" conquistada nos últimos jogos já se espalhou pelo Rio de Janeiro, e com o início do Campeonato Brasileiro, fatalmente se espalhará pelo Brasil. Além de despertar a ira de jogadores e torcedores, os juízes também vão passar a ignorar suas freqüentes quedas, interpretando-as como tentativa de cavar faltas, até mesmo quando ele realmente sofrer uma. Sem contar que no 2º semestre o Botafogo vai jogar a Sul-Americana, competição que envolve diversos times da América do Sul; e os juízes de outros países não costumam marcar muitas faltas, a não ser que elas sejam escandalosas. Então, se Jorge Henrique não mudar sua atitude, terá sérios problemas durante o ano...

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Poderia ter sido melhor

Nos dois jogos que restavam da 1º rodada das quartas de finais da Liga dos Campeões, o Fenerbahce ganhou o Chelsea de virada por 2 a 1, enquanto Arsenal e Liverpool ficaram no 1 a 1. Mais uma vez, não tive poderes especiais para ver 2 partidas ao mesmo tempo, e preferi ver Arsenal x Liverpool.
Todos sabem que o Liverpool é um time que sempre prioriza a defesa, principalmente quando joga fora de casa: por isso, o time liderado por Gerrard esperava o Arsenal jogar e cometer algo erro para enfim criar um contra-ataque. Como o Arsenal é um time que prioriza o toque de bola e a paciência, o jogo começou bem morno, sem oportunidades de gols para ambos os times nos primeiros minutos.

Porém, as jogadas começaram a aparecer aos 20 minutos. Flamini achou uma brecha na zaga do Liverpool e tocou para Van Persie, que chutou sem perigo acima do gol de Reina. Mais 2 minutos e o Arsenal marcou seu gol: após cobrança de escanteio de Van Persie, Adebayor cabeceou sem chances pra Reina. Quem achou que o jogo finalmente ficaria interessante, já que o Liverpool teria que sair para o jogo e Arsenal poderia aproveitar possíveis brechas, se enganou: 3 minutos depois do gol do Arsenal, Gerrard roubou a bola de um jogador do Arsenal que tentava sair rapidamente da zaga, foi até a linha de fundo após quase deixar um zagueiro do time londrino torto e cruzou para a área: Kuyt apareceu entre dois jogadores do time adversário e conseguiu marcar o gol de empate.

E aí o jogo voltou a ficar bem morno. O Arsenal não encontrava espaços na forte marcação do Liverpool, além de persistir muito em jogadas pelo meio, talvez esperando algum passe genial de Fabregas ou uma boa jogada feita por Hleb ou Flamini; já o Liverpool mal ia para o ataque, e quando ia, era por meio de contra ataques, geralmente pelo lado esquerdo com Babel (Kuyt estava quase esquecido do lado direito).

Na volta para o segundo tempo, o Arsenal voltou com Walcott no lugar de Van Persie. O jovem inglês jogou bem aberto pela esquerda, tentando tirar proveito de sua velocidade para cima de Carragher e deixando Adebayor perdido e isolado no meio dos zagueiros do Arsenal (no primeiro tempo, Van Persie atuava próximo ao togolês, que assim não ficava tão isolado). Como o Liverpool já tinha em mãos o resultado que interessava, pouco se arriscava no ataque; porém, Walcott levava algum trabalho a meta de Reina, ora arriscando um chute perigoso, ora tentando armar jogadas para o isolado Adebayor.

E aí vieram 2 lances chaves do jogo. O primeiro aconteceu aos 20 minutos, quando Hleb, após fazer bela jogada, foi puxado claramente por Kuyt dentro da área, mas o juiz nada deu. E minutos depois, Adebayor, tentando jogar em cima de Carragher (Walcott já tinha sido deslocado para jogar no lado direito), cruzou e Fabregas conseguiu concluir a jogada: porém, o desengonçado Bendtner, que estava distraído em cima da linha, acabou desviando a bola que iria para o fundo das redes. Depois dessa chance perdida, o placar não poderia mudar mesmo; e como o Arsenal não conseguiu encontrar forças para criar outras boas jogadas, cedendo à forte marcação do time adversário, o jogo terminou empatado.

O Liverpool foi para Londres com a intenção de buscar um resultado que colocasse o time em uma condição confortável para o próximo jogo. A forte marcação do time de Anfield Road, sempre bem armada por Rafa Benitez, conseguiu arrancar um empate fora de casa. Infelizmente, às custas de um futebol feio, que tira parte do brilho do espetáculo e deixa decepcionados aqueles que sempre esperam um jogo cheio de emoção.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Sem surpresas

Não houve nenhuma surpresa nos 2 jogos de hoje da Liga dos Campeões: tanto Barcelona quanto o Manchester United, mesmo jogando fora de casa, venceram seus jogos e deram um grande passo para chegar às semifinais. Infelizmente não tenho o poder de ver 2 jogos ao mesmo tempo e só pude ver Roma x Manchester United.

Lembro que na última vez que comentei sobre a UCL neste blog disse que o Manchester United conseguiu sua vaga após um chocho 1 a 0 contra o Lyon. Ao ver a escalação do time inglês para o jogo de hoje, percebi que veria mais uma atuação burocrática dos "Red Devils": Fergunson surpreendeu ao escalar o sul-coreano Park (que, convenhamos, estava meio encostado em Old Trafford) e deixar Tevez no banco. Desta maneira, o meio campo ficou bem povoado, até porque o time não tinha nenhum atacante fixo: Rooney jogou pelo lado esquerdo, como um apoiador, e Cristiano Ronaldo jogou mais centralizado, mas não fazendo o papel de pivô e sim vindo de trás. A Roma vinha sem surpresas, já que Spaletti não dispõe de um elenco numeroso que o permita inventar muito: preferiu deixar Cicinho no banco, já que o lateral brasileiro ataca muito mais do que defende, e sem o ídolo Totti (machucado), escalou o que tinha de melhor para a posição: o montenegrino Vucinic.

Os primeiros minutos de jogo mostraram que o jogo seria truncado: o Manchester passaria a maior parte do jogo esperando o time italiano, tentando surpreender no ataque; já a Roma teria sérias dificuldades para furar a sólida e segura defesa inglesa. Com o decorrer do jogo, tive mais uma surpresa: Rooney estava marcando o lateral Cassetti até a defesa! E não foi mal nessa função, além de ter sido ajudado pelo fato de o lateral italiano ser bem limitado...

E assim o jogo seguia sem muita emoção. A Roma tentava chegar timidamente ao ataque pelas laterais, principalmente com Mancini; Vucinic tentava fazer algo lá na frente, chegando a concluir uma jogada com perigo, mas nada além disso. Já o Manchester mal chegava ao ataque, até porque o principal articulador de jogadas do time, Cristiano Ronaldo, estava meio sumido. Mas no final do primeiro tempo, mais exatamente aos 39 minutos o português finalmente apareceu; após um cruzamento de Scholes, Cristiano apareceu como uma flecha na área, pulando no 3º andar e cabeceando sem chances para Doni: 1 a 0 para os ingleses. Após esse lance, nada de muito interessante aconteceu no restante do 1º tempo.

O segundo tempo mostrava uma Roma bem diferente e determinada a reverter o placar; o time não mostrava grandes mudanças táticas, já que continuava a tentar jogar pelas pontas. Logo nos primeiros minutos, Tonetto e Panucci perderam grandes chances de marcar, principalmente o segundo. Mais alguns minutos e Spaletti trocou o apagado Taddei pelo veloz Giuly, que já entrou levando perigo ao gol de Van der Sar. Mas aos 21 minutos, Doni (tinha que ser...) soltou uma bola que parecia defensável após um cruzamento vindo da esquerda e Rooney, com o gol vazio, mandou para as redes.

E desta vez o time italiano realmente sentiu o gol. Tentou ir ao ataque desordenadamente, tentando furar a bem armada defesa do Manchester United. Porém, sem Totti e com Aquilani, Pizarro e De Rossi apagados, a Roma não tinha muitas opções. E ainda teve sorte em não tomar mais gols: o time inglês perdeu pelo menos 3 boas chances, com Carrick, Rooney e Cristiano Ronaldo.

Agora as coisas ficaram bem mais difíceis para o time italiano. Primeiro, porque o time inglês é dificílimo de ser batido em casa; segundo, porque a Roma precisa ganhar por pelo menos 2 gols para levar o jogo à prorrogação; e por último, se os italianos depositarem suas esperanças em Totti, é bom tirar o cavalinho da chuva: na temporada passada, ele já disse que não se sente nada bem jogando em campos ingleses. Aí complica...