quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Somente agora...

...se lembra que o 4º colocado do Campeonato Brasileiro não está totalmente classificado para a Libertadores, tendo que passar por um breve mata-mata para continuar na competição. Se derrotar o adversário, tudo bem, pode continuar a festa de estar na maior competição das Américas; se for derrotado, pode se preparar para as críticas porque o vexame não passará em branco por imprensa e torcedores.

E dessa vez é o Palmeiras que é obrigado a passar pelo risco de deixar a Libertadores mais cedo do que se pensava. O adversário, o Real Potosí, da Bolívia, a princípio não oferece muitos riscos, assim como os times da terra de Evo Morales. O que oferece riscos mesmo é a tão temida altitude que precisará ser encarada pela equipe de Luxa no jogo de volta.

Em 2007, Renato Augusto foi um dos jogadores do Fla que sofreu com a altitude de Potosí, precisando receber oxigênio enquanto a bola ainda rolava

Não é preciso ter memória de elefante para se lembrar das dificuldades enfrentadas pelos times brasileiros recentemente em Potosí. Tendo que encarar os efeitos da altitude, já que o estádio do time boliviano fica a praticamente 4000 metros acima do nível do mar, o Flamengo sofreu para empatar por 2 a 2 em 2007, num jogo em que o time carioca conseguiu o empate quase por milagre, e o Cruzeiro foi goleado por 5 a 1 no ano passado; em ambos os jogos vários jogadores das equipes brasileiras se sentiram (muito) mal, e não era incomum ouvir dos jogadores que jogar em tal lugar era algo desumano.

Por sorte, o alviverde paulista jogará sua primeira partida em casa, na quinta-feira; por azar, não entrará em campo 100%, já que jogou ontem pelo Campeonato Paulista, logo não terá tempo suficiente para descansar. Mesmo assim, o Palmeiras precisa se doar ao máximo em campo e garantir um bom resultado que permita ao time jogar com maior tranqüilidade fora de casa, sem a obrigação de conseguir um ótimo resultado, pois a altitude de Potosí já se mostrou uma grande inimiga dos adversários que não estão acostumados com tal situação e pode ser um peso a mais caso a equipe precise de um bom resultado. O Palmeiras não pode nem pensar em ficar sem essa vaga na Libertadores: além de virar alvo de críticas, teria o primeiro semestre muito prejudicado, sem disputar nem a Libertadores nem a Copa do Brasil, tendo que se contentar apenas com o Paulistão, que cá para nós, dentro das circunstâncias seria no máximo um prêmio de consolação.

Foto: globoesporte.com

5 comentários:

Vinicius Grissi disse...

O Palmeiras tem que arrebentar no jogo de quinta. Abrir NO MINIMO dois gols para ter tranquilidade na altitude. Vai ser um duelo complicado, e de fato, uma derrota joga todo o planejamennto do ano por água abaixo.

Anônimo disse...

Esse negócio de jogar na altitude é um problema mesmo, mas não sou contra, acho que o time local leva uma certa vatagem mas sería sacanagem proibi-lo de jogar em sua própria casa.... pois eles não tem culpa das circunstâncias.....

Anônimo disse...

Acho que o Palmeiras não terá dificuldades no jogo de ida, pois os bolivianos, e os times que jogam na altura em geral, não têm o mesmo rendimento ao nível do mar.

Espero que o Palmeiras passe à fase de grupos, porque pode dar muito mais à competição que o Real Potosí.

Abraço Leandrus.

Leandrus disse...

Breves comentários:

Vinicius, e o Palmeiras tem elenco para fazer um grande resultado no jogo de ida. E ainda tem o fato de a maioria dos times bolivianos serem fracos, e o Potosí não é exceção.

Netesportes, é uma questão complicada, pois os jogadores que não estão acostumados passam por maus bocados, mas também acho injusto eles não terem o direito de jogarem em casa.

Alex, sem dúvidas: muito melhor ver o Palmeiras na competição do que um time que geralmente só perde fora e consegue alguma coisa dentro de casa somente por ter a altitude ao seu lado.

Ateh!

Daniel Leite disse...

Preocuparia mais se o Palmeiras tivesse começado a temporada em ritmo de pagode do Luxemburgo. Pelo menos, a equipe está atuando de maneira veloz e com alguma eficácia ofensiva. É também um conforto a forma como a defesa tem jogado. Maurício Ramos é muito bom.

Até mais!