quinta-feira, 1 de maio de 2008

Flamengo e Cruzeiro na Libertadores

Depois de uns dias ausentes (aproveitei a “trégua” nos estudos e resolvi uns probleminhas), consegui ver uns jogos da Libertadores hoje. O Flamengo conseguiu ótimo resultado no México (mesmo tendo perdido muitos gols), vencendo por 4 a 2, enquanto o Cruzeiro, que esteve a beira de tomar uma goleada, perdeu apenas por 2 a 1 e tem boas chances de passar para as quartas de finais.

América-MEX x Flamengo: Joel acabou deixando Léo Moura e Toró no banco, sendo substituídos por Luizinho e Jaílton, respectivamente. Embora o Flamengo tenha tido a primeira grande chance de gol da partida, aos 2 minutos, em cabeçada perigosa de Marcinho, era evidente que o time da Gávea priorizaria sua defesa, atacando somente quando se sentisse seguro. E o Fla marcava muito bem, sem dar chances ao time mexicano de penetrar na grande área rubro-negra; o time ainda arriscava algumas jogadas no ataque, mas lento, não levava muito perigo ao gol de Ochoa. Aos 24 minutos, a zaga rubro-negra falhou pela primeira vez: Fábio Luciano escorregou ao tentar cortar um passe, Rojas foi até a linha de fundo, cruzou, mas nenhum atacante do América conseguiu concluir a jogada.

Se o Fla ainda conseguia chegar ao ataque até metade do primeiro tempo, os ataques do time carioca se tornaram raríssimos a partir dos 30 minutos; por sorte, o América também esfriou os ânimos e passou a atacar menos.

Mas aos 43 minutos, após rápida reposição de Bruno, Marcinho foi levando a bola até a grande área, driblou o lento Sebá (lembram-se dele no Corinthians?) e chutou: a bola foi desviada e Ochoa nada pode fazer para impedir o gol. Mas o América foi rápido e 2 minutos depois marcou o gol de empate: após cobrança de escanteio, Cervantes (não o que escreveu “Dom Quixote”) ganhou no alto de Fábio Luciano e deixou tudo igual.

O Fla voltou com Obina e Léo Moura nos lugares de Souza e Juan. Dos 10 aos 23 minutos, o jogo teve milhares de lances de perigo. Do lado do América, que vinha cada vez mais se lançando no ataque, Cabañas e Higuain perderam boas chances, sem contar o lance em que Bruno saiu mal do gol e Leo Moura cortou em cima da linha. Quanto ao Flamengo, Obina e Ibson perderam boas chances, sem contar um lance lindo de Leo Moura em que o lateral driblou 3 adversários e chutou na trave. Era difícil dizer quem vinha melhor na partida, pois o América se lançava muito ao ataque, tendo Cabañas como destaque, enquanto o Fla apostava nos contra ataques, com Leo Moura, Marcinho, Klebérson (que finalmente jogou bem) e Obina dando trabalho à zaga mexicana. De se destacar, o impressionante número de gols perdidos pelo Flamengo, que certamente levou Joel à loucura.

Mas aos 24 minutos, o Fla finalmente chegou ao 2º gol: Ibson iniciou contra ataque, Obina foi levando a bola até a grande área até a passagem de Marcinho, que, ao receber, chutou cruzado para marcar seu segundo gol. Mas a alegria do time rubro-negro durou pouco, mais exatamente 2 minutos; após falha feia da zaga rubro-negra, Mosqueda concluiu para as redes.

O América cresceu no jogo e levou muito perigo por mais de 10 minutos. Mas já aos 43 minutos, após chute na trave de Obina, Leo Moura pegou o rebote e tocou para Tardelli, livre, marcar o gol de desempate. Desta vez, time da Gávea finalmente se fechou, não levou o gol de empate, e ainda marcou o 4º gol: Leo Moura (que fez excelente partida) iniciou a jogada dando uma arrancada, tabelou com Ibson, e, ao receber a bola, tocou por cobertura na saída de Ochoa, para alívio de um ofegante Joel Santana, numa cena hilária.


Boca Juniors x Cruzeiro: O Cruzeiro já começou o jogo em más lençóis: aos 6 minutos, os jogadores do Boca deitaram e rolaram na ala direita e, após cruzamento vindo desta ala, Riquelme, sem muito esforço, conclui para as redes, marcando o primeiro gol.

O time mineiro ainda esboçou uma reação, mas, totalmente perdido, errava muitos passes; além disso, os jogadores estavam muito distantes um do outro, o que obviamente atrapalhava o seguimento dos lances. Assim, o time argentino, que havia aliviado o ritmo depois do gol, começou a explorar os espaços deixados pelo time mineiro, criando ataques perigosos: se Palermo tivesse com a pontaria afiada, o Cruzeiro poderia acabar o primeiro tempo em ampla desvantagem.

O Cruzeiro voltou pior ainda para o segundo tempo. Em 4 minutos, 3 grandes chances foram criadas pelo Boca Juniors: aos 3 minutos, num ataque muito rápido e com a zaga mineira fora da tomada, Palermo perdeu gol frente a frente com Fábio; um minuto depois, após saída errada do Cruzeiro, Palacios finalizou por cima do gol; e aos 6, após falha de Fábio, Palermo perdeu nova chance. O time celeste estava desligadíssimo, as laterais estavam totalmente expostas, e mesmo assim o Boca brincava de perder gols.

Mas Dátolo mostrou que se Palermo não queria fazer gols, ele queria: após drible lindo em Thiago Heleno, o meio campista fuzilou o gol de Fábio, marcando o segundo gol do time argentino.

Aos 21 minutos, finalmente o Cruzeiro levou algum perigo, quando Ramires recebeu do isoladíssimo Marcelo Moreno e chutou para boa defesa do goleiro Caranta. Mas era quase impossível para o Cruzeiro chegar ao ataque, já que o time chegava com pouquíssimos jogadores no ataque, sem conseguir dar seguimento às jogadas. Minutos depois, o time da casa quase marcou o terceiro: Palermo apareceu por trás da zaga celeste e acabou tocando na trave.

Mas o Cruzeiro acabou achando um gol, literalmente: Fabrício, após cobrança de escanteio, chutou de muito longe, a bola sofreu um leve desvio e morreu no fundo do gol. O Boca acabou sentindo o gol, o Cruzeiro ainda tentou marcar mais um gol, mas a reação ficou por aí, até porque o Boca voltou a ter o domínio do jogo nos últimos minutos, mas não obteve muito sucesso.

OBS: Não pude assistir a esses jogos, mas de se destacar também os bons resultados de Fluminense (2 a 1 em cima do Atlético Nacional) e São Paulo (empate sem gols com o Nacional-URU), ambos fora de casa.

3 comentários:

Felipe Hammes Rodrigues disse...

Extraordinário resultado obtido pelo Flamengo. Dois gols de vantagem e quatro gols marcados. Contra um time tradicional, depois de uma longa e cansativa viagem e em território inimigo, o Mengão se superou. Classificação praticamente garantida.

E o Cruzeiro conseguiu marcar um gol muito importante, que lhe dá muito ânimo ao jogo de volta. Poderia até ter empatado, mas já foi um resultado importante. Totais condições para vencer o Boca Junior no Mineirão.

Daniel Leite disse...

O Flamengo já se classificou. Não só pela fase tenebrosa do América, último colocado no México, mas também pelo futebol alegre e mais ofensivo. Léo Moura jogou muito. Marcinho, também. Agora é pensar no Botafogo e nas quartas.

PS.: Sebá? Dio Mio!


Já o Cruzeiro, não foi bem mesmo. O Boca criou chances demais, e o gol "arrumado" pelos mineiros no fim fez do resultado um lucro total. Se jogar assim novamente, o Boca atropela, no Mineirão. Mas acho que o Cruzeiro melhora e briga por uma vitória. Será uma grande disputa.

Até mais!

Leandrus disse...

Breves comentários:

Felipe, realmente, o Cruzeiro poderia ter empatado. Mas a reação do time mineiro ficou para os 10 minutos finais; pouco para os quase 75 minutos de pressão do Boca. Quanto ao Flamengo, a expressão de alívio do Joel mostra o comforto obtido para o jogo de volta.

Daniel, agora é esperar que o Professor Pardal não invente muito e escale o melhor Cruzeiro que puder. Se deixar a defesa no mano a mano com o ataque do Boca e as laterais expostas, o time argentino vai marcar bem rapidinho e vai complicar a o vida do time celeste...