
Os espectadores da partida entre Brasil e Equador, disputada em Quito, estiveram muito perto de ver um dos resultados mais injustos da história do futebol nos últimos tempos. Afinal, a Seleção nunca foi superior ao adversário durante os 90 minutos de jogo e não merecia a vitória nem por decreto. Pode-se dizer que o empate, de um gol para cada lado, foi mesmo o melhor resultado.
O Brasil só não saiu derrotado por causa de dois fatores. O primeiro deles foi Júlio César. O goleiro da Inter de Milão provou no domingo porque é considerado um dos melhores da sua posição no momento (no mínimo está entre os 5 primeiros). Com intervenções salvadoras, o camisa 1 da Seleção livrou a equipe de Dunga de um resultado até mesmo vexatório. Através de atuações como essa, mostra que cada vez mais está atingindo seu auge e se livrando do rótulo de ótimo goleiro mas sujeito a falhas terríveis a qualquer momento, algo que acontecia muito quando defendia o Flamengo. Foi disparado o melhor do jogo, e talvez o único que tenha atuado realmente bem pelo time visitante.
E o outro fator foi a pontaria. Aliás, como chuta mal essa seleção equatoriana! Me lembrou a equipe colombiana, que em outubro do ano passado chegou a dar sufoco na seleção brasileira em pleno Maracanã e só não saiu de lá com a vitória porque também pecou demais nas finalizações. Perdi a conta das vezes em que os jogadores da equipe da casa desperdiçaram chances incríveis, até mesmo nos momentos em que Júlio estava batido, ou cobraram muito mal faltas próximo a área, mandando a bola para longe. O que eles tinham de velocidade e empenho tinham de incompetência para mandar a bola para as redes. E só não disse anteriormente que o resultado justo seria a vitória do Equador porque os inúmeros gols perdidos serviram de castigo a eles.
Mas não há como deixar de falar sobre a má atuação brasileira. Parecia que a equipe de camisa azul era time pequeno, tamanho bombardeio a recuada Seleção tomava. Deu inúmeros espaços no primeiro tempo (o meio campo foi uma verdadeira mãe), cedeu várias vezes à forte marcação imposta pelos adversários, que não temiam em chegar duro nas jogadas, e mal conseguiu trocar passes, sempre dando a bola de presente para o Equador armar uma nova jogada; continuou sendo pressionado no segundo, e mal aproveitou os poucos contra ataques que tinha a sua disposição, mesmo em situações de mano a mano. A situação melhorou um pouco com a entrada de Julio Baptista, que, por se destacar pelo seu porte físico, incentivou mais ataques surpreendentes, como pode ser visto no gol brasileiro. Mesmo assim, o aproveitamento foi muito abaixo das expectativas. A altitude não serve de desculpa para a sonolência e lentidão da Seleção em campo, pois o que se viu foi apatia mesmo.
E falando em ataque, como deixar de lado o pífio desempenho de Ronaldinho Gaúcho? Uma partida simplesmente pavorosa; quem ficou 10 anos fora do planeta Terra não iria imaginar nem em sonhos mais distantes que aquele já foi considerado duas vezes o melhor do mundo. Assim como boa parte da Seleção, esteve apático, mas ele parecia o pior: não corria, perdia bolas fáceis, enfim, parecia totalmente disperso do jogo. Robinho pouco fez. E então Luis Fabiano ficou isolado no ataque, sem ser municiado durante boa parte do jogo.
A Seleção precisa melhorar e muito, pois talvez nem na derrota para o Paraguai a equipe de Dunga tenha atuado tão mal assim. O Brasil que entrou em campo ontem não parecia Brasil nem aqui, nem no Equador, nem na China; e dessa maneira, nem na África do Sul vai parecer.
Foto: www.cbf.com.br
O Brasil só não saiu derrotado por causa de dois fatores. O primeiro deles foi Júlio César. O goleiro da Inter de Milão provou no domingo porque é considerado um dos melhores da sua posição no momento (no mínimo está entre os 5 primeiros). Com intervenções salvadoras, o camisa 1 da Seleção livrou a equipe de Dunga de um resultado até mesmo vexatório. Através de atuações como essa, mostra que cada vez mais está atingindo seu auge e se livrando do rótulo de ótimo goleiro mas sujeito a falhas terríveis a qualquer momento, algo que acontecia muito quando defendia o Flamengo. Foi disparado o melhor do jogo, e talvez o único que tenha atuado realmente bem pelo time visitante.
E o outro fator foi a pontaria. Aliás, como chuta mal essa seleção equatoriana! Me lembrou a equipe colombiana, que em outubro do ano passado chegou a dar sufoco na seleção brasileira em pleno Maracanã e só não saiu de lá com a vitória porque também pecou demais nas finalizações. Perdi a conta das vezes em que os jogadores da equipe da casa desperdiçaram chances incríveis, até mesmo nos momentos em que Júlio estava batido, ou cobraram muito mal faltas próximo a área, mandando a bola para longe. O que eles tinham de velocidade e empenho tinham de incompetência para mandar a bola para as redes. E só não disse anteriormente que o resultado justo seria a vitória do Equador porque os inúmeros gols perdidos serviram de castigo a eles.
Mas não há como deixar de falar sobre a má atuação brasileira. Parecia que a equipe de camisa azul era time pequeno, tamanho bombardeio a recuada Seleção tomava. Deu inúmeros espaços no primeiro tempo (o meio campo foi uma verdadeira mãe), cedeu várias vezes à forte marcação imposta pelos adversários, que não temiam em chegar duro nas jogadas, e mal conseguiu trocar passes, sempre dando a bola de presente para o Equador armar uma nova jogada; continuou sendo pressionado no segundo, e mal aproveitou os poucos contra ataques que tinha a sua disposição, mesmo em situações de mano a mano. A situação melhorou um pouco com a entrada de Julio Baptista, que, por se destacar pelo seu porte físico, incentivou mais ataques surpreendentes, como pode ser visto no gol brasileiro. Mesmo assim, o aproveitamento foi muito abaixo das expectativas. A altitude não serve de desculpa para a sonolência e lentidão da Seleção em campo, pois o que se viu foi apatia mesmo.
E falando em ataque, como deixar de lado o pífio desempenho de Ronaldinho Gaúcho? Uma partida simplesmente pavorosa; quem ficou 10 anos fora do planeta Terra não iria imaginar nem em sonhos mais distantes que aquele já foi considerado duas vezes o melhor do mundo. Assim como boa parte da Seleção, esteve apático, mas ele parecia o pior: não corria, perdia bolas fáceis, enfim, parecia totalmente disperso do jogo. Robinho pouco fez. E então Luis Fabiano ficou isolado no ataque, sem ser municiado durante boa parte do jogo.
A Seleção precisa melhorar e muito, pois talvez nem na derrota para o Paraguai a equipe de Dunga tenha atuado tão mal assim. O Brasil que entrou em campo ontem não parecia Brasil nem aqui, nem no Equador, nem na China; e dessa maneira, nem na África do Sul vai parecer.