quarta-feira, 1 de outubro de 2008

As "loucuras" de Wenger

No jogo de ontem pela Liga dos Campeões, o Arsenal derrotou impiedosamente o Porto por 4 a 0. Se no começo do jogo o time português mostrou que poderia dificultar a vida dos Gunners, o segundo tempo mostrou que o time de Wenger poderia ter vencido por um placar ainda mais elástico. Van Persie marcou duas vezes, enquanto Adebayor marcou outros dois. Fabregas, como sempre, foi o maestro do time, mostrando que existe um Arsenal com ele e outro sem.

Mas queria falar sobre esses dois últimos jogadores citados. Ambos tiveram a ingrata missão de substituírem ídolos no Arsenal: enquanto Fabregas substituiu Patrick Viera, Adebayor substituiu ninguém menos que Thierry Henry, um dos ícones da história recente do clube.

Realmente, era uma grande responsabilidade, tanto para Wenger quanto para os jovens jogadores. Afinal, um técnico tem de ser muito corajoso para vender um dos meio campistas mais completos do mundo, que marcava e atacava com uma eficiência impressionante, para apostar num jovem talento espanhol, da mesma maneira que é preciso ter peito para vender um jogador considerado um dos melhores atacantes do mundo, com uma frieza enorme para finalizar e uma velocidade absurda, para apostar num jovem atacante que dava a impressão de ser mais um daqueles atacantes “trombadores”.

Palmas para Wenger. Acreditou nos jovens talentos e desenvolveu dois dos jogadores mais importantes da Europa atualmente. Fabregas rapidamente dominou o meio campo do Arsenal. Viera se transferiu para a Juventus na temporada 2005-06 e ainda naquela temporada voltou à casa do Arsenal pelas quartas-de-finais da Liga dos Campeões: além de ver seu time perder, viu o jovem espanhol levar o time londrino à vitória pelo placar de 2 a 0, marcando até o 2º gol. Como já citei, o time já é dependente do espanhol: sem o jovem de 21 anos em campo, perde muito em qualidade e chega a passar por grandes dificuldades na armação de jogadas. No momento, não está num nível inferior ao do francês.

Quanto a Adebayor, ainda há aqueles que não acreditem no seu talento, mas é fato que o togolês cresceu muito desde a saída de Henry. Embora ainda perca algumas chances incríveis de vez em quando, tornou-se muito mais decisivo; e além de ser um perigo nas jogadas aéreas, também dá serve seus companheiros, dando assistências decisivas, como no 1º gol de Van Persie no jogo contra o Porto. Não é um ícone como Henry era, mas é de grande importância para o time, formando uma ótima dupla de ataque com o holandês.

Se Wenger poderia ser considerado um louco em vender Viera e Henry e confiar em Fabregas e Adebayor, hoje poucos pensam em tal coisa. E o técnico até parece ter feito um bom negócio: o meia não chegou a reeditar suas ótimas atuações na Itália, e o atacante não é nem sombra do que foi no Arsenal jogando pelo Barcelona. Enquanto isso, o espanhol já é considerado um dos grandes jogadores da posição, e o togolês quase se transferiu para o Milan, por um preço de aproximadamente 30 milhões de euros. Bem mais do que os 3 milhões gastos pelo Arsenal para tirá-lo do Monaco em 2006.

Foto: www.bbc.co.uk

4 comentários:

Vinicius Grissi disse...

Não sei qual a participação do Wenger neste caso. Henry, principalmente, e Vieira queriam sair do time, para buscar novos voos. E não havia opção no mercado, cabendo ao Arsenal confiar nos jovens. É um bom time, interessante. Mas que não deve ir muito longe nos campeonatos. Ontem, venceu o Porto, com extrema facilidade. Mas os portugueses foram mal.

Anônimo disse...

Parece que o Arsenal desse ano está bem melhor do que o do ano passado, devem dar trabalho por aí..... e só consegui ver o final do jogo do Chelsea, até que foi bem movimentado nos últimos minutos !!!

Leandrus disse...

Vinicius, Wenger sempre teve sua política de apostar nos jovens. Sem ou com opções no mercado, são poucas as vezes em que ele contrata alguém do nível parecido dos jogadores que saíram. No caso de Viera-Fabregas não era preciso, pois o espanhol já até jogava pelo Arsenal; no caso de Henry, ninguém achou que Adebayor fosse substituir tão bem o francês.

Acho que falta experiência para chegar longe na Liga dos Campeões, mas o time também não era dos melhores em 2006, quando chegou a final da competição. E acho que o time tem boas chances de lutar por algo na Premier League. Não é favorito como Chelsea e Man Utd, mas também deve ser temido, como o Liverpool.

GiglioF1 disse...

Leandro,

aqui da terrinha.........

O Porto nao é um time dos mais simpaticos aqui em Portugal... e levaram uma lavada...

Mas vao se levantar...um dia...
Abraco!!!