terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Ô espécie chata!

E mais uma vez Robinho deu mais uma “daquelas” declarações. Segundo o jogador, ao falar sobre o Real Madrid, lá ele nunca poderia ser o melhor do mundo, tampouco o artilheiro.

Mas seria bom saber de onde Robinho tira tanta mágoa do Real Madrid. Contratado a peso de ouro e sob total confiança do técnico Vanderlei Luxemburgo e perspectiva de ser o melhor do mundo dentro de poucos anos, o ex-santista não chegou a ser aquilo que botaram na cabeça dele, e cá pra nós, até poderia ser: um jogador excepcional e fora de série. A passagem do jogador pelo clube espanhol ficou marcada pela sua irregularidade: quando se pensava que iria engrenar após algumas excelentes atuações, o agora jogador do Manchester City voltava a sumir em alguns jogos, ficando até no banco em algumas partidas. Ou seja: Robinho teve suas chances no clube, mas nem sempre as aproveitou. Simples assim.

Robinho é apenas mais um daqueles brasileiros que se sentem um dos jogadores mais injustiçados do mundo. E ô espécie chata, hein! São jogadores que, atraídos pela chance de ganhar mais dinheiro, entre outras coisas, saem dos seus clubes brasileiros logo que podem; Thiago Neves saiu do Fluminense no ano passado dias após fazer juras de amor ao clube e dizer que o ajudaria a não cair no Brasileirão. E em pouco tempo choram pedindo para voltar, ou então forçam transferências para outros clubes europeus, dando mil desculpas para seus recentes fracassos.

Thiago Neves deixou o Fluminense na mão no meio do Brasileirão, fracassou no Hamburgo e, ao invés de lutar por uma vaga no time, preferiu deixar de ir aos treinos e forçar uma transferência

Engraçado é que as vezes o jogador nem sabe para onde está indo. O lateral Gabriel, por exemplo, saiu do Fluminense em 2005, quando era cotado até para a Seleção, dizendo que tinha propostas da Espanha; mal sabia ele que a proposta era do último colocado da Liga, o Málaga; obviamente, rapidamente deixou o clube. Quando chegam ao seu novo clube, as reclamações são das mais diversas: ou não suportam o frio, ou não são bem aceitos pelo treinador, ou sentem saudade da família, ou não se adaptam ao estilo do futebol local. Jô, agora emprestado ao Everton, usa a última desculpa como causa da falta de chances no Manchester City; porém, não diz que passou a ser visto de outra forma pelo técnico após ter faltado um treino por ter ido para a balada um dia antes...

O pensamento é simples: por exemplo, se sabem que não suportarão o frio, porque saem? Se aqueles que se transferem para Rússia ou Ucrânia, por exemplo, pensassem nisso, não pediriam para voltar um ano depois; ora, façam uma pesquisa na internet e saibam que o frio lá é rigoroso! E aqueles que dizem que não são bem aceitos pelo treinador? Zé Roberto voltou ao Brasil dizendo que o treinador não lhe dava chances no Schalke 04 após passar um tempo contundido: então, porque não se esforçou ao máximo nos treinos ou nas poucas partidas em que entrou para mostrar que possui talento para ser titular?

E o pior de tudo é que fazem uma pirraça digna de criança de 5 anos para saírem de seus clubes e, geralmente, voltarem ao Brasil. Thiago Neves, por exemplo, deixou de ir aos treinos do Hamburgo. Vagner Love forçou sua saída do CSKA diversas vezes, sendo sempre mal sucedido e virando eterno reforço de equipes brasileiras. E pior, voltam ganhando a mesma quantia que recebiam em seus clubes no exterior, aumentando ainda mais a folha salarial dos clubes e piorando a situação financeira daqueles que não estão preparados.

Desse jeito, o jogador brasileiro vai ficar com o filme queimado lá fora. E bem que esses jogadores acomodados que preferem não disputar seu lugar ao sol poderiam ter umas aulinhas com Carlos Tevez. Quando o argentino foi para a Europa, ficou no modesto West Ham: depois de muito lutar para se adaptar ao futebol inglês, marcando seu primeiro gol no clube seis meses após estrear e depois de ficar várias partidas esquentando o banco, ajudou o clube a não cair, marcando 6 gols nos últimos jogos, sendo que o último deles foi o que livrou o time para o qual Steve Harris torce do rebaixamento na última rodada, contra o Manchester United em pleno Old Trafford. Agora, o jogador segue tranquilamente no próprio United, e ainda é cobiçado por diversos clubes europeus.

Foto: www.bundesliga.de

8 comentários:

Anônimo disse...

Rapaz, assinar contrato com um clube sem ter a mínima idéia da situação dele, é brincadeira. Os brasileiros complicam a própria vida à toa, sem razão verdadeira. Pelas atitudes que tomam, e as idiotices que dizem e fazem, parece que não pensam, que não têm cérebro.

O pior é que muitos querem titularidade sem merecer. Ridículo. O Ronaldinho me decepcionou muito. Primeiro ele foi pro banco pra dar lugar ao Beckham, mas na partida contra o Genoa ele entrou e quase não correu, não procurou a bola, não fez nada que justificasse sua presença em campo. E agora vem o irmão dele pedir satisfações ao técnico Ancelotti. Façam-me o favor! Vão jogar futebol, seus folgados!

Deveriam mesmo seguir o exemplo de Tevez, que se esforça ao máximo em cada jogo, mesmo quando parecia que ele ia sair do clube.

Abraço Leandrus.

Daniel Leite disse...

Leandrus, não haveria título melhor para descrever esta matéria e, também, o sentimento de quem acompanha futebol.

Esta "espécie chata" não sabe, por exemplo, que contratos são documentos que, mediante assinatura, demandam compromisso.

O que leva um jogador de destaque a assinar por cinco anos com um clube da Rússia? Obviamente, são o dinheiro e a ânsia de contar para os amigos que "saiu do Brasil". Ponte para grandes centros o Leste Europeu pode até ser, mas nada que vá além dos próprios grandes times nacionais.

E o pior de tudo é a "pompa" com que retornam (se bem que de pompa quem entende é o até-ontem-desconhecido Pimpão).

Zé Roberto e Thiago Neves, por exemplo, estão de palhaçada. Eles "conseguiram" não jogar na Bundesliga, torneio no qual Dedé é "rei" (todo mundo que já jogou Football Manager sabe o quanto era - e talvez ainda seja - bom o lateral-esquerdo do Borussia Dortmund).

Pessoalmente, acredito que os "repatriados forçados" deveriam voltar com plena humildade e assumindo a condição de filho pródigo.

Sobre uma outra vertente da "espécie chata", Robinho prova que o seu senso coletivo é tão grande quanto a chance do Real Madrid ganhar a Liga Espanhola. Se eu tivesse inventado o bendito "Troféu PDMB" agora, o atacante do City iria dar um trabalhão ao Adriano.

Até mais!

Anônimo disse...

Essa pirraça que fazem é ridícularmente ridícula !!! como você falou parecem crianças de 5 anos, a capa da Veja dessa semana ilustrou perfeitamente isso ....... acho que no fundo é o dinheiro que faz a diferença, os caras acham que são os reis do mundo e podem fazer o que quiserem, perdem o senso de responsabilidade....

Vinicius Grissi disse...

O jogador brasileiro está se queimando com os principais clubes do futebol europeu. Como disse o Pelé (finalmente algo que preste!) daqui uns dias ninguém vai contratar brasileiro mais. Estão ficando com fama de mimados.

Loucos por F-1 disse...

Xará, o Robinho é um exemplo claríssimo de uma "ô espécie chata". Não sei como ele pôde afirmar que não poderia ser o melhor do mundo em Madrid? E ele acha que no Manchester City poderá ser?

Na verdade o que interessa a esses jogadores são as possibilidades de ganhar mais dinheiro, independente do clube. Preferem sumir num futebol ucraniano da vida do que esperar um pouco e conseguir algo melhor. E quando não conseguem nada lá fora ficam chorando querendo voltar.

Tinha que existir alguma tipo de lei que estipula um prazo mínimo para o jogador ficar fora do Brasil. Saiu então você não volta a jogar aqui no prazo de 1 ano. Aí essa palhaçada acaba.

Abraços!

Leandro Montianele

Marcos Antonio disse...

Por isso que existem muitos argentinos nos times europeus.São raros os que voltam,e quando voltam é que já estão na casa dos trinta e tal...Jogador brasileiro, por sempre ser titular no time no brasil, acha que vai ser a mesma coisa na europa.Tem que ter mais profisionalismo desses "Atletas"

Leandrus disse...

Breves comentários:

Alex, e esse típico brasileiro citado por você provavelmente é aquele sem base alguma, que se deslumbra com tanto dinheiro pela frente e começa a tomar várias atitudes precipitadas.
Quanto ao Ronaldinho, eu não consigo acreditar que um cara que há uns 3 ou 4 anos atrás era o melhor do mundo, que incendiava os jogos com seus dribles rápidos e uma velocidade impressionante, sempre partindo para cima dos adversários, agora seja um simples jogador que fica isolado numa das pontas do campo, parado esperando a bola, para apenas fazer ou tentar um cruzamento ou alguma tabela. Realmente muito estranho.

Daniel, não acredito mais nessa história de ponte para clubes europeus. Vejo sim uma ponte para voltar para o Brasil ganhando salários absurdos. Me lembro de poucos jogadores saindo de Rússia ou Ucrânia para os grandes campeonatos europeus, como Elano e Jô. Nomes promissores como Vagner Love e Jadson já estão a um bom tempo no Leste Europeu e só ouço falar que eles podem voltar para a terra natal.
Quanto ao Thiago Neves, vi no site Trivela.com o que o técnico do Hamburgo Martin Jol disse a respeito dele: "Por isso, disse ao Thiago que era melhor ele ficar em casa. Posso compreender a atração que sente por Copacabana, mas não entendo a desistência logo após o primeiro obstáculo". Já deu pra mostrar o quão acomodado foi o agora jogador do Flu né?

Netesportes, reis do mundo mesmo. Sabem que sempre vai ter um clube brasileiro querendo repatriá-los, alguém pra passar a mão na cabeça deles, e por aí vai...

Vinicius, finalmente Pelé falou uma verdade né! E é fato, a fama de mimado e de acomodado dos brasileiros vai crescer ainda mais. Daqui a pouco vai ter muito jogador com ainda 26, 27 anos com as portas fechadas na Europa por isso (tipo um Carlos Alberto...)

Leandro, acho que a lei já será um pouco radical, rs. O que tem que haver é mesmo bom senso dos jogadores, o que é difícil, já que eles não tem a cabeça boa e, além disso, ainda são pressionados pelos empresários, que nem gostam de dinheiro né...

Marcos Antônio, até existe os jogadores que logo voltam. Mas acho que eles são muito mais persistentes do que os brasileiros; talvez algumas das características deles em campo, como raça, persistência ao máximo e entrega total ao jogo explique isso.

Ateh!

Anônimo disse...

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