segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Surpresas londrinas


Modric e Eboué também devem estar se perguntando se suas equipes têm condições de sonhar com vôos mais altos depois de bons e surpreendentes resultados na primeira rodada da Premier League

Além do surpreendente número de vitórias dos visitantes (seis), as vitórias das equipes londrinas Arsenal e Tottenham foram os destaques da rodada de abertura da Premier League (Campeonato Inglês). Enquanto os Gunners, fora de casa, arrasaram o Everton por incríveis 6 a 1 no sábado, os Spurs, em casa, derrotaram o Liverpool por 2 a 1 no domingo.

Ambos os times da cinzenta cidade do país não se destacaram apenas por causa de seus resultados expressivos. Mesmo possuindo equipes fortes, as expectativas para a temporada de ambas vinham com uma leve pitada de ceticismo. Enquanto se esperava uma campanha mais árdua para o Arsenal por causa da falta de reforços de peso e pela manutenção de um time muito jovem, o Tottenham já não era mais tão badalado pelo simples fato de já ter sido bajulado demais no início das últimas duas temporadas e terminá-las sem ter o sucesso esperado, ficando atrás de times igualmente medianos mas de menor investimento.

E o que fizeram as duas equipes, coincidentemente rivais declaradas? Na primeira partida do campeonato oficial, fizeram atuações dignas de fazer qualquer um repensar suas previsões iniciais. O resultado do Arsenal, por exemplo, foi um daqueles de deixar qualquer um encucado. Arsene Wenger foi criticado durante a pré-temporada por novamente apostar excessivamente em seu time de garotos e ainda ver Adebayor deixar o clube sem contratar alguém para posição. Mas foi com sua equipe extremamente jovem e com nomes de talento ainda duvidoso, como o volante Song e o desengonçado atacante Bentdner, que engoliu o Everton fora de casa. Com direito a colocar o dinamarquês numa posição em que muitos duvidaram que jogaria bem - a ponta direita – e vê-lo ser um dos melhores em campo.

Já o Tottenham, com a sua base que promete muito há um certo tempo mas pouco avança no futebol inglês, teve uma atuação muito eficiente contra um apático Liverpool. O placar de 2 a 1 é enganador, já que o gol da equipe de Benitez, que pouco levou perigo à meta adversária, saiu através de um pênalti patético cometido por Gomes. Além disso, se teve algum jogador dos Reds que não entrou desligado, ele foi o goleiro Reina, que fez duas intervenções salvadoras em conclusões de Robbie Keane e evitou um placar maior.

Porém, qualquer torcedor dos dois times é consciente o suficiente para saber que ainda não é possível ser animar. Afinal, primeira rodada na maioria das vezes não serve de parâmetro para nada; portanto, ainda pode ser muito cedo para sonhar com vôos mais altos no campeonato.

O Arsenal, por exemplo, ainda pode sofrer com a inexperiência do elenco, a falta de profundidade no banco e as contusões que sempre causam estragos na equipe. Já os seus maiores rivais locais precisam provar que são finalmente capazes de fazer uma temporada digna do seu elenco, a frente dos outros times emergentes e lutando pela última vaga da UCL. E para isso, precisa de uma campanha muito mais consistente e segura do que as que vem fazendo ultimamente.

E outro fator deve ser levado em conta: as equipes favoritas ao título – Manchester United, Liverpool e Chelsea – a princípio, tem mais condições de subir de produção do que as duas aqui em questão, por serem mais consistentes e possuírem um elenco melhor. Assim como outras equipes – como o próprio Everton, o Man City e o Aston Villa – podem endurecer o jogo futuramente e dificultar a caminhada dos tradicionais clubes de Londres.

Mas é óbvio que o resultado convincente de ambos os clubes trazem uma ponta de satisfação e de esperança para os torcedores do seu clube. Pode ser um alerta para os concorrentes de que tem condições de surpreender e ir além dos objetivos antes traçados pela mídia. Ainda assim, a previsão inicial para os dois clubes de Londres é a mesma: só vão ser bem-sucedidos se se superarem nessa temporada. A primeira rodada já mostrou o caminho; o difícil é seguí-lo.

Foto: guardian.co.uk

7 comentários:

Marcos Antonio disse...

O Arsenal há tempos aposta na juventude, mas acho que precisa de alguns cara smais rodados pra dar apoio pra molecada. Se conseguirem são favoritos. Já o Totenham sempre vem cheio de historinha e não faz nada...Sei não mas acho que Man Utd vai ser tetra...

Thiago Madureira de Alvarenga disse...

Vi os dois jogos que envolveram os rivais londrinos.
O Arsenal me surpreendeu pela eficiência nas conclusões. De resto, achei que os Gunners jogaram como sempre: tocando bem a bola, com um meio de campo muito leve e rápido, e forte na jogada aérea (mesmo tendo perdido Adebayor e Toure). O que me decepcionou foi a fragilidade do Everton e o seu ataque pífio.

No outro jogo, o Liverpool atuou abaixo da crítica. Torres ficou isolado no ataque, pouco pegou na bola; Babel eu só o vi quando ele deu lugar ao israelense Benayon, que mesmo atuando pouco tempo fez mais que todos os jogadores do setor ofensivo; Pepe Reina e Johnson foram os únicos que atuaram bem. O Tottenham realmente se superou.

Dos times de Londres, o favoritismo é todo do Chelsea. No sábado, os azuis conquistaram seus primeiros pontos atuando muito bem. Será que Carlo Ancelotti conquistará à liga nacional? No Milan ele não se deu bem, agora no Chelsea ele terá mais chances.

Anônimo disse...

Leandro,

Fato é que o futebol ingles vem buscando alternativas e vem melhorando... Tenho gostado de como o Chelsea tem jogado.

Abraço do Giglio!!

Net Esportes disse...

puxa, infelizmente não vi nada de Premier League ... tava ligado no atletismo !!!! esse ano acho que vou torcer pro Arsenal ... sempre botei maior fé no Fábregas, vamos ver se dessa vez ele faz mais do que já fez .... !!!

Vinicius Grissi disse...

O desempenho do Arsenal foi extraordinário. Pena que eu duvide muito que o time consiga manter este nível por muitos jogos e contra os adversários mais fortes. É um elenco jovem e enfraquecido.

Leandrus disse...

Breves comentários:

Marcos Antônio, concordo contigo. Wenger precisa colocar um ou dois jogadores mais experientes na equipe para que eles deem maior profundidade ao time e apoio aos garotos. Muitas vezes a inexperiência pesa para os Gunners. Já quanto ao Man Utd, ainda não sei. Ainda temos que ver como o time vai se comportar após a saída de CR...

Thiago, também fiquei decepcionado com a fragilidade mostrada pelo Everton. Esperava bem mais da equipe de Moyes, pois o time titular é muito bom e merecia dar mais trabalho ao Arsenal. Quanto a jogada aérea, saem Adebayor e Toure, mas entram Bentdner e Vermaelen. Se o belga for bem nessas jogadas como mostrou no gol feito sábado, o Arsenal se deu bem (sem contar que ele foi muito bem na defesa).

E também acho que o favoritismo é do Chelsea, ainda que os Blues estejam dando algumas vaciladas no início de temporada. Vi o jogo contra o Sunderland tb e o segundo tempo feito pela equipe de Ancelotti foi muito animador. Se Lampard aparecer mais do que nos dois primeiros jogos, pode dar muito trabalho.

Giglio, se não fosse a saída de Cristiano Ronaldo para o Campeonato Espanhol, continuaria afirmando que a Premier League é a melhor do mundo. É a que vem atraindo mais jogadores de qualidade atualmente e que tem maior número de times se destacando.

Netesportes, se o Arsenal quiser alguma coisa, realmente vai ter de contar com Fabregas, pois ele é o astro do time. Na temporada passada, o espanhol teve uma contusão séria e prejudicou o time. Se esse ano se manter em boa forma e for ajudado por Arshavin e van Persie, os Gunners podem se dar bem.

Vinicius, não só contra times mais fortes mas contra mais fracos também. Lembro de alguns jogos na temporada passada em que o Arsenal pressionava o jogo todo, mas pela inexperiência e pela consequente afobação não conseguia marcar e acabava empatando ou até mesmo perdendo jogos bobos. Vamos ver se uma temporada completa com Arshavin melhora alguma coisa.

Ateh!

Anônimo disse...

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