domingo, 20 de abril de 2008

Ganhando sem chorar

Em um jogo nervoso e tenso, sem muitos lances de perigo, o Botafogo venceu o Fluminense por 1 a 0, graças a um gol de Renato Silva aos 40 minutos do segundo tempo, quando já estava com 1 jogador a menos. Com esse resultado, o alvinegro carioca ganhou a Taça Rio e vai encarar o Flamengo nos próximos 2 domingos. Porém, o time já tem 2 desfalques para o jogo do dia 27: Jorge Henrique e Alessandro estão suspensos por terem sido expulsos hoje.

O jogo começou muito nervoso, com muitas faltas e reclamações de ambas as partes. Ao contrário da semifinal da TG, o Flu resolveu adotar uma postura cautelosa, não partido para cima nos primeiros minutos e protegendo muito bem a sua grande área. O Botafogo até tentava criar algumas chances, mas como não conseguia entrar na grande área tricolor na base do toque de bola, tentava chegar ao gol nas bolas de fora da área, sem muito sucesso. Cabe lembrar que o juiz começou o jogo um pouco perdido, deixando de marcar algumas faltas e não se impondo em alguns lances.

Aos 23 minutos, um dos lances cruciais da partida: após bom passe de Thiago Neves, Washington dominou a bola, tentou dar uma de pivô na frente de Castillo e Renato Silva e foi derrubado: o juiz, corretamente, marcou pênalti. Washington, que não é o cobrador oficial do time, resolveu bater o pênalti e acabou desperdiçando a chance de abrir o placar. Na verdade, o pênalti deveria ser repetido, já que pelo menos 2 jogadores botafoguenses invadiram a área, mas o juiz ignorou esse fato.

A partir daí o jogo esfriou. O Fluminense estava acuado: Cícero e Thiago Neves estavam sumidos (o segundo estava bem nervoso no jogo, fazendo várias faltas) e Conca não conseguia dar prosseguimento a todas as jogadas. O Botafogo tentava chegar agora nas faltas diagonais, mas elas ainda não levavam muito perigo ao gol de Fernando Henrique. Somente aos 42 minutos houve um lance de perigo; e que lance! Alessandro dominou a bola, deixou Júnior César sentado no chão e mandou uma bomba na trave.

O começo do segundo tempo chamava mais atenção pelo show que as duas torcidas davam do que pelo que acontecia no campo. O primeiro lance de perigo da etapa final veio aos 12 minutos: após escanteio, Alessandro cruzou para o segundo pau, a bola foi desviada com perigo para o centro da área mas a bola logo foi isolada por um dos zagueiros do Flu; na seqüência da jogada, o Fluminense armou um contra ataque que foi finalizado por Thiago Neves sem muito perigo. Falando em Thiago Neves, o apoiador já não estava jogando tão recuado como no primeiro tempo: estava mais avançado, auxiliando Washington, enquanto Conca havia recuado um pouco mais.

O tempo ia passando e nada de gols. Aos 26 minutos, nova chance do Flu: após cobrança de escanteio ensaiada, Júnior César fez boa jogada pela esquerda, foi até a linha de fundo e cruzou para o meio da área: após um rápido bate-rebate, Thiago Neves chutou com perigo ao gol de Castillo, mas a bola saiu pela linha de fundo.

Se as coisas ficavam cada vez mais difíceis para o Botafogo, a situação piorou aos 29 minutos. Alessandro fez falta e acabou levando o segundo cartão amarelo (duvidoso, já que não era para tanto). Com isso, o jogo ficou ainda mais pegado, nervoso. Aos 36 minutos, outra jogada de perigo do Flu: após chute bloqueado de Thiago Neves, Washington pegou a sobra, mas, sem ter para quem tocar, perdeu a bola.

E aos 40 minutos o gol finalmente saiu: após uma cobrança de escanteio do lado direito, a zaga tricolor afastou a bola da área mas ela logo foi rebatida de volta por um jogador alvinegro; a sobra caiu nos pés de Fábio, que chutou cruzado; mas quando todos achavam que Fernando Henrique faria a defesa, Renato Silva desviou a bola para as redes, marcando o único gol da partida. Logo ele, que há um ano atrás era dispensado do clube tricolor por ter sido pego no exame antidoping...

O Fluminense ainda tentou ir no desespero para o ataque, mas teve todos os seus ataques anulados. Nos últimos minutos, Jorge Henrique, que já vinha se estranhando com os jogadores tricolores por causa de sua infinita catimba, fez dura falta e acabou sendo expulso direto (eu falei que ele ia ficar marcado pelos juízes...). Mas o Flu não tinha tempo para mais nada e, após ser o time mais badalado antes do começo do campeonato, vai assistir a final do Carioca de camarote.

6 comentários:

Anônimo disse...

Marcado ou não pelo juízes, o carrinho do Jorge Henrique foi realmente desclassifante. Hehe

Mas vai ser um chororô nessa final do Carioca...


http://www.rolablog.zip.net

Felipe Hammes Rodrigues disse...

O Carioca terá uma belíssima final pela frente. Acho que os Clubes voltarão com suas mútuas provocações. Em campo, bons times jogando um clássico bem disputado. Nas arquibancadas, certamente, as torcidas darão um show com seus irreverentes cantos acintosos.

Blog F1 Grand Prix disse...

Pois é, o Botafogo mereceu a vitória ontem. Agora, é torcer para que o time do Cuca derrote o Fla na final. A hegemonia do meu Fluzão em títulos cariocas não pode ser abalada hehehe....

Grande abraço!

Gustavo Coelho

Leandrus disse...

Breves comentários:

Breiller, vendo o replay de novo vi que a falta do Jorge Henrique foi mais feia do que pensava quando estava vendo o jogo. E nem me fale do chororô, que só de lembrar que já fico desanimado...

Felipe, acho que a final vai ter os 2 melhores times do campeonato mesmo. E com certeza ambas as torcidas vão dar um show, em um espetáculo muito bonito de ser ver. Só espero que não haja confusão do lado de fora...

Gustavo, tem que torcer contra o time que eliminou o Flu, que isso pô! hehehe...

Ateh!

Daniel Leite disse...

Muito bom ver o Botafogo jogando futebol, esquecendo as polêmicas e desaires. Parece que eles aprenderam a atuar, inclusive, contra o Flamengo. Mas, na hora do "vamos ver", ainda acho que dá Flamengo, mesmo o Botafogo me tendo surpreendido ao eliminar o Flu.

Até mais!

Leandrus disse...

Daniel, eu não me surpreendi tanto com a derrota do Flu. Ultimamente, jogadores como Thiago Neves e Gabriel viraram uma incógnita em campo, e o time ainda não tem um atacante reserva, já que vendeu todos que tinha para sustentar os "3 tenores". Num jogo decisivo e com o único atacante (Washington) meio baleado, isso complica...

Ateh!