sexta-feira, 4 de abril de 2008

Balança e cai

"Não houve absolutamente nada".

Essa frase, reproduzida por um comentarista da Sportv durante o jogo River-PI x Botafogo quarta-feira passada, finalizou um comentário sobre mais uma tentativa frustrada do atacante Jorge Henrique em se jogar no chão para cavar uma falta. É incrível como nos últimos jogos o atacante do Botafogo vem se jogando no chão em qualquer lance que possa cavar uma falta ou um pênalti, coisa que vem irritando não só os torcedores dos outros times como comentaristas esportivos.

Jorge Henrique foi um dos principais jogadores do Botafogo ano passado. Voluntarioso, corria o campo todo, ajudando o time tanto na marcação quanto no ataque, formando um trio infernal com Dodô e Zé Roberto. Com a saída destes dois, tornou-se um dos principais jogadores do time neste ano, função que vem cumprindo muito bem.

Porém, nos últimos jogos o atacante vem se fazendo cada vez mais de vítima. Se no último jogo entre Botafogo e Flamengo conseguiu causar a expulsão (justa) de Jônatas e despertou a ira nos jogadores rubro-negros, nos jogos seguintes começou a mostrar habilidades dignas de um estudante de Artes Cênicas. Colecionou um grande repertório de gritos, quedas e rolamentos desnecessários cada vez que era tocado por um adversário, por mais leve que esse toque fosse; isso fez com que, além de não dar seguimento a várias jogadas de ataque do time, começasse a ficar mal-visto pelo Rio de Janeiro, com a fama de cai-cai.

É melhor que o camisa 7 do Botafogo tome cuidado. Sua "fama" conquistada nos últimos jogos já se espalhou pelo Rio de Janeiro, e com o início do Campeonato Brasileiro, fatalmente se espalhará pelo Brasil. Além de despertar a ira de jogadores e torcedores, os juízes também vão passar a ignorar suas freqüentes quedas, interpretando-as como tentativa de cavar faltas, até mesmo quando ele realmente sofrer uma. Sem contar que no 2º semestre o Botafogo vai jogar a Sul-Americana, competição que envolve diversos times da América do Sul; e os juízes de outros países não costumam marcar muitas faltas, a não ser que elas sejam escandalosas. Então, se Jorge Henrique não mudar sua atitude, terá sérios problemas durante o ano...

5 comentários:

Daniel Leite disse...

É complicado isso, típico de atacantes leves brasileiros. E também do mais brasileiro dos chilenos: Valdívia cai na área umas dez vezes por jogo, sendo que no máximo uma caracteriza pênalti claro. Com JH, não tenho acompanhado muito, mas sei de suas características, desde o Santa Cruz. Rápido e baixo, ele não é exceção à regra e se joga o tempo todo.

Até mais!

Blog F1 Grand Prix disse...

Mas não é só ele não, Leandro. É incrível como o Washington - um grandalhão de 1,90m quase - vive caindo dentro da área. Alguns lances até foram pênalti, que os juízes nunca marcam, mas em outras oportunidades dava para ele continuar o lance. Se não fosse o artilheiro do meu Fluzão no ano, eu já estaria começando a ficar irritado hehehe...

Grande abraço,

Gustavo Coelho

Loucos por F-1 disse...

Parece que o Buátafogo num pode ver um River pela frente que logo treme...hahahaha
Foi na sulamericana e agora na Copa do Brasil.

Abraços!

Leandro Montianele

Vinicius Grissi disse...

Mania de muitos dos jogadores brasileiros. As vezes, preferem se jogar no chão do que dar continuidade à jogada. O Jorge Henrique é bom jogador, mas realmente já está ficando marcado.

Leandrus disse...

Breves comentários:

Daniel e Vinicius, mal de mtos jogadores brasileiros mesmo. Só vão aprender quando começarem a colecionar cartoes amarelos e vermelhos...

Gustavo, fiquei surpreso ao saber que o Washington está se jogando tanto! Não vejo jogos do Flu faz um bom tempo, e sempre achei o Washington um jogador sério e dedicado, não um cai-cai; aliás, lembrando de jogadores altos e pesadões se jogando na área, lembrei da época que o Obina ainda não era o xodó do Flamengo: um amigo costumava dizer que o Obina tinha que parar de pensar que o campo era uma piscina, de tanto que ele se jogava e mergulhava!

Leandro, bom saber que não fui o único a pensar nisso, rs; mas que é uma cruel coincidencia, isso é...

Ateh!