sexta-feira, 30 de maio de 2008

Fazendo a faxina

Certamente na quarta-feira passada, durante a final da UCL entre Manchester United e Chelsea, os torcedores do Barcelona ficaram se perguntando: como aquele time que parecia invencível em 2006, quando conquistou a Champions League, pôde cair de produção em tão pouco tempo?
Antes da Copa da Alemanha, o time tinha uma zaga segura liderada pelo raçudo Puyol; um meio campo destruidor e muito técnico com Xavi, Iniesta e Deco, que ainda poderia ser reforçado defensivamente pelos volantes/zagueiros Edmílson e Rafa Marquez; e para finalizar, um dos melhores ataques que vi na minha vida, formado pelo ainda em ascensão Messi, Ronaldinho Gaúcho no auge de sua forma e Eto’o marcando gols como nunca. E ainda havia a opção do eficiente atacante sueco Larsson no banco.

Mas aí os deuses do futebol deram mais uma lição de que nada no futebol é para sempre. Aquele time imbatível, que parecia que só seria parado quando seus jogadores se aposentassem, ficou somente na lembrança. Os reforços Zambrotta (sinceramente, nunca morri de amores pelo lateral italiano, e suas atuações no Barça comprovaram meu ceticismo sobre ele), Thuram (que não trouxe a experiência esperada à zaga do time), Gudjohssen (desculpa, isso não é reforço, esqueci) e até mesmo Henry (que não se adaptou ao esquema do time catalão) não renderam o esperado. A má vontade de Deco e Ronaldinho Gaúcho, que pensavam mais em festas do que em futebol, a gradativa queda de rendimento de Eto’o, a zaga mais perdida do que cego no meio de tiroteio (destaque negativo para Edmílson, Oleguer (?) e Rafa Márquez), as contusões de Messi (o único que se salvava no ataque), aliado à um técnico contestado só pioraram tudo. O empenho de Xavi, Iniesta, Yaya Touré e dos novatos Bojan e Giovanni dos Santos não foi suficiente para salvar o clube. No final das contas, a campanha da última temporada foi tão irregular que o time terminou a competição na 3º posição, sendo obrigado a disputar a fase preliminar da UCL.

E é por essas e outras que sou um dos defensores de uma “faxina” no elenco do Barça, visto a má fase de tantos jogadores. Edmílson já se mandou para o Villarreal; era o melhor a ser feito, já que em alguns momentos o brasileiro causou mal-estar no elenco ao fazer algumas críticas que poderiam ter sido contornadas nos bastidores. Deco já está de malas prontas: só falta decidir o time que irá defender na próxima temporada. Thuram tem proposta do PSG. Rafa Márquez também parece ter propostas para sair. O “reforço” Gudjohssen tem tudo para se mandar da Espanha, já que volta e meia seu nome é comentado em clubes da Inglaterra. Henry e Eto’o também têm seus nomes ventilados nos clubes ingleses. Sem contar Ronaldinho Gaúcho: é incrível, mas a diretoria conta os dias para sua saída: e dou razão a eles, porque ter um jogador desmotivado no elenco, que não possui o menor comprometimento com o clube é a pior coisa que pode acontecer; até mesmo quando o jogador é um craque como o brasileiro.

O time já está finalizando a contratação de Keita, ex-Sevilla. A contratação do lateral direito Daniel Alves é uma ótima pedida, pois não dá para confiar em Zambrotta. O time pretende contratar Ibrahimovic e vender Eto’o; eu prefiro o camaronês, mas confesso que o futebol dele caiu muito nos últimos meses. O atacante Güiza, que desandou a marcar gols no Mallorca, também pode dar as caras no clube catalão; se jogar tudo que jogou nessa última temporada, tem tudo para dar muitas alegrias ao Barça.

Mas ainda é cedo para fazer especulações, até porque grande parte das contratações deverão acontecer após o término da Eurocopa. E até lá, muitos se desvalorizarão e vice-versa. Mas que o Barcelona faz o certo em fazer a faxina, ah, isso faz...

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Conselhos...

O Fluminense alcançou um ótimo resultado ontem, empatando com o Boca Juniors fora de casa em 2 a 2. O tricolor carioca não se intimidou com o gol marcado por Riquelme aos 12 minutos (em linda jogada do time argentino, diga-se de passagem) e empatou o jogo 2 minutos depois, após cabeçada de Thiago Silva. Durante o resto do primeiro tempo, o Flu sofreu grande pressão do Boca, mas conseguiu segurar o ímpeto do time argentino. Porém, o time voltou muito recuado para segundo tempo e, depois de um verdadeiro bombardeio argentino, sofreu o 2º gol, novamente marcado por Riquelme, desta vez após cobrança de falta. Porém, ao invés de se preocupar somente em não tomar mais gols, o Flu foi ao ataque. Para alegria dos torcedores do time das Laranjeiras que compareceram ao estádio, Thiago Neves arriscou de fora da área e Migliore aceitou, decretando o empate no estádio Juan Domingo Perón.

Como já disse, nem tudo foram flores para o Fluminense ontem, já que o time passou por um belo sufoco durante boa parte do jogo, exigindo grandes defesas de Fernando Henrique. Por isso, o tricolor carioca precisa de alguns cuidados no jogo de volta, na semana que vem, no Maracanã. Listarei alguns deles:

- O time precisa aproveitar melhor a má marcação feita pelo Boca Juniors. Ontem, por exemplo, a zaga esteve totalmente desprotegida em vários momentos do jogo, assim como as laterais. Porém, o Flu não conseguiu aproveitar muito bem esses espaços deixados pelo time argentino. Como o Boca não muda muito seu estilo de jogo fora de casa e precisa marcar gols para chegar à final, os espaços devem aparecer novamente. Logo, cabe a Conca, Thiago Neves, Washington (e talvez Dodô) aproveitar as brechas e acertar o último passe.

- Arouca não comprometeu no jogo de ontem, mas também não conseguiu marcar Riquelme com a eficácia esperada; porém, o mesmo não era o mais indicado para tal função, já que é um volante que sai mais para o jogo. Caso Renato Gaúcho queira fazer o mesmo na próxima quarta-feira, um volante com características mais defensivas seria o mais adequado. O problema é que nenhum jogador do elenco (Ygor, Fabinho e Romeu) com essas características é confiável.

- Aliás, Renato Gaúcho precisa avaliar seu esquema defensivo de ontem, porque pareceu que a marcação individual não é o mais adequado para anular o camisa 10 do Boca. Talvez uma marcação por zona seja mais eficiente e dê menos espaços aos jogadores do Boca.

- A garra que o time mostrou no jogo de ontem foi impressionante, equivalente àquela mostrada no jogo contra o São Paulo; nos momentos em que o time esteve bastante recuado, a raça mostrada principalmente pela defesa foi essencial para afastar o perigo da área tricolor. Se o time jogar com o mesmo empenho e dedicação na próxima quarta-feira, tem tudo para chegar a final da competição. E claro, o “oba-oba” não pode dominar o clube de maneira alguma: o exemplo do Flamengo ainda está bem vivo.

E além disso, continuo com minha tese: o Boca não é o bicho papão que todos criam. É um ótimo time? Sim. Merece cuidado? Demais. Mas é um time inferior ao dos anos anteriores, ainda forte no ataque, mas fraco na defesa.

domingo, 25 de maio de 2008

Digna de seu charme

Depois dessa corrida, voui pedir para Bernie Ecclestone colocar todas as corridas da F-1 em circuitos de rua. Numa corrida tão agitada quanto a corrida na Austrália, Lewis Hamilton venceu o GP de Mônaco, seguido pelo polonês Robert Kubica e por Felipe Massa.

Já na volta de apresentação, Kovalainen ficou parado no grid, sendo obrigado a largar dos boxes (mas que sorte vem tendo esse tal de Kovalainen, hein...). Na largada, com todos patinando em razão da chuva que havia caído antes da corrida começar, Massa manteve a ponta; Hamilton ultrapassou Raikkonen e herdou a segunda posição do finlandês. No meio do pelotão, a confusão de sempre: por exemplo, Barrichello, antes da entrada do túnel, estava em 11º; no final da primeira volta, surpreendentemente aparecia em 14º.

Os fãs de F-1 certamente se deliciaram com as 30 voltas seguintes, até porque a chuva que todos esperavam começou a atormentar a vida dos pilotos. Na 3º volta, Glock começou a mostrar seu repertório de rodadas, perdendo várias posições. 2 voltas depois, Hamilton acertou seu pneu traseiro direito no guard-rail, sendo obrigado a fazer sua primeira visita nos boxes; o que poderia ter estragado toda sua corrida acabou sendo essencial para sua vitória, já que aproveitou para encher o tanque de combustível. Para completar a confusão inicial, Alonso danificou um dos seus pneus traseiros ao mesmo tempo em que Coulthard e Bourdais batiam, provocando a entrada do Safety Car, para tristeza de Massa, já que toda a vantagem que havia construído para o 2º colocado iria desaparecer.

Após a saída do SC, Raikkonen foi obrigado a cumprir punição nos boxes, já que trocou seus pneus faltando 3 minutos para o início da volta de apresentação, o que é proibido. Alonso confirmou o que disse ontem e foi bem agressivo na corrida: tanto que, após ultrapassar Webber, tentou fazer o mesmo em cima de Heidfeld (que vinha fazendo excelente corrida; estava em 5º após largar em 13º): pena que tentou fazer isso quando não havia espaço para tal coisa (justo na famosa Loews), fazendo com que vários carros ficassem estacionados, esperando que os 2 voltassem a corrida. Quem se aproveitou disso foi Sutil, que foi esperto e ganhou várias posições. Alonso saiu como o maior prejudicado, já que teve que fazer nova visita aos boxes e caiu para as últimas posições.

Na volta seguinte, Massa, que tinha vantagem levemente confortável para Kubica, errou na Saint Devote e perdeu a 1º posição para o polonês. Na 22º volta, Nelsinho Piquet mostrou o quanto brasileiros são solidários e também deu uma escapada, perdendo algumas posições. Raikkonen quis mostrar que finlandeses também podem ser solidários e saiu na mesma Saint Devote; porém, o atual campeão foi forte demais e acabou danificando seu bico, sendo obrigado a parar nos boxes novamente, caindo para a 6º posição.

A chuva parou; logo, os incidentes foram diminuindo. Massa e Kubica fizeram seus pit stops e o brasileiro recuperou sua posição em relação ao polonês. Porém, Hamilton, aproveitando sua longa parada nas primeiras voltas, disparava na 1º posição, tentando abrir o máximo possível para assegurar a mesma posição após seu 2º pit stop.

A partir daí, se a corrida ficou monótona lá na frente e animada no pelotão do meio: Webber, Trulli, Barrichello, Nakajima, Kovalainen, Button, Heidfeld e Rosberg disputavam posições e erravam a todo instante, virando a grande atração da corrida. Enquanto isso, Sutil e Vettel vinham muito bem, assegurando pontos preciosos com carros tão limitados.

Hamilton abriu uma vantagem tão grande que fez sua última parada tranqüilamente, mantendo a 1º posição. Já Massa foi prejudicado pela estratégia da equipe (que contava com uma chuva que não veio) e pelo lento trabalho da equipe no pit stop, perdendo a 2º posição para Kubica. Mas não era somente a Ferrari que errava: a Renault mandou seus 2 pilotos de volta para a pista com pneus de pista seca, prejudicando principalmente Nelsinho Piquet, que rodou e foi obrigado a sair, deixando o brasileiro inconsolável.

Na 61º volta, Rosberg bateu forte e o SC entrou na pista outra vez; neste momento, todos sabiam que a corrida não terminaria por voltas, e sim por minutos. Aí veio o momento triste da corrida: após o recomeço da prova, Raikkonen, que vinha na 5º posição, perdeu o controle do carro na saída do túnel e acertou em cheio o pobre Sutil, que vinha numa espetacular 4º posição com a Force India, faltando poucos minutos para acabar a corrida. O jovem alemão foi obrigado a abandonar a corrida, deixando os mecânicos e o próprio piloto desesperados; Sutil chorou muito ao sair do carro, talvez mais do que Vettel no GP do Japão do ano passado.

Com o sol já aparecendo, Hamilton finalmente recebeu a bandeirada, seguido por Kubica e Massa. A zona de pontuação foi completada por Webber, Vettel, Barrichello (sim, finalmente o brasileiro chegou aos pontos, depois de 22 corridas!), Nakajima e Kovalainen, todos recompensados por fazerem corridas corretas e sem se envolver em muitos problemas.

E finalmente Mônaco teve uma corrida digna de seu charme...

Prazer, torcida do Flamengo

O primeiro jogo foi em casa, mas sem torcida. O segundo foi fora dos seus domínios. Mas no terceira partida, Caio Jr. finalmente pôde conhecer a torcida rubro-negra. Para sua sorte, o Flamengo conseguiu uma importante vitória, de virada, por 2 a 1 em cima do Internacional.
Na chegada ao estádio, dois fatos curiosos. O primeiro foi o grande movimento e a quantidade de carros estacionados ao redor do Maracanã: porém, nem todos estavam indo para o jogo, e sim para um evento evangélico no Maracanazinho. O segundo, já dentro do estádio, foi o chão extremamente escorregadio e os assentos totalmente sujos: tudo fruto do pó-de-arroz reminescente da última quarta-feira.

Mas vamos ao jogo. O primeiro contato de Caio Jr com a torcida não foi dos melhores. Quando o time entrou em campo, os gritos de incentivos se misturavam aos gritos revoltados de torcedores ainda indignados com a patética eliminação na Libertadores. Se o novo técnico do Fla achava que teria um pouco de sossego com o decorrer do jogo, enganou-se, já que seu time teve uma péssima atuação no primeiro tempo. Como sempre, o ataque no primeiro tempo não foi muito efetivo: quem achava que Tardelli e Marcinho jogariam pelas pontas caiu do cavalo, porque os 2 jogaram embolados com Souza no centro, atrapalhando todas as jogadas do time. Na defesa, o problema era pior: Juan e Leo Moura não tinham a cobertura adequada, Fábio Luciano e Ronaldo Angelim sofriam para marcar os atacantes do Inter e Cristian, Jaílton e Toró estavam totalmente perdidos, deixando um grande buraco entre os volantes e os zagueiros (mal aproveitado pelo Inter) e os adversários totalmente livres. Seria inútil descrever os inúmeros lances de perigo do time gaúcho, que só não marcou porque Bruno esteve bem colocado e a pontaria colorada não estava em dia. Aos 30 minutos, a torcida já começava a pegar no pé do time.

E tudo piorou quando, após um ataque perigoso do Fla (finalmente), Alex armou um contra-ataque perigoso para o Inter e lançou Nilmar: este aproveitou a lentidão dos zagueiros do Fla e saiu cara a cara com Bruno, que nada pôde fazer para evitar o gol do Inter. Após esse gol Caio Jr. soube que a torcida não aceita Jaílton no time titular de maneira alguma. O camisa 14, que era o pior dos volantes, foi impiedosamente vaiado pela torcida da casa, que o escolheu como bode expiatório para a má exibição do time.

Caio Jr foi esperto e logo tirou o volante, substituindo-o por Jônatas. O Flamengo mudou sua postura em campo imediatamente, permitindo ao técnico conhecer o lado bom da torcida rubro-negra. Em 10 minutos sufocantes, em que a torcida reconheceu o empenho dos jogadores e incentivou o time, o Fla rapidamente marcou os 2 gols da virada, com Marcinho e Souza (que estava há 9 jogos sem marcar).

A partir daí, foi o Inter quem levou mais perigo, principalmente no lance em que Léo Moura tirou a bola em cima da linha após Nilmar driblar Bruno e tocar para o gol. O Fla ainda teve alguns bons momentos, principalmente com jogadas armadas por Jônatas, que, jogando centralizado na frente da zaga rubro-negra, dava excelentes lançamentos que resultavam em perigosos contra-ataques. Mas o placar ficou por aí mesmo e o Fla conseguiu 3 pontos importantíssimos.

Além do primeiro contato com a torcida rubro-negra, o jogo permitiu a Caio Jr (que entendeu que a torcida do Fla cobra e incentiva quando preciso) desenvolver o seu próprio esquema tático. O técnico vai cada vez mais dando sua cara ao time: já colocou um camisa 10 para jogar no meio campo, e achou uma boa posição para Jônatas; porém, ainda precisa consertar a defesa, que não foi nada bem no jogo de ontem. No final de tudo, uma vitória que ajudou a cicatrizar a eliminação ainda não esquecida da Libertadores, aberta ainda mais com a exemplar vitória do Fluminense na última quarta.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Vitória heróica

Sei que o assunto já está se tornando batido, mas não poderia deixar de comentar a vitória heróica do Fluminense sobre o São Paulo, na última quarta-feira, que valeu ao tricolor carioca a inédita vaga na semifinal da competição. O time comandado por Renato Gaúcho deu uma aula de dedicação, empenho e motivação. Só não cito a palavra raça porque, como um amigo meu disse de forma depreciativa, “raça” é coisa de flamenguista; logo, não quero “ofender” os torcedores do Flu.
O time lutou desde o primeiro minuto, aproveitando os espaços deixados pela “Avenida Jancarlos” e marcando seu gol logo aos 12 minutos, com Washington, que não marcava a várias partidas. É verdade que após esse gol o time recuou (fato típico de times treinados por Renato Gaúcho) e foi prejudicado pela substituição até certo ponto equivocada de Arouca por Dodô no segundo tempo; porém, o time resistiu bravamente na defesa, liderado por Thiago Silva, que ainda não estava 100%, mas recebia o apoio de seus companheiros a todo o instante.

Mas o São Paulo começava a dominar o jogo; o gol, cada vez mais iminente, veio com Adriano, aos 25 minutos. Tudo parecia perdido. Porém, os deuses do futebol resolveram dar uma “forcinha” ao tricolor carioca logo na saída de bola, conduzindo Conca à grande área até dar o passe para Dodô marcar o gol. Sorte? Demais. Mas alguém já viu time vencedor sem sorte?

Foi a vez do São Paulo recuar. Já o Fluminense atacou incessantemente, porque cada jogador sabia o quão importante aquela vaga para a semifinal seria para o clube, para seus currículo e para os torcedores que lotaram o Maracanã. E o gol da consagração, aos 46 minutos, saiu da cabeça de um jogador que é sinônimo de determinação: Washington, o mesmo massacrado após o pênalti perdido na final da Taça Rio e que lutou contra problemas cardíacos para continuar vivendo e jogando futebol.

Uma vitória que vai ficar marcada não só na história do Fluminense, mas do futebol. Uma lição até mesmo para seu rival Flamengo, que dias atrás deixou escapar uma classificação quase certa para as quartas de finais em pleno Maracanã, quando se deixou dominar pelo clima de oba-oba e jogou de maneira apática, sem todos os elementos que caracterizaram a dramática vitória do time das Laranjeiras: dedicação, empenho e motivação.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

O Captain! My Captain!

My Captain does not answer, his lips are pale and still,
(O meu capitão não responde, os seus lábios estão pálidos e imóveis,)
My father does not feel my arm, he has no pulse nor will,
(O meu pai não sente o meu braço, não tem pulso nem vontade,)

Neste momento, os torcedores do Chelsea lamentam a má sorte de Terry assim como o poeta Walt Whitman, em seu célebre poema “O Captain! My Captain!”, lamentava a “má sorte” de Abraham Lincoln. Em um jogo muito disputado e nervoso, o Manchester United venceu o Chelsea nas cobranças de pênaltis (1x1 no tempo normal) e conquistou pela terceira vez o título da competição. O título iria para a cidade de Londres se o capitão John Terry não perdesse a 5º cobrança de pênalti do time.

As duas equipes começaram o jogo de maneira cautelosa. Enquanto o Chelsea adotava uma postura mais defensiva, o Manchester United ainda arriscava algumas jogadas no campo adversário; a maioria delas, surpreendentemente, com Hargreaves, que jogava solto pelo lado direito; porém, a limitação ofensiva do volante impedia que grandes oportunidades de gols fossem criadas.

O primeiro lance de real perigo aconteceu somente aos 15 minutos: Cristiano Ronaldo aplicou lindo drible em Essien e cruzou, mas Hargreaves não alcançou a bola. O Manchester United, comandado pelo seu camisa 7, que já começava a ganhar o duelo com Essien, ia aos poucos tomando conta do jogo. Aos 26 minutos, o gol dos “Red Devils” finalmente saiu: após cruzamento da direita de Brown, Cristiano Ronaldo subiu livre de marcação e cabeceou sem chances para Cech. O Chelsea, que tinha Drogba isolado no ataque e Lampard e Ballack sumidos, precisava mudar sua postura em campo urgentemente.

Mas isso não aconteceu rapidamente. Tanto que o Manchester quase marcou aos 34, quando Cech fez excelentes defesas em chutes de Tevez e Carrick, e aos 41, quando Tevez perdeu grande chance com gol quase vazio, após um momento de hesitação de Cech. Cristiano Ronaldo se destacava, levando Essien a loucura e criando a maioria das jogadas de seu time. Mas como quem não faz leva, o Chelsea chegou ao empate aos 44 minutos: Essien arriscou despretensiosamente de fora da área, a bola bateu nas costas de Ferdinand, enganou Van der Sar, e sobrou para Lampard, que mandou para o gol quase vazio. O empate era lucro para o time londrino, já que eles poderiam ter saído para o intervalo com uma desvantagem de 2 ou 3 gols no placar. Seria a sorte batendo na porta do Chelsea?

O segundo tempo foi ainda mais tenso, nervoso e disputado que a primeira etapa, o que resultou na queda das oportunidades de gols. Essa etapa também mostrou a subida de produção do Chelsea, que tentou aproveitar ao máximo o grande buraco no meio campo deixado por Scholes e Carrick e as más atuações de Rooney e Tevez, que voltavam para buscar jogo mas erravam a maioria dos lances. Cristiano Ronaldo manteve sua boa performance em vista do que seu time fazia no jogo: mesmo tendo dificuldades para superar Essien, ainda criava as melhores oportunidades do time, mal aproveitadas pelos seus companheiros.

Aos 8 e 12 minutos, Essien e Ballack arriscaram de fora da área e levaram algum perigo ao gol de Van der Sar. O time londrino começava a dominar o jogo, ganhava a maioria das divididas, mas não conseguia passar pela forte zaga do time adversário; seu melhor lance foi quando Drogba acertou um lindo chute na trave de Van der Sar aos 33 minutos. Com o tempo, o jogo foi ganhando em nervosismo e o Manchester voltou para o jogo, sem o mesmo ímpeto do primeiro tempo: as jogadas pela direita eram nulas, já que Hargreaves não atacava muito por aquele lado, e as jogadas na esquerda, com Cristiano Ronaldo, se tornavam cada vez mais difíceis. Com esse panorama, o jogo foi para a prorrogação.

Os 2 times começaram a prorrogação determinados a vencer, embora continuassem jogando da mesma forma. Aos 4 minutos, Lampard acertou o travessão; 5 minutos depois, foi a vez do Manchester assustar, quando, após ótima jogada de Evra na linha de fundo, Giggs tocou para o gol vazio: porém, Terry acabou tirando de cabeça quase em cima da linha. O segundo tempo da prorrogação foi bem morno, exceto o momento da discussão entre vários jogadores dos 2 times, que resultou na expulsão de Drogba, após dar um leve tapa na cara de Vidic. Sendo assim, o jogo foi para os pênaltis.

Pelo Chelsea, Ballack, Belletti, Lampard e Ashley Cole acertaram suas cobranças; pelo Manchester, Tevez, Carrick e Hargreaves acertaram as suas, enquanto Cristiano Ronaldo (justo ele) perdeu a sua. Seria o português o vilão da partida?

O título estava nos pés de Terry, que havia feito linda partida; porém, este escorregou e acabou perdendo sua cobrança. As cobranças continuaram, e na 7º rodada, Van der Sar defendeu a cobrança de Anelka e deu o título aos “Diabos Vermelhos.”

Enquanto o Manchester comemorava o título, a TV mostrava imagens que certamente irão entrar para história: Terry, o capitão do Chelsea, chorava copiosamente, assim como o zagueiro Samuel Kuffour, em 1999, chorou após seu time, o Bayern Munich, levar uma incrível virada para o mesmo Manchester United nos minutos finais de jogo. Mas o zagueiro inglês é um ícone no clube, certamente ainda terá o respeito dos torcedores do time, e será recebido de braços abertos quando voltar para Londres, assim como os americanos receberiam o “capitão” Abraham Lincoln no mesmo poema citado anteriormente:

O Captain! my Captain! rise up and hear the bells;
(Ó capitão! Meu capitão! Ergue-te e ouve os sinos;)
Rise up—for you the flag is flung—for you the bugle trills;
(Ergue-te – a bandeira agita-se por ti, o cornetim vibra por ti;)
For you bouquets and ribbon’d wreaths—for you the shores a-crowding;
(para ti ramos de flores e grinaldas guarnecidas com fitas –para ti as multidões nas praias;)
For you they call, the swaying mass, their eager faces turning;
(Chamam por ti, as massas, agitam-se, os seus rostos ansiosos voltam-se;)


OBS: Apenas tentei adaptar alguns trechos do poema para esse "caso futebolístico"; obviamente, a interpretação original do poema é diferente...

segunda-feira, 19 de maio de 2008

[SHOW] Whitesnake ou Whistesmake?

A faculdade cada vez mais tira meu tempo, mas continuo sendo filho de Deus e no dia 7 de maio fui ao Citibank Hall para assistir o show do Whitesnake. Já havia visto Coverdale e sua tropa em setembro de 2005, quando abriram para o Judas Priest, fazendo um excelente show de apenas 1 hora. Depois de 2 anos e meio de muita espera, finalmente a banda voltou fazendo um show completo.
Quem chegava ao Via Parque (shopping que abriga esta casa de shows) e olhava para a placa indicando os próximos 3 shows do Citibank Hall se assustava ao ler “Whistesmake” ao invés de “Whitesnake”. Ah, se o Coverdale lesse isso...

Felizmente o Citibank Hall recebeu um bom público (segundo alguns sites, mais de 3000 pessoas compareceram a casa de shows neste dia). Assim como em 2005, Coverdale veio acompanhado dos guitarristas Reb Beach (Winger, ex-Dokken) e Doug Aldrich (ex-Dio), do baixista Uriah Duffy e do tecladista Timothy Drury (“carinhosamente” apelidado de irmão de Jimmy Page por algumas pessoas próximas a mim); a única diferença em relação ao último show no Brasil era a entrada do baterista Chris Frazier no lugar de Tommy Aldridge.

Com 40 minutos de atraso (e olha que o Coverdale é inglês!), às 22:10, as luzes se apagam, os gritos tomam conta do local e a banda entra tocando “Best Years”, do novo cd, “Good to Be Bad”. Uma música legal, mas convenhamos: quem já viu a banda abrindo com “Burn” sabe que ela tem o efeito de um tornado no público, tamanha empolgação que causa no público. Porém, a banda logo trata de pôr o Citibank abaixo com os clássicos “Fool For Your Loving” e “Bad Boys”. Coverdale finalmente se comunica com o público e, em português, dá bom dia a todos os presentes. Bom dia? Acho que o intérprete do Whitesnake no Brasil quis sacanear toda a banda...

A banda toca mais uma nova, “Can You Hear The Wind Blow”, e ao término dessa, Coverdale diz que a próxima música é dedicada à Mel Galley (ex-guitarrista da banda, que está em fase terminal de cancêr); a música só poderia ser “Love Ain’t no Stranger”, mais conhecida pela minha mãe como “a música do cigarro”, já que ela tocava numa propaganda de cigarros nos anos 80. Desnecessário dizer que a maior parte do público acompanhou a letra de cabo a rabo.

Depois deste clássico, é tocada a última do novo cd na noite, “Lay Down Your Love”; na minha opinião, poderiam ter tocado outras músicas do álbum no lugar desta, como as ótimas “Call on Me” e “All For Love”. Porém, agora não adianta chorar...

E aí chega a hora da música mais conhecida do Whitesnake, o ultra-super-hiper-mega hit “Is This Love”, que até sua tia que só ouve Reginaldo Rossi deve conhecer. Nesse momento, braços levantados, casais se beijando e até uma garota jogando uma calcinha para Coverdale! Mas, estranhamente, ele recusou, ao contrário de outras vezes! Tá, né....

Depois do momento “namoro ou amizade”, o momento chato do show. Os guitarristas fazem um rápido duelo e a banda segue tocando a instrumental “Snake Dance”, seguida de “Crying In The Rain”; durante este clássico gravado no álbum “Saint and Sinners” e regravado no indispensável “1987”, houve o já tradicional e esperado solo de bateria (que não foi dos melhores). Não gosto de solos de bateria, nem de duelos de guitarra, muito menos de faixas instrumentais durante o show; logo achei esse o momento dispensável do show. Porém, sei que Coverdale precisa descansar sua voz, então não posso fazer nada além de descansar também...

A banda toda volta e toca o final de “Crying in the Rain”. Coverdale puxa “Ain’t No Love In The Heart Of The City”, que embora tenha sido mais um momento legal do show, é uma música, digamos, questionável, que poderia ter sido facilmente trocada por “Guilty Of Love” (tocada em SP), “Don’t Break My Heart Again”, “Ready And Willing”, “Blindman”, entre outras.

A interação entre a banda e o público já era tão boa durante esta altura do show que alguém na platéia jogou uma cobra de brinquedo para Coverdale. A reação do cantor foi imediata: "That's my white snake!" (ui!). Importante lembrar que no final da maioria das músicas, o vocalista fazia gestos, digamos, “estranhos” com o pedestal, que são meio fortes para eu relatar aqui...

A surpresa do show veio a seguir, com uma belíssima versão acústica de “The Deeper The Love”, muito bem recebida pelo público, que acompanhou toda a letra com Coverdale. Este, inclusive, se emocionou o final da música, derramando algumas lágrimas por motivo desconhecido pelos que estavam lá. Um momento muito bonito e marcante para todos que compareceram ao show.

Depois desta surpresa, a banda toca mais dois grandes clássicos que levantaram o público: “Give Me All Your Love” e “Here I Go Again”. Após a execução das 2, a banda sai de cena, e enquanto todos esperam ansiosamente pelo “bis”, eu e mais algumas pessoas descobrimos que o Flamengo estava perdendo por 3 a 0 para o América-MEX. Quase passei mal nessa hora (rs), porque não acreditava que isso estava acontecendo, mas enfim...

Enfim, a banda volta tocando a bombástica “Still of the Night”, me pegando de supresa, porque eu ainda estava atordoado com as notícias do Fla. Bom, no meio da música, vendo todos cantando a música, lembrei-me que eu estava num show e deveria me concentrar nele, ainda mais que uma das minhas músicas preferidas estava sendo tocada!

Mas ainda havia mais surpresas naquela noite. À capela, Coverdale canta “Soldier of Fortune”, música da época em que era o vocalista do Deep Purple. E para completar a alegria de todos, a banda finaliza o show tocando o hino “Burn”! Sim, a banda não havia se esquecido dela e a música foi muito bem recebida por todos, até porque o Deep Purple não toca essa música ao vivo e a única chance de ouvir uma versão fiel da mesma é com o Whitesnake. A banda ainda toca um trechinho de “Stormbringer” no meio de “Burn”, para nostalgia total dos mais velhinhos e alegria dos mais novos. Depois desse final apoteótico, a banda agradece bastante e sai do palco. Final de show? Não para os vascaínos, tricolores e botafoguenses, que saíram do Citibank Hall cantando “Adeus Mengo” e “Créu” para os pobres flamenguistas que estavam tão felizes com a ótima performance de Coverdale e sua banda. Mas como nada é perfeito...

domingo, 18 de maio de 2008

Se não fosse o Bruno...

Com atuação inspirada de Bruno e uma pitada de sorte, o Flamengo arrancou, no sufoco, um empate sem gols contra o Grêmio no Olímpico. O jogo mostrou que o Fla ainda precisa acertar alguns detalhes se quer brigar pelo título. Também ficou claro a importância do clássico “pivô” entre os titulares, já que a forma como o Fla joga pede uma referência no ataque, coisa que o time não teve hoje.
Logo aos 4 minutos, Marcinho tocou em profundidade para Juan, que deu ótimo passe para Diego Tardelli: porém, este não alcançou a bola e desperdiçou a ótima oportunidade criada. Aos poucos foi diminuindo o ímpeto inicial rubro-negro e o Grêmio foi se mandando para o ataque; as jogadas eram criadas nas costas dos laterais do Flamengo, que marcavam muito mal no começo do jogo e estavam sem a cobertura adequada.

O Flamengo não adiantava a sua marcação e esperava o Grêmio no seu campo de defesa. Como o meio campo do time da Gávea estava congestionado e a marcação nas laterais já havia sido acertada, o time gaúcho só levava perigo nas cobranças de falta, sempre interceptadas por Bruno, que já começava a mostrar serviço. O goleiro começava a se destacar, e, aos 29 minutos, fez linda defesa após uma bomba de Perea, que aproveitou a indecisão de Fábio Luciano para cortar um cruzamento vindo da direita. O Flamengo tentava sair nos contra ataques, mas Ibson e Juan erravam muitos passes; além disso, Tardelli se movimentava demais para os lados e deixava o time sem uma referência na área, o que já começava a prejudicar o time, acostumado a encontrar Souza ou Obina fixos na área. O Grêmio, comandado por Roger e Perea, aumentava cada vez mais o seu volume de jogo; porém, isso não foi suficiente para que o time abrisse o placar do jogo.

O Grêmio voltou com tudo para o 2º tempo e logo no 1º minuto Pereira cabeceou no travessão após cobrança de escanteio. O Fla parecia ainda mais acuado, mas mesmo assim Leo Moura conseguiu ir até a linha de fundo e cruzou para Marcinho perder o gol mais fácil da sua vida. O time gaúcho respondeu aos 11 minutos, quando Bruno salvou o time mais uma vez.

O jogo ficava cada vez mais corrido e o Fla começava a aparecer no ataque. Leo Moura e Juan chegavam cada vez mais à linha de fundo, mas Tardelli continuava se movimentando muito e deixava o time sem referência fixa no ataque. E é por isso que acho que Souza faz falta ao time: a torcida o odeia, ele perde muitos gols e mesmo assim tem um ego do tamanho da China, mas a sua função é essencial para o Fla; fazendo o papel de pivô, o time tem uma referência na área e sabe que pode cruzar para área que alguém estará lá para cabecear. Mesmo que Souza não consiga na maioria das vezes cabecear a bola, alguém estará perto para pegar a sobra e dar continuidade a jogada. Tardelli não sabe fazer isso, e Obina faz da maneira errada, porque tenta tirar vantagem do seu porte físico e acaba fazendo muitas faltas.

E se o Fla não conseguia finalizar suas jogadas, o Grêmio conseguia. Aos 20 minutos, o zagueiro Léo se aventurou no ataque e mandou a bola no travessão. Caio Jr. já achava o empate um bom resultado e trocou Tardelli por Cristian. Essa foi a senha para Celso Roth mandar seu time para frente, que botou Bruno para trabalhar no fim do jogo: o goleiro fez grandes defesas em chutes de Rodrigo Mendes, aos 44, e de Eduardo Costa, aos 47.

Bruno mostrou porque é um grande goleiro salvando o Fla da derrota. Da nova geração de goleiros e dos que jogam no Brasil, talvez só esteja abaixo de Diego Cavalieri. Uma pena que ele seja inconstante, podendo falhar num momento crucial, como já aconteceu na final do Carioca e em outros muitos momentos. Quando ele for mais regular, certamente será ainda mais cotado para vestir a camisa da seleção, que tem cada vez menos opções.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Abre o olho, Nelsinho!

O primeiro recado foi dado. Após suas 5 primeiras corridas na F-1, Nelsinho Piquet foi levemente criticado pelo diretor esportivo da Renault, Steve Nielsen: segundo ele, o filho mais famoso do tricampeão mundial Nelson Piquet precisa melhorar, mostrando “mais momentos bons e menos instantes ruins”. Embora as notícias sensacionalistas já publicam que o brasileiro recebeu um ultimato da escuderia (e quem teve aula de interpretação de texto sabe que isso não é verdade), Nelsinho realmente precisa mostrar melhores resultados nas próximas corridas.

A Renault já é conhecida pela impaciência com seus pilotos. Nos últimos anos, os fãs de F-1 acompanharam como Fisichella e Trulli foram duramente criticados por Flavio Briatore; isso para não falar de Heikki Kovalainen, que ao cometer erros típicos de estreantes logo em sua primeira corrida, no ano passado, recebeu um belo puxão de orelhas do impulsivo italiano.

É por isso que Nelsinho deve tomar cuidado. Todos sabem que a primeira temporada de um piloto é difícil; com o brasileiro não está sendo diferente, até porque pegou um carro que teve uma queda surpreendente se lembrarmos da vencedora Renault de Fernando Alonso em 2006. Porém, a situação realmente não é das melhores: enquanto ele luta para passar para o Q2 nas classificações, Alonso consegue passar para o Q3 na maioria das vezes. Para piorar, o espanhol já conseguiu 9 pontos na atual temporada, enquanto Nelsinho teve como melhor resultado o 11º lugar no GP da Malásia. Claro que temos que levar em conta que Alonso é um dos melhores pilotos da F-1 atualmente e que já possui 2 títulos; mas a disparidade entre os resultados dos pilotos da Renault já é muito grande, o que certamente deixa Nelsinho numa posição desconfortável, já que tudo isso é considerado pela escuderia.

O brasileiro precisa manter a calma, não se abater com as críticas iniciais e tentar responder na pista. Deve fazer como Kovalainen no ano passado: após corridas ruins no começo da temporada e uma horrorosa 19º posição no grid de largada para o GP do Canadá, o finlandês foi bombardeado com críticas (algumas já davam como certa a sua saída da Renault). Porém, o agora piloto da Mclaren respondeu na pista, fazendo ótima corrida de recuperação já no Canadá e terminando em 4º, até conquistar seu primeiro pódio na categoria ao terminar o GP do Japão em 2º, após segurar um endiabrado Raikkonen nas últimas voltas. Nelsinho deve se espelhar em exemplos como esse, e se obtiver sucesso, certamente as críticas se dissiparão daqui a algum tempo. Talento o brasileiro já mostrou na GP2 que tem: só falta desenvolvê-lo na F-1.

OBS: O que o Nelsão está achando dessa história toda?

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Vantagem quase confortável

Em jogo disputado no Morumbi, o São Paulo venceu o Fluminense pelo magro placar de 1 a 0 no jogo de ida das quartas de finais da Libertadores. O tricolor paulista agora joga pelo empate no jogo de volta, enquanto o Flu terá que vencer por 2 ou mais gols de diferença para seguir adiante na competição.
Enquanto o São Paulo apresenta um futebol até certo ponto feio mas eficiente tanto em seu estádio como fora de casa, o Fluminense, mesmo tendo jogadores mais habilidosos como Thiago Neves, Dodô e Conca, também não apresenta um futebol de encher os olhos, principalmente jogando fora de seus domínios. Por isso o começo de jogo foi bem atípico, com ambos os times procurando o gol. Aos 3 minutos, Adriano soltou a bomba em chute de fora da área e Fernando Henrique defendeu de forma esquisita. O Flu respondeu aos 8 minutos, quando Dodô cruzou para a área e a bola foi afastada no momento em que Washington já estava pronto para mandar para as redes. O jogo continuou movimentado por mais algum tempo mas sem maiores lances de perigo.

Aos 18 minutos, o São Paulo bombardeou a meta de Fernando Henrique com uma seqüência de chutes. Se muitos torcedores acharam que este era o prenúncio do gol, acertaram: no minuto seguinte, Dagoberto chutou cruzado, Fernando Henrique espalmou para o meio e Adriano, sem misericórdia, mandou para as redes com a maior calma do mundo. Aqui cabe uma observação: esses 19 primeiros minutos de jogo mostraram porque volta e meia Fernando Henrique é contestado pelos técnicos do Fluminense: suas defesas esquisitas, como no primeiro lance de perigo do São Paulo no jogo, assemelham-se muito a defesas de goleiros de pelada, deixando os torcedores apavorados; além disso, o jovem goleiro é muito instável, já que é capaz de fazer lindas defesas seguidas de um lance questionável, como no lance do gol.

De qualquer maneira, após o gol o Fluminense sumiu no jogo. Thiago Neves, Cícero e Dodô se tornaram peças nulas, deixando Washington sozinho no meio da excelente zaga são-paulina. O São Paulo, que é um time que concentra boa parte de suas jogadas nas laterais, dominava cada vez mais as alas, principalmente o corredor que Gabriel deixava. Aqui, outra consideração: Renato Gaúcho precisa achar uma maneira de explorar todo o potencial do lateral direito, já que é nítido que ele não repete as atuações do Brasileirão 2005, quando tinha bastante liberdade para atacar sem se preocupar muito com a marcação. Renato ainda não entendeu que o lateral não consegue marcar com a mesma eficiência do time; seria até injusto barrá-lo, porque é visível que suas características são outras.

Voltando ao jogo, o São Paulo teve grande domínio territorial no resto do primeiro tempo, mas não conseguiu traduzir isso em gol, embora Fernando Henrique tenha feito bela defesa aos 42 minutos após linda cabeçada de Adriano.

O segundo tempo mostrou a realidade de ambos os times: um São Paulo bem mais cauteloso e um Fluminense com maior presença no ataque mas tomando cuidado para não tomar mais gols. Com isso, a partida ficou morna e a segunda etapa teve poucos lances de perigo. Aos 9 minutos, Thiago Neves finalmente deu as caras, chutando com perigo ao gol de Rogério Ceni; porém, o momento em que mais apareceu no jogo foi quando se encaminhou direto ao vestiário falando poucas e boas ao ser substituído por Conca.

Aliás, o mesmo Conca foi responsável pela jogada mais bonita do jogo, quando passou no meio de dois jogadores do time da casa e mandou uma bomba que passou perto do gol de Rogério. Quanto ao São Paulo, este teve seu grande momento no segundo tempo quando o zagueiro reserva do Flu Roger errou ao cortar um passe, deixando Fábio Santos na cara do gol; este tocou para Dagoberto, que acabou chutando por cima do gol.

O São Paulo conquistou um resultado magro, mas pelo menos não tomou gols em casa, o que é fundamental. O Fluminense aparentemente não tem uma tarefa difícil; o problema é ganhar do São Paulo por 2 gols de diferença. Porém, o Fluminense tem time para conseguir um resultado positivo, principalmente se jogadores como Thiago Neves e Dodô, que não estiveram num bom dia ontem, jogarem tudo que sabem.

OBS: Que partida do Adriano! Incomodou muito a zaga e deixou sua marca; sua convocação para a seleção hoje foi merecida.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Valeu pelo momento

Num jogo digno de Dia das Mães, onde muitos pareciam estar com a barriga cheia por causa do almoço da mamãe, o Flamengo venceu o Santos no Maracanã por 3 a 1 num jogo vip para os policiais, já que o jogo aconteceu com os portões fechados.

O cenário era perfeito para o Fla começar a juntar os cacos do vexame histórico de quarta-feira: o Santos jogou com o time praticamente reserva e a torcida não estava no estádio para protestar. O time do estreante Caio Jr. partiu para cima e Souza mandou a bola no travessão logo no primeiro minuto. Enquanto o Santos mal conseguia sair para o ataque, o Flamengo cansava de errar jogadas, talvez pela ansiedade em marcar rapidamente o primeiro gol.

Aos poucos o time da Gávea foi diminuindo o ímpeto e o jogo foi ficando bem morno. Mas como o time de Leão não atacava, o Fla tratou de marcar o primeiro gol aos 29 minutos, quando Juan tocou para Marcinho mandar para as redes. E no melhor estilo “Alemanha treinada por Klinsmann”, o time ampliou no minuto seguinte: em rápido contra ataque, Kléberson passou para Marcinho, que rapidamente tocou de letra para Ibson acertar um lindo chute no ângulo esquerdo de Douglas. E o time quase marcou o terceiro gol minutos depois em chute de Ibson que passou por cima do gol santista.

O segundo tempo foi mais animado do que a primeira etapa, já que o Santos decidiu partir para cima. Porém, se o time titular já é limitado, obviamente o time reserva é ainda mais fraco; a prova disso foi os ineficientes ataques criados pelos comandados de Leão, que ainda deixavam vários espaços que eram mal aproveitados por Leo Moura, Juan, Marcinho e Ibson.

Aos 23 minutos, Diego Tardelli, que havia entrado no lugar de Souza, mandou a bola na trave, em chute muito parecido com o gol que marcou na final da Taça Guanabara. O lance acordou o time do Santos, que teve uma das melhores chances da partida aos 26 minutos, quando Moraes chutou em cima de Bruno. Como castigo, Ibson quase matou o jogo no contra ataque que se seguiu à defesa do goleiro rubro-negro, quando perdeu grande oportunidade frente a frente com Douglas.

Mas aos 29 minutos o Fla finalmente acabou com o jogo: Leo Moura iniciou rápido ataque, pegando a defesa santista totalmente aberta, e tocou para um desmarcado Juan marcar o terceiro gol do Flamengo. O Santos ainda conseguiu diminuir no último minuto: Bruno derrubou Moraes na área de maneira infantil; o próprio atacante pegou a bola e converteu a cobrança de pênalti.

Foi um bom resultado para o Flamengo, que se não apaga o desastre de quarta-feira, traz tranqüilidade para Caio Jr trabalhar em cima do time e achar a formação ideal. Embora o time tenha jogos difíceis já no começo do campeonato (os próximos jogos serão contra Grêmio, Internacional e Fluminense), o time pode tirar proveito do fato de muitos pouparem boa parte dos jogadores nessas primeiras rodadas, já que alguns valiosos pontos podem ser conquistados em cima disso.

domingo, 11 de maio de 2008

Para as mamães

Felipe Massa venceu pela 3º vez seguida o GP da Turquia e deu uma alegria a mais a todas as mães brasileiras pela segunda vez consecutiva (ano passado, venceu o GP da Espanha no Dia das Mães). Lewis Hamilton, que chegou a ultrapassar Massa após o primeiro pit stop, chegou em 2º, seguido pelo finlandês Kimi Raikkonen.

Massa fez uma boa largada e manteve a primeira posição, enquanto Hamilton ganhou a segunda posição de Kovalainen. O finlandês da Mclaren ainda foi levemente tocado por Raikkonen, o que foi ruim para ambos, já que o piloto da Ferrari perdeu posições para Kubica e Alonso e o piloto da Mclaren teve um pequeno furo em um dos pneus traseiros. Para completar as confusões na largada, Fisichella praticamente atropelou Nakajima (não era para ser o contrário?) e os 2 abandonaram a prova. É incrível como um piloto da Force India ou da Toro Rosso tem que estar envolvido em alguma confusão na largada, mas pelo menos dessa vez não foi o Vettel...

Devido a este acidente, o Safety Car entrou na pista. Justo no momento em que saía da pista, Kovalainen entrava nos boxes para trocar o pneu furado: este fato comprometeu totalmente a corrida do finlandês, que caiu para a última posição, a uma distância considerável do penúltimo colocado, Adrian Sutil. A má sorte de Raikkonen passou para seu compatriota da Mclaren esse ano: acidente na Espanha, limitador de velocidade na Austrália, e por aí vai...

Raikkonen não perdeu tempo no recomeço da corrida e logo ultrapassou Alonso sem a menor cerimônia. Enquanto isso, Hamilton surpreendentemente não deixava Massa abrir uma vantagem considerável, pressionando o brasileiro até o primeiro pit stop. O inglês fez uma parada mais rápida que a do brasileiro, mas não conquistou a posição deste. Porém, em poucas voltas o piloto da Mclaren, que vinha muito rápido, diminuiu a diferença que tinha para o piloto da Ferrari e o ultrapassou até com certa facilidade, abrindo boa vantagem logo em seguida.

Tenho certeza que nesse momento, enquanto todos estavam surpresos com a ótima performance de Hamilton, muitos brasileiros começaram a pensar: “Esse brasileiro é horrível!”, “Queremos um novo Senna!”, “Não há um brasileiro que me faça assistir F-1!”, “Nunca vou ver um brasileiro ser campeão!”, “Vou me suicidar!”, etc. Mas voltas depois Hamilton fez seu segundo pit stop, e então foi visível que o queridinho de Ron Dennis havia adotado a estratégia de 3 paradas; logo, estava andando muito rápido por estar com menos combustível em relação aos pilotos da Ferrari.

Restou a Massa manter o ritmo para não perder a primeira posição após o terceiro pit stop de Hamilton, coisa que realmente não aconteceu. Hamilton ainda foi ameaçado por Raikkonen no final da corrida, mas o piloto da Mclaren conseguiu manter a ótima 2º colocação. Completando a zona de pontuação, chegaram Kubica em 4º, Heidfeld em 5º, Alonso em 6º (o espanhol está conseguindo tirar coelho da cartola), Webber em 7º e Rosberg em 8º. Kovalainen foi durante bom tempo a atração da corrida, fazendo várias ultrapassagens em cima do pessoal do final do pelotão, mas o destino foi cruel com o finlandês e ele não abocanhou nem um pontinho sequer, já que terminou em 12º.

Os outros brasileiros também não tiveram muito destaque: Barrichello terminou em 14º, só sendo notado pelo recorde de 257 GPs disputados, enquanto Nelsinho Piquet ficou uma posição atrás: pelo menos protagonizou uma das mais belas imagens da corrida, ao fazer excelente ultrapassagem em cima de Button.

E antes que eu me esqueça: finalmente Vettel terminou uma corrida! Que alívio, hein...

OFF: Dia das Mães

Falando em mães, e mesmo sabendo que minha não vai acessar meu blog para ler isso, deixo registrado aqui um Feliz Dia das Mães principalmente para minha querida e amada mãe. Agradeço a ela por me apoiar cada vez, por me incentivar nos estudos, por ter me dado uma boa educação e por, junto com meu pai, ter sempre lutado para me sustentar; ao término da faculdade, quando arrumar um emprego, espero retribuí-los. Isso sem falar na paixão pelo Flamengo, pela F-1 e a admiração ao Ayrton Senna que herdei dela.

Por último, um pedido de desculpas. Afinal, ela sempre tentou de tudo para que eu começasse a ler Agatha Christie (na verdade, está quase conseguindo).

Pena que eu optei por ler Edgar Allan Poe e Arthur Conan Doyle...

sexta-feira, 9 de maio de 2008

É bom abrir o olho

Engraçado como o Ipatinga recebeu pouquíssimo destaque da imprensa este ano. Não duvido que muitos não sabem que o time de Minas Gerais e um dos mais surpreendentes do futebol brasileiro nos últimos anos foi rebaixado no Campeonato Mineiro e está com um elenco indigno de um clube da Série A: ouso a dizer que é um elenco ainda inferior ao dos últimos anos, justo no momento em que a história deveria ser outra.

O clube rapidamente roubou do América-MG a condição de terceira força do futebol mineiro e chocou a todos ao ganhar o Campeonato Mineiro de 2005 em cima do Cruzeiro em pleno Mineirão. No ano seguinte, eliminou clubes como Santos e Botafogo na Copa do Brasil, somente sendo eliminado pelo Flamengo já na semifinal, em 2 jogos duríssimos. No ano passado, fez ótima campanha na Série B do Brasileiro e, além de conquistar uma das vagas para a Série A, foi vice-campeão do torneio.

Porém, esse ano as coisas desandaram. Mesmo com jogadores já conhecidos no cenário brasileiro, como os exs-Goiás Danilo Portugal e Cléber Goiano e os exs-Flamengo Gérson Magrão, Leandro Salino e Paulinho, o time cansou de jogar mal e acabou conseguindo a proeza de cair para a Série B do campeonato estadual local estando na Série A do campeonato nacional! Proeza maior, só lembro do Juventude em 2000, quando deveria ter jogado pela 2º Divisão do Brasileirão enquanto estava na Libertadores, coisa que só não aconteceu pela virada de mesa causada pela Copa João Havelange.

O elenco passou por uma grande reforma no mês passado e, além de dispensar alguns jogadores, contratou outros; porém, a maioria veio de times de pouquíssima tradição, e alguns são até desconhecidos por muitos. O time vai passar por um verdadeiro teste de fogo nesse Brasileirão: com um elenco que se mostrou não tão forte quanto parecia ser, ninguém sabe se o time já juntou os cacos da pífia campanha do campeonato estadual e se entrosou depois de tantas contratações feitas nas últimas semanas.

Campanhas ruins nos campeonatos estaduais de times da Série A do Brasileirão vêm se tornando cada vez mais comuns nos últimos anos. Por exemplo, esse ano o Santos começou muito mal o Paulistão, passando boa parte da competição nas últimas posições; mas não me lembro de algum time fazendo uma campanha tão pífia quanto a do Ipatinga. Se o time não tomar jeito, corre o risco de jogar o trabalho dos últimos anos no lixo e virar uma “Stage Bonus” no Brasileirão.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Time de vergonha, de pipoca, etc

Hoje não fui ao Maracanã ver o jogo do Flamengo. Não, não é uma desculpa para a derrota humilhante: realmente estava no show do Whitesnake; inclusive, só voltaria a escrever aqui no blog sexta feira, pois amanhã vou ao show do Queensryche e não terei tempo para escrever nada.

Enquanto esperava o "bis" do show de hoje, uma pessoa que estava ao meu lado ligou para casa, querendo saber quanto estava o jogo. A expressão dele dizia tudo: o Fla estava perdendo de 3 a 0. Assisti o final do show (sensacional, diga-se de passagem, com "Still of the Night", e"Burn/Stormbringer") sem conseguir acreditar no que acontecia no Maracanã. Na saída da casa de show, os gritos de "Adeus, Mengo" e "Créu" denunciavam tudo: o Fla estava desclassificado.

Melhor: conseguiu o que era quase impossível, ou seja, perder a vaga em pleno Maracanã lotado num jogo que podia até perder por 2 gols de diferença! Como é que um time que quer ser campeão de uma competição internacional pode jogar de maneira tão apática? Onde está a consciência desses jogadores que ganham bem mais, muito mais do que os pobres trabalhadores que vão ao estádio, talvez porque uma das únicas alegrias que sentem é ver o seu time do coração ganhar? Onde está o respeito ao time adversário, mesmo tendo uma vantagem considerável, entrando em campo no maior oba-oba?

E agora, qual vai ser a reação do time? A diretoria investiu pesado para tentar montar em um time forte, capaz de disputar títulos esse ano, e o retorno financeiro vai passar longe com essa eliminação precoce. Os salários vão continuar atrasados, e os jogadores vão ser os mais prejudicados com isso. Ih, vão nada, para os jogadores sempre se arruma um jeito: afinal, é só vender o Renato Augusto, né? Depois de um tempo se paga os jogadores; os outros funcionários a diretoria não precisa pagar, afinal, eles não jogam!

Não deixo de ser flamenguista. Mas nesse momento não queria estar na pele de uma pessoa: Caio Jr. Além de ter que conhecer o elenco, vai pegar um time cabisbaixo e que conseguiu a proeza de despertar a ira da torcida dias após conquistar o título do Carioca! Que rojão, hein Caio Jr...

E que o Flamengo se cuide. Ou os jogadores botam a cabeça no lugar e começam do zero, ou essa derrota vai ter um efeito igual ou até pior do que a derrota do Botafogo para o River ano passado...

terça-feira, 6 de maio de 2008

Os fãs alternativos da F-1 choram...

Hoje, depois de muita resistência, a Super Aguri deixou o circo da F-1. A situação era crítica: mal tinham um patrocinador, e ainda perderam a ajuda da Honda, depois que a escuderia de Button e Barrichello decidiu concentrar suas forças apenas na própria equipe, deixando a equipe comandada por Aguri Suzuki na mão.

A saída da Super Aguri não foi nenhuma surpresa, assim como também não foi a decisão da Honda antes do início da atual temporada. Afinal, a Super Aguri começou como a chacota da F-1 em 2006, mas ganhou seus primeiros pontos logo nas primeiras corridas de 2007, com Takuma Sato, bem antes dos pilotos da Honda. Depois de um ano pavoroso e da chegada de Ross Brown, a equipe decidiu cortar a ajuda à equipe de Aguri Suzuki (seria por medo ou realmente porque só podiam investir na própria equipe?).

Realmente uma pena...e agora, quando eu vou ver essa linda ultrapassagem de Sato em cima de Alonso (com uma MCLAREN!) de novo?


OBS: Eu sei que o Alonso estava com problemas naquela corrida...mas que a ultrapassagem foi bonita, ah, isso foi...

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Pô, Mancini!

Durante boa parte dessa temporada que já está acabando, críticos e fãs de futebol de todo o mundo criticaram Carlo Ancelotti, técnico do Milan, pelos seus esquemas super defensivos, assim como pela opção por jogadores a beira da aposentadoria. Porém, o clássico de Milão de ontem mostrou que problemas com técnicos não é exclusividade dos “rossoneri”; Roberto Mancini, da Inter de Milão, também vem se mostrando um comandante de opções bastante discutíveis.
O jogo de ontem foi uma bela amostra disso. Afinal, o meio campo estava povoado de volantes: Cambiasso, Viera, Zanetti e Maniche. Óbvio que todos esses jogadores são bons. Mas as características dos jogadores são quase as mesmas: os 4 são jogadores que cumprem bem a função de ligar o meio campo ao ataque, mas não criam tão bem quanto um Stankovic, ou qualquer outro apoiador; só Mancini deve pensar que Maniche será o cérebro da equipe. E ao contrário de muitos times brasileiros, o time não tem tanta força assim nas laterais: Maicon é um bom lateral, mas prevalece mais pelo seu porte físico, enquanto Chivu não tem tantas características ofensivas.

O time joga na base do futebol feio, ou então nos chutões, como chegou no campo do Milan no jogo de ontem. E tem sorte de ter um atacante matador como Ibrahimovic: porém, quando ele não está em campo, o time sofre, porque nem sempre Crespo, Suazo e Julio Cruz dão conta do recado. Aliás, esse é outro ponto fraco de Mancini: Suazo é o único atacante rápido do time, e o italiano muitas vezes insiste em escalar um ataque lento com Ibrahimovic e Crespo/ Cruz, ou até mesmo o cúmulo de colocar Crespo e Cruz juntos, deixando o ataque mais lento que uma Minardi! Suazo demorou para pegar no tranco, mas já mostrou que tem totais condições de barrar os 2 argentinos.

E Mancini também nunca faz grandes alterações durante o jogo. Sempre troca 6 por meia dúzia, até mesmo porque nunca tem muitos jogadores ofensivos para colocar em campo, fruto de suas contratações típicas de futebol italiano: volantes, zagueiros e atacantes, se esquecendo que existe uma camisa 10 a ser preenchida...

E é por suas opções precipitadas e sua má relação com alguns dirigentes do time, que teimam em proteger seus jogadores “queridinhos”, que o time acabou perdendo uma tranqüilíssima vantagem de 11 pontos para a segunda colocada Roma (essa sim possui um ótimo técnico no cargo, Luciano Spaletti, que ressuscitou o time), que caiu para três nesse último domingo. A torcida já está impaciente, ainda revoltada com a eliminação precoce na UCL, competição aonde o time não faz boas participações a algum tempo. Se Mancini não abrir o olho nessas próximas 2 rodadas e deixar escapar o título que era quase certo a semanas atrás...

domingo, 4 de maio de 2008

Agora sim, sem chororô...

Num jogo (agora sim) digno de uma final, o Flamengo derrotou o Botafogo de virada pelo placar de 3 a 1, e conquistou o bicampeonato estadual. O momento determinante do jogo foi quando Joel Santana decidiu arriscar tudo logo na volta para o intervalo, colocando Obina e Diego Tardelli, que foram os nomes do jogo.

O jogo começou muito nervoso, com muitas faltas; com menos de 10 minutos, ambos os times já tinham jogadores amarelados. O Flamengo, como sempre, adotava uma postura cautelosa, com o meio campo cheio de volantes, enquanto o Botafogo estava mais ofensivo que de costume, já que precisava vencer a partida para levar ao caneco. Aos 12 minutos, Ibson causou irritação geral na torcida rubro-negra ao “furar” na frente do gol praticamente vazio; parte da torcida, que já não o apoia a algum tempo, começou a vaiar o camisa 7, enquanto outra parte dava força ao volante.

E para piorar o clima na torcida do Flamengo, o Botafogo marcou o seu gol aos 22 minutos, após falha horrível de Bruno: após cobrança de falta de Lúcio Flávio, a bola quicou no gramado e o goleiro acabou agarrando o vento. O gol era tudo que o time alvinegro queria, pois o time poderia voltar ao seu estilo calmo de jogo e ainda tinha 70 minutos pela frente para tentar envolver o time adversário. Uma amostra de que as coisas não vinham bem para o Flamengo foi o fato de a torcida passar boa parte do primeiro tempo calada, pois além de estarem perdendo, o gol saiu a partir de uma falha de um jogador em que todos confiam. Mas o jogo não teve mais lances de perigo, embora o Botafogo atacasse cada vez mais.

E aí Joel resolveu ousar: tirou Ibson e Cristian para a entrada de Obina e Diego Tardelli. Por um lado, era arriscado, pois o Fla estaria ficaria mais vulnerável às ótimas jogadas de contra ataque do Botafogo; por outro, era uma decisão acertada, pois com um maior número de jogadores no ataque, o Botafogo teria de tomar maior cuidado na defesa e alguns jogadores teriam que ficar mais presos. Cabia ao Botafogo segurar o jogo o máximo possível e esperar o desespero bater a porta do Flamengo para contra atacar .

Mas isso não aconteceu, porque aos 4 minutos, após cobrança de falta de Juan, Obina cabeceou para empatar o jogo. E o gol até certo ponto prematuro, além de abater os jogadores alvinegros, causou uma coisa que é o maior perigo para qualquer time: inflamou a torcida rubro-negra, em maior número no estádio novamente, que passou a cantar sem parar e levar o time para frente.

O Botafogo só conseguia chegar por intermédio de faltas e escanteios. Num desses escanteios, Jorge Henrique acertou uma bomba para linda defesa de Bruno, mostrando que já estava recuperado no jogo, pois já havia feito e ainda faria mais algumas ótimas defesas. E o Flamengo começou a brincar de perder gol, com bolas na trave de Tardelli, Marcinho, e um chute para fora de Obina. Naquele momento, não havia tática que parasse o time rubro-negro, tamanho ímpeto do time. O único ponto negativo era Souza, que estava perdido em campo, já que Obina ocupava a faixa que o camisa 9 costuma ocupar. Talvez fosse melhor Marcinho continuar em campo (o camisa 22 deu lugar a Kléberson) ao invés de Souza, para dar maior velocidade ao time e levar a zaga a loucura.

E realmente eles foram a loucura: tanto que, quando o Botafogo começava a chegar com maior freqüência, Renato Silva cometeu dura falta em Toró e foi expulso. Aí só restou ao Flamengo matar o jogo: aos 36, Juan passou por Leandro Guerreiro já na grande área e tocou para Tardelli dar um chute seco e virar a partida. E depois de mais algumas cobranças de falta do Botafogo que não deram em nada, quando boa parte dos botafoguenses já tinha ido embora, Tardelli tocou para Obina mandar para as redes. O “check mate” permitiu que os gritos de “É Campeão” e “Obina é melhor que Eto’o” tomassem conta do estádio. E dessa vez, o título veio sem chororô, graças a Deus...

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Olha ela aí!

E ela deu as caras quando parecia impossível. Quando todos acharam que essa seria a Copa do Brasil mais sem graça dos últimos tempos até a chegada das quartas de finais, a zebra deu o ar de sua graça e eliminou 3 candidatos ao título: Atlético-PR, Grêmio e, surpreendentemente, Palmeiras. Além disso, por pouco não tira também o Internacional.

No começo do ano, o discurso entre os grandes times que não estavam na Libertadores não era muito diferente: a Copa do Brasil era a prioridade. O Palmeiras não conquista títulos faz tempo e finalmente montou um time decente para tal coisa. O Internacional queria apagar a má impressão deixada em 2007 e já tinha começado o ano ganhando um torneio internacional. O Botafogo queria mostrar que não era mais fogo de palha e montou um “time de machos”, como Montenegro queria. Ainda por cima, Atlético-PR e Grêmio começaram muito bem seus respectivos Campeonatos Estaduais e mostravam que não estavam para brincadeiras. Sem contar o Corinthians, que comandado pelo já respeitadíssimo Mano Menezes queria surpreender e dar alegria antecipada a seus torcedores. Nesse cenário, surpresas a la Santo André, Brasiliense e Paulista não teriam vez, já que todos os times pareciam vacinados contra as zebras.

Mas tiveram. O Atlético-PR, depois de mais de 10 vitórias consecutivas, bobeou e perdeu uma classificação teoricamente tranqüila para o Corinthians-AL em plena Arena da Baixada. O Grêmio, que vinha surpreendendo no Gauchão, perdeu em pleno Olímpico para o modesto Atlético-GO, nos pênaltis. E agora o impensável aconteceu: o Palmeiras, depois de já vacilar ao empatar em casa contra um Sport cada vez mais poderoso, levou um sacode de 4 a 1 do Sport na Ilha do Retiro, num jogo que certamente não sairá tão cedo da memória dos torcedores do time de Recife; certamente, poucos esperavam que o time do gabaritado Luxemburgo, com jogadores do porte de Valdívia, Diego Souza, Kléber, Alex Mineiro e Denílson iria sair tão cedo da competição.

Enquanto isso, time que os críticos e fãs de futebol mal lembravam chegaram de mansinho. O Vasco, que ainda luta para conseguir uma formação ideal, pega o Corinthians-AL, que ainda conseguiu eliminar Juventude. O Atlético-MG chegou aos trancos e barrancos nas quartas de finais e vai tentar a revanche contra o Botafogo. Isso para não citar de novo o Sport e o São Caetano, que praticamente ressurgiu das cinzas depois de péssimo Campeonato Brasileiro ano passado e agora vai encarar o Corinthians-SP.

Mas a zebra acabou nos privando de grandes jogos nessa altura da competição. O tão esperado duelo entre Internacional e Palmeiras não acontecerá; tão menos a volta de Mano Menezes ao Olímpico em um possível Grêmio x Corinthians. E agora muitos já dão quase como certa uma final entre Internacional x Botafogo.

A não ser que ela queira aparecer de novo...ou elas...

quinta-feira, 1 de maio de 2008

14 anos...

Tá bom, tá bom, eu sei que vocês já estão de saco cheio de me verem falar sobre Ayrton Senna. Mas eu não poderia deixar passar essa data, infelizmente triste, que é o aniversário da morte do tricampeão.

Não sou a melhor pessoa (not at all!) para ficar escrevendo textos de homenagem a alguém, então não vou me extender muito no assunto. Mas não consigo esquecer aquele 1º de maio que Senna faleceu, quando ainda tinha 6 anos. Ainda me lembro de assistir o acidente ao vivo, olhar para meus pais atônitos, esperando que ele saísse daquela Williams totalmente destruída. Me recordo que assistia o clássico "Passa ou Repassa" no quarto na hora que via na tv da sala Cabrini anunciando a morte de Senna, assim como lembro exatamente da triste abertura do Fantástico e do Brasil em luto naquela semana.

Bom, paro por aqui, deixando um vídeo que não é sobre nenhuma ultrapassagem ou vitória espetacular do tricampeão, mas sim uma música que gosto muito e que combinava com o espírito dele: "We Are the Champions", do Queen


E por último, uma foto que gostaria muito de ter visto:

Valeu Senna!

OBS: Autor da montagem (que eu queria que fosse real, rs): Rodrigo Santos, o mesmo que editou e postou no youtube o famoso vídeo de frases bombásticas de Nelson Piquet...

Flamengo e Cruzeiro na Libertadores

Depois de uns dias ausentes (aproveitei a “trégua” nos estudos e resolvi uns probleminhas), consegui ver uns jogos da Libertadores hoje. O Flamengo conseguiu ótimo resultado no México (mesmo tendo perdido muitos gols), vencendo por 4 a 2, enquanto o Cruzeiro, que esteve a beira de tomar uma goleada, perdeu apenas por 2 a 1 e tem boas chances de passar para as quartas de finais.

América-MEX x Flamengo: Joel acabou deixando Léo Moura e Toró no banco, sendo substituídos por Luizinho e Jaílton, respectivamente. Embora o Flamengo tenha tido a primeira grande chance de gol da partida, aos 2 minutos, em cabeçada perigosa de Marcinho, era evidente que o time da Gávea priorizaria sua defesa, atacando somente quando se sentisse seguro. E o Fla marcava muito bem, sem dar chances ao time mexicano de penetrar na grande área rubro-negra; o time ainda arriscava algumas jogadas no ataque, mas lento, não levava muito perigo ao gol de Ochoa. Aos 24 minutos, a zaga rubro-negra falhou pela primeira vez: Fábio Luciano escorregou ao tentar cortar um passe, Rojas foi até a linha de fundo, cruzou, mas nenhum atacante do América conseguiu concluir a jogada.

Se o Fla ainda conseguia chegar ao ataque até metade do primeiro tempo, os ataques do time carioca se tornaram raríssimos a partir dos 30 minutos; por sorte, o América também esfriou os ânimos e passou a atacar menos.

Mas aos 43 minutos, após rápida reposição de Bruno, Marcinho foi levando a bola até a grande área, driblou o lento Sebá (lembram-se dele no Corinthians?) e chutou: a bola foi desviada e Ochoa nada pode fazer para impedir o gol. Mas o América foi rápido e 2 minutos depois marcou o gol de empate: após cobrança de escanteio, Cervantes (não o que escreveu “Dom Quixote”) ganhou no alto de Fábio Luciano e deixou tudo igual.

O Fla voltou com Obina e Léo Moura nos lugares de Souza e Juan. Dos 10 aos 23 minutos, o jogo teve milhares de lances de perigo. Do lado do América, que vinha cada vez mais se lançando no ataque, Cabañas e Higuain perderam boas chances, sem contar o lance em que Bruno saiu mal do gol e Leo Moura cortou em cima da linha. Quanto ao Flamengo, Obina e Ibson perderam boas chances, sem contar um lance lindo de Leo Moura em que o lateral driblou 3 adversários e chutou na trave. Era difícil dizer quem vinha melhor na partida, pois o América se lançava muito ao ataque, tendo Cabañas como destaque, enquanto o Fla apostava nos contra ataques, com Leo Moura, Marcinho, Klebérson (que finalmente jogou bem) e Obina dando trabalho à zaga mexicana. De se destacar, o impressionante número de gols perdidos pelo Flamengo, que certamente levou Joel à loucura.

Mas aos 24 minutos, o Fla finalmente chegou ao 2º gol: Ibson iniciou contra ataque, Obina foi levando a bola até a grande área até a passagem de Marcinho, que, ao receber, chutou cruzado para marcar seu segundo gol. Mas a alegria do time rubro-negro durou pouco, mais exatamente 2 minutos; após falha feia da zaga rubro-negra, Mosqueda concluiu para as redes.

O América cresceu no jogo e levou muito perigo por mais de 10 minutos. Mas já aos 43 minutos, após chute na trave de Obina, Leo Moura pegou o rebote e tocou para Tardelli, livre, marcar o gol de desempate. Desta vez, time da Gávea finalmente se fechou, não levou o gol de empate, e ainda marcou o 4º gol: Leo Moura (que fez excelente partida) iniciou a jogada dando uma arrancada, tabelou com Ibson, e, ao receber a bola, tocou por cobertura na saída de Ochoa, para alívio de um ofegante Joel Santana, numa cena hilária.


Boca Juniors x Cruzeiro: O Cruzeiro já começou o jogo em más lençóis: aos 6 minutos, os jogadores do Boca deitaram e rolaram na ala direita e, após cruzamento vindo desta ala, Riquelme, sem muito esforço, conclui para as redes, marcando o primeiro gol.

O time mineiro ainda esboçou uma reação, mas, totalmente perdido, errava muitos passes; além disso, os jogadores estavam muito distantes um do outro, o que obviamente atrapalhava o seguimento dos lances. Assim, o time argentino, que havia aliviado o ritmo depois do gol, começou a explorar os espaços deixados pelo time mineiro, criando ataques perigosos: se Palermo tivesse com a pontaria afiada, o Cruzeiro poderia acabar o primeiro tempo em ampla desvantagem.

O Cruzeiro voltou pior ainda para o segundo tempo. Em 4 minutos, 3 grandes chances foram criadas pelo Boca Juniors: aos 3 minutos, num ataque muito rápido e com a zaga mineira fora da tomada, Palermo perdeu gol frente a frente com Fábio; um minuto depois, após saída errada do Cruzeiro, Palacios finalizou por cima do gol; e aos 6, após falha de Fábio, Palermo perdeu nova chance. O time celeste estava desligadíssimo, as laterais estavam totalmente expostas, e mesmo assim o Boca brincava de perder gols.

Mas Dátolo mostrou que se Palermo não queria fazer gols, ele queria: após drible lindo em Thiago Heleno, o meio campista fuzilou o gol de Fábio, marcando o segundo gol do time argentino.

Aos 21 minutos, finalmente o Cruzeiro levou algum perigo, quando Ramires recebeu do isoladíssimo Marcelo Moreno e chutou para boa defesa do goleiro Caranta. Mas era quase impossível para o Cruzeiro chegar ao ataque, já que o time chegava com pouquíssimos jogadores no ataque, sem conseguir dar seguimento às jogadas. Minutos depois, o time da casa quase marcou o terceiro: Palermo apareceu por trás da zaga celeste e acabou tocando na trave.

Mas o Cruzeiro acabou achando um gol, literalmente: Fabrício, após cobrança de escanteio, chutou de muito longe, a bola sofreu um leve desvio e morreu no fundo do gol. O Boca acabou sentindo o gol, o Cruzeiro ainda tentou marcar mais um gol, mas a reação ficou por aí, até porque o Boca voltou a ter o domínio do jogo nos últimos minutos, mas não obteve muito sucesso.

OBS: Não pude assistir a esses jogos, mas de se destacar também os bons resultados de Fluminense (2 a 1 em cima do Atlético Nacional) e São Paulo (empate sem gols com o Nacional-URU), ambos fora de casa.